Fonte:|faeg.com.br|
O Brasil não fará concessões no setor têxtil, automotivo e de bens de capital em acordo com outros dez países emergentes e o Mercosul. Nesta semana, diplomatas desses países tentam fechar em Genebra um entendimento comercial para ampliar o fluxo de exportações e dar um recado político de que o mundo em desenvolvimento não ficará aguardando um avanço da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Mas o impacto comercial do novo tratado deve ser limitado. O Brasil, principal incentivador do projeto, não aceitará reduzir tarifas de importação para os setores considerados sensíveis. Muitos dos demais países, como a Coreia do Sul e o Egito, rejeitam incluir produtos agrícolas na lista, impedindo a ampliação das exportações brasileiras.
No fim de 2009, ministros aproveitaram uma reunião em Genebra para anunciar um acordo Naquele momento, o anúncio serviu como arma para demonstrar que a culpa pelo fracasso de um tratado de liberalização maior seria dos países ricos.
Mas, ao trocar listas de produtos de cada pais, a constatação dos negociadores é de que muito vai ficar de fora. O projeto entre os emergentes foi lançado em São Paulo em 2004 por iniciativa do Brasil. O Itamaraty, desde então, teve de reduzir suas ambições para o que ficou conhecido como Rodada São Paulo. No lugar de um corte de 40% de tarifas entre os emergentes, o acordo estabeleceu uma redução de 20%.
A liberalização será válida para 70% do comércio de um país. Praticamente um a cada três produtos em cada país poderá continuar a ser protegido
Impacto. Há décadas os emergentes tentam um acordo. Nos anos 80, o mesmo projeto fracassou. Agora, a opção foi por um entendimento apenas para facilitar o comércio, e não para acabar com tarifas. No caso do Brasil, a hesitação em abrir ocorre diante da presença da Coreia do Sul, um importante exportador de veículos, e de exportadores de têxteis, como Egito e Paquistão.
O governo admite que, por enquanto, não sabe qual pode ser o impacto do acordo para as exportações nacionais. Há dois anos, o ex-embaixador do Brasil em Genebra, Clodoaldo Hugueney, chegou a dizer que o acordo poderia facilitar a exportação de cerca de 15% do total das vendas do País no exterior. A ONU também já fez seus cálculos. Mas deixou claro que as exportações asiáticas seriam as mais beneficiadas com o projeto.(Jamil Chade - O Estado de S. Paulo)
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