Políticas verdes
O vice-presidente da CNI alertou para a importância central da agenda de descarbonização para a política industrial. Para ele, o país precisa pensar em ser mais do que um produtor de energia verde, como uma nova commodity, mas trabalhar para usar as fontes renováveis como vantagem competitiva.
Atualmente, 83,7% da energia do país vem de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 29%. “Além da crescente oferta de energia eólica, solar e de outras fontes renováveis, o Brasil tem projetos ambiciosos para a produção de hidrogênio de baixo carbono”, observou.
Desenvolvimento social e econômico
Presente à mesa de abertura do seminário, Geraldo Alckmin destacou que não há possibilidade de o país crescer se não valorizar a sua própria indústria.
“Não tem desenvolvimento social e econômico, ganho de renda e salários de maior valor se não tiver sua indústria, que está na ponta da vanguarda tecnológica”, afirmou o presidente da República em exercício.
“Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico”, acrescentou Alckmin.
A importância da indústria para o crescimento econômico do país também foi mencionada pelo ministro substituto da Fazenda, Dario Durigan. Ele ressaltou que o governo reconhece esse papel e busca contribuir com programas que visam o desenvolvimento industrial. “Tudo o que puder ser feito, que estiver ao nosso alcance, será feito, e a indústria está em primeiro lugar. Fizemos o projeto do hidrogênio verde, o Mover, a lei da depreciação acelerada. A gente tem certeza que apostar na indústria é o correto para ser feito para o país”, observou Durigan.
Sancionado em junho, o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) estimula investimentos em novas rotas tecnológicas e aumenta as exigências de descarbonização da frota automotiva brasileira. A Lei de Depreciação Acelerada, por sua vez, concede incentivos fiscais para a modernização das máquinas da indústria - segundo Alckmin disse no evento, será regulamentada nos próximos dias; e o marco legal do hidrogênio traz uma série de iniciativas para desenvolver essa indústria no Brasil.
Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa Filho, o país só terá uma economia forte se tiver uma indústria forte. “É um mito achar que existe uma oposição entre o agro e a indústria em um país continental como o Brasil. Precisamos aprender com agendas positivas e bons exemplos”, destacou.
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