Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Buddemeyer avança no segmento de têxteis de luxo

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Foto: Betina Humeres

Uma das sólidas indústrias de Santa Catarina é a Buddemeyer, marca de têxteis para cama, mesa e banho, de São Bento do Sul. Empresa familiar liderada pelos primos Rolf Buddemeyer, no conselho, e Claus Buddemeyer, na presidência executiva, ela é líder nacional em produtos de luxo no segmento e dita moda.Iisso também garante crescimento estável. Saiba mais sobre essa atuação na entrevista do diretor financeiro da companhia, o engenheiro mecânico graduado pelaUFSC Evandro Müller de Castro.

A Buddemeyer se consolidou como marca de produtos têxteis de luxo para o lar. Como evoluem as vendas?

Evandro Müller de Castro – No mercado em que a gente atua a crise atual atinge menos esse tipo de produto. O que se observa é que o setor de têxteis e confecções, em especial o nosso segmento, é um dos menos prejudicados. Se a marca é forte a empresa é menos atingida por crises. Estamos crescendo numa média de 9% a 10% ao ano. Este ano, projetamos faturar R$ 250 milhões, cerca de 10% a mais que em 2013. Geramos hoje 1.180 empregos diretos.

Quais são as expectativas de crescimento para 2015?

Evandro – Apesar deste ano estar melhor do que a gente imaginava,prevemos mais dificuldades para 2015 independentemente de a presidente Dilma ser reeleita ou não. Será uma fase mais complicada, um ano de ajuste porque o Brasil não está crescendo.

A empresa está chegando aos 63 anos. Como foi a trajetória até aqui?

Evandro – A Buddemeyer foi fundada pelo imigrante alemão Friedrich Bernard Buddemeyer em 1951. Engenheiro têxtil, ele chegou a Santa Catarina em 1924, começou a trabalhar na Cia Hering e, depois, Renaux. Em 1941, com a Segunda Guerra Mundial, abriu uma fábrica de teares. Durante seis anos produziu mais de 2 mil, vendeu para empresas de Blumenau e Joinville. Encerrou a produção de teares e, com os que sobraram,passou a produzir felpudos (toalhas e roupões de algodão) em São Bento do Sul. A decisão de ir para São Bento foi porque havia um surto de malária em Itajaí e, no frio da serra, não havia o problema. A Buddemeyer enfrentou altos e baixos como todas as empresas, mas cresceu de forma consistente.

Quando entrou no segmento de felpudos diferenciados?

Evandro – Essa mudança de foco dos produtos de banho da Buddemeyer começou em 1985, quando passou a fazer algo mais sofisticado, fugindo das toalhas florais. Embora pequena, a empresa passou a ter produtos diferenciados. Isso avançou numa progressão grande, mais a partir de 1995, quando a marca começou a percorrer um caminho muito forte. Parte dos nosso produtos é feita com algodão egípcio. São itens com valor agregado e relação qualidade-preço muito boa.

Como é a comercialização?

Evandro – Nossas vendas são por distribuidores do segmento de cama, mesa e banho.

Quanto é exportado?

Evandro – Cerca de 7% para os EUA, Europa e América do Sul. A maior parte é com a marca própria, especialmente na Alemanha e aqui na América do Sul.

As importações de têxteis afetam muito a empresa?

Evandro – A importação brasileira de cama, mesa e banho gira em US$ 160 milhões/ano. Mas não dá para identificar qual é a importação de cama feita pelos turistas. Em 2013, por exemplo, os brasileiros gastaram lá fora US$ 25 bilhões A gente sabe que a importação de cama via turismo é muito alta. Isso atrapalha, mas faz parte do mercado. No Brasil, o produto é caro por causa do imposto. Nos EUA a taxação é de 20% para têxteis, aqui a carga tributária é em torno de 40%, com tributos diretos e indiretos. É preciso o país encarar esse problema de frente.

Quanto a empresa investe?

Evandro –Investimos regulamente pelo menos em torno de US$ 4 milhões por ano para manter o parque fabril sempre atualizado.

Estilo e sofisticação
Entre os produtos da Buddemeyer que reforçam o estilo e a sofisticação da marca estão roupões confeccionados com fio de algodão egípcio, bordados com renda guipure (foto).

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