Bordados eletrônicos
O esforço para desenvolver produtos eletrônicos de vestir atingiu um marco importante: pesquisadores conseguiram bordar circuitos em tecidos com uma precisão de 0,1 milímetro.
Essas dimensões são adequadas para integrar nas roupas os componentes eletrônicos, como sensores, dispositivos de memória, baterias em forma de fios etc. Além disso, os fios são finos o suficiente para passarem despercebidos entre a trama do tecido.
O objetivo é que esta tecnologia viabilize a fabricação de camisetas que funcionem como antenas para telefones celulares ou tablets, roupas de ginástica que monitorem indicadores físicos, curativos que informem ao médico como está um processo de cicatrização - ou mesmo um boné de tecido flexível que detecta a atividade do cérebro para controlar aparelhos pelo pensamento.
Tecidos funcionais
Os tecidos funcionais, ou "tecidos inteligentes" foram criados em uma máquina de costura comum. Como outras máquinas de costura mais modernas, ela borda os fios no tecido com base em um padrão carregado através de um arquivo de computador. A diferença é que os fios são de metal, ainda que não seja possível distingui-los ao toque depois que o padrão está pronto.
"A forma determina a função. E você nunca sabe que forma vai precisar ao passar de uma aplicação para outra. Então, nós queríamos ter uma tecnologia que pudesse bordar qualquer forma para qualquer aplicação," explicou Asimina Kiourti, da Universidade do Estado de Ohio, nos EUA.
Uma antena de banda larga, por exemplo, consiste em meia dúzia de formas geométricas entrelaçadas, cada uma um pouco maior do que uma unha. Cada peça do bordado transmite energia em uma frequência diferente, de modo que o conjunto cobre um amplo espectro de energias - daí a capacidade de "banda larga" da antena para telefone celular e acesso à internet.
Outro protótipo é uma etiqueta de radiofrequência (RFID) totalmente esticável. Esse protótipo, que serve para identificação de produtos, foi incorporado em borracha para avaliação de um fabricante de pneus.
"Nós começamos com uma tecnologia que é muito bem conhecida - o bordado a máquina - e então nos perguntamos como poderíamos funcionalizar as formas bordadas," contou o professor John Volakis. "Agora, pela primeira vez, alcançamos a precisão das placas de circuito impresso rígidas, por isso a nossa nova meta é tirar proveito da precisão para incorporar receptores e outros componentes eletrônicos."
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