Esse valor engloba o total de tributos que os contribuintes brasileiros pagarão aos três níveis de governo (União, Estados e municípios) em 2015.
A marca será registrada por volta de 11h (horário de Brasília) pelo Impostômetro (painel eletrônico instalado no prédio da Associação Comercial de São Paulo, centro da capital paulista, que registra, em tempo real, a carga tributária no país).
No total do ano a carga tributária deverá chegar a R$ 2,09 trilhões. Esse valor representa aumento nominal de 7,2% ante o R$ 1,95 trilhão arrecadado em todo o país em 2014.
Segundo Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), "é imprescindível uma reforma tributária no Brasil, que só poderá ser feita se houver solução satisfatória para a crise política, na urgência que o país requer".
Segundo a assessoria de imprensa da ACSP, levantamento encomendado ao IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) revela que os tributos federais representam 65,95% da arrecadação de R$ 2 trilhões. Os tributos estaduais equivalem a 28,47% e os municipais, a 5,58%.
Individualmente, o tributo de maior arrecadação é o ICMS (19,96% do total), seguido da contribuição ao INSS (19,18%), do Imposto de Renda (15,62%) e da Cofins (10,13%).
Apesar da estimativa de queda do PIB de mais de 2% em 2016, a tendência também será de aumento da carga tributária no próximo ano.
Isso ocorrerá devido ao aumento de tributos federais, como a contribuição sobre o lucro das instituições financeiras, o IPI sobre diversos produtos, especialmente bebidas, e o aumento do IR sobre ganho de capitais (a alíquota atual, de 15%, pode até dobrar, dependendo do ganho obtido na operação).
Os Estados também contribuirão para isso, especialmente devido aos aumentos do ICMS e do imposto sobre heranças e doações (neste último caso, dez Estados e o Distrito Federal cobrarão mais em 2016).
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