Comentário Semanal: Ibovespa fecha a semana com queda de 2,97%
Por InfoMoney
SÃO PAULO - Em semana marcada pela preocupação do mercado por conta da provável necessidade de novas rodadas de auxílio financeiro às economias debilitadas da Zona do Euro, além de números desanimadores do mercado de trabalho norte-americano, o Ibovespa acumulou registrou queda nos quatro últimos pregões, acumulando perdas de 2,97% na semana, fechando esta sexta-feira (8) aos 61.513 pontos.
As ações preferenciais da TAM (TAMM4) terminaram a semana como principal destaque positivo do Ibovespa, acumulando alta de 6,11%, cotadas a R$ 36,12. Os papéis lideraram os ganhos do índice na terça e quarta-feira, e acumularam nos três primeiros pregões da semana ganhos de 9,72%, em meio à expectativa favorável dos investidores acerca da fusão entre a companhia aérea brasileira e a LAN Chile. O órgão antitruste chileno deve anunciar ainda neste mês sua decisão final sobre o acordo, que já se arrasta por quase um ano.
Já as ações da MRV (MRVE3) seguraram a lanterna do benchmark na semana, ao registrarem queda de 12,77% no período de 4 a 8 de julho, fechando a R$ 11,82.
Petro e Vale
Os papéis da Petrobras fecharam a semana no campo negativo (PETR3, -1,41%; PETR4, -1,31%). A empresa comunicou na segunda-feira (4) duas novas descobertas de petróleo e gás na Bacia do Espírito Santo, na área de concessão BM-ES-23, que agora totaliza três novas descobertas, de acordo com comunicado da empresa.
As ações da Vale (VALE3, -1,14%; VALE5, -1,14%) também fecharam a semana em queda, colaborando assim para acentuar as perdas do Ibovespa no período, tendo em vista a forte participação tanto dos papéis da mineradora quanto da petrolífera na composição da carteira teórica do Ibovespa.
Aquisições em foco
Destoando do movimento negativo do mercado brasileiro, algumas empresas conseguiram se destacar positivamente, sobretudo no último pregão da semana, por conta do noticiário corporativo. Uma delas é a GOL (GOLL4), que viu seus papéis liderarem o Ibovespa na sexta-feira, em meio à possibilidade da empresa compraria a Webjet, rumores estes que foram confirmados após o fechamento do mercado.
Já ações da TIM (TCSL3, +2,73%; TCSL4, +2,96%) também ficaram entre as maiores altas do índice na última sessão, após a Companhia Brasiliana de Energia, controladora da AES Elpa e da AES Eletropaulo, anunciar que foi firmado contrato de venda com a TIM Participações, que vai adquirir participação na AES EP Telecom e ações da AES Com Rio, também conhecidas como Atimus São Paulo e Atimus Rio. O valor das operações será de R$ 1,13 milhão e R$ 473 milhões, respectivamente.
Zona do Euro
A situação econômica de países periféricos da Zona do Euro foram destaque no início desta semana. Além da crise enfrentada pela Grécia, ainda longe de uma resolução, o anúncio do corte no rating de Portugal pela Moody's na terça-feira (5), trouxe incertezas aos investidores em relação à situação econômica de países da União Europeia, sucitando novamente a possível necessidade de novos pacotes de ajuda financeira na região.
Ainda no continente europeu, O FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou, após o fechamento desta sexta-feira, o pagamento de € 3,2 bilhões à Grécia referentes a mais uma parcela de seu programa de resgate ao país aprovado no ano passado, o qual totalizará € 110 bilhões no curso de três anos.
Política monetária em foco
No front internacional,a China anunciou o aumento do juro básico em 0,5 p.p., para 6,52% ao ano, em mais uma tentativa do governo local de arrefecer a inflação do país.
Enquanto na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) elevou em 0,25 p.p. o juro básico na Zona do Euro, conforme já era previsto por analistas. A instituição também anunciou a suspensão da exigência de nível mínimo para o rating dos títulos da dívida portuguesa a serem adquiridos dentro das operações de crédito do eurosistema. Na prática, a medida dribla o rebaixamento da nota para a dívida de Portugal para Ba2, anunciada pela agência de classificação de risco Moody’s.
Agenda econômica da semana
No início da semana, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, apontou leve queda das projeções sobre inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), mas também das expectativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Enquanto a divulgação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) registrou nova recuo no ritmo de aumento dos preços com taxa de 0,01% na quarta quadrissemana de junho.
Ainda no front doméstico, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidro Amplo), medida oficial da inflação no Brasil, não trouxe um resultado tão favorável. Embora a taxa de inflação de 0,15% tenha mostrado um arrefecimento em relação à medição anterior, o número veio pior do que o esperado pelo mercado, que estimava uma variação positiva de 0,05% nos preços. Já o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) marcou deflação de 0,13% em junho, também abaixo das expectativas do mercado.
Nos EUA, o destaque ficou por conta de números decepcionantes do mercado de trabalho divulgados nesta sexta-feira, dados que vieram de encontro às expectativas de recuperação econômica do país.os dados do setor de serviços divulgados pelo ISM Services trouxe preocupação aos investidores locais, uma vez que veio pior do que as expectativas do mercado para junho.
Câmbio e renda fixa
A moeda norte-americana fechou esta sexta-feira cotada a R$ 1,565. Na semana, a desvalorização acumulada foi de 2,87%.
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, o contrato de juros de maior liquidez nesta semana, com vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 12,50%, alta de 0,04 ponto percentual em relação à semana anterior.
No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado 136,29% de seu valor de face, alta de 0,125% na semana.
Confira a agenda da próxima semana
Na agenda para a segunda semana de julho, os investidores estarão atentos à ata da última reunião do Federal Reserve e ao discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke. Ainda lá fora, destaque para os dados de varejo da indústria norte-americana e também para a reunião de política monetária do Banco Central japonês.
No front doméstico, o destaque fica por conta dos diversos índices de inflação a serem apresentados, bem como para a pesquisa mensal do comércio
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