Crise na Zona do Euro ganha a cena e derruba índices de Wall Street
Por InfoMoney
SÃO PAULO – Apesar de reduzirem as perdas de mais de 1% no decorrer do pregão, os principais índices acionários norte-americanos encerraram em queda nesta terça-feira (16), devolvendo os ganhos observados na véspera, quando os índices fecharam com o maior rali de três dias seguidos desde o mês de março de 2009.
Os indices foram pressionados por noticiários da Zona do Euro, após a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmarem que a França e a Alemanha podem propor um imposto sobre operações financeiras no próximo mês.
Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro no segundo trimestre deste ano cresceu 0,2%, menor expansão registrada desde 2009. Na Alemanha, a desaceleração do PIB também decepcionou.
Com os investidores atentos aos noticiários, nem mesmo a manutenção do rating da dívida soberana dos EUA pela Fitch, com a nota AAA e perspectiva estável, animassem os ânimos dos mercados.
Diante disso, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 1,24% a 2.523 pontos, acumulando no ano forte baixa de 4,88%. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em desvalorização de 0,97% atingindo 1.193 pontos e caindo 5,16% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou queda de 0,67% chegando a 11.406 pontos e acumulando no ano baixa de 1,48%.
Setor bancário recua mais de 4%
As ações do setor bancário europeu foram as mais atingidas na sequência das notícias, pressionando o setor financeiro dos EUA. Com isso, os ativos do Bank of America Merril Lynch registraram fortes quedas de 4,64%, acompanhados dos papéis de outras instituições financeiras, entre elas do Citigroup (-4,25%) e Morgan Stanley (-4,74%).
Techs também perdem
As ações da Google perderam 3,51%, após a Equity Research, pesquisa realizada pela Standard & Poors, rebaixar a classificação da companhia de compra para venda, justificando que a fusão da empresa com a Motorola Mobility (-0,12%), provavelmente trará um impacto negativo sobre o crescimento da gigante de tecnologia.
A S&P também afirmou que não sabe se a aquisição ajudará o Google a proteger seu sistema operacional Android de questões relacionadas à propriedade intelectual. Ademais, o S&P reduziu o preço-alvo da companhia de US$ 700 para US$ 500.
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Verejo reflete resultados corporativos
As redes varejistas Wal-Mart (+3,88%) e Home Depot (+5,28%) fecharam com fortes altas após terem divulgado resultados trimestrais melhores do que os aguardados pelo mercado.
A Dell (+1,94%) divulgará seu balanço após o encerramento do pregão regular.
Agenda econômica
Entre os indicadores econômicos relevantes divulgados na sessão, a produção industrial norte-americana apresentou alta de 0,9% em julho, resultado acima das projeções do mercado. Por outro lado, o Housing Starts, que mede o número de casas em início de construção nos EUA, registrou 604 mil casas no resultado anualizado de julho, não superando os 608 mil imóveis esperados.
Notícias da Europa e EUA
Ainda são destaques nesta sessão, o anúncio de que o BCE (Banco Central Europeu) voltou a intervir para conter o yield dos títulos públicos de Espanha e Itália no mercado secundário, como forma de tentar conter a percepção de risco do mercado sobre os papéis.
Além disso, nos Estados Unidos, a Fitch manteve o rating da dívida soberana dos EUA com a nota AAA, além de revelar perspectiva estável. Esta foi a última das três agências classificadoras de risco a se pronunciar sobre a nota norte-americana, sendo que a S&P cortou a nota para AA+, com perspectiva negativa, no início deste mês.
Desempenho dos principais índices acionário de Wall Street:
% Var Dia |
Pontos |
%Var 30D |
%Var Ano |
|
Dow Jones |
-0,67 |
11.406 |
-8,60 |
-1,48 |
S&P 500 |
-0,97 |
1.193 |
-9,37 |
-5,16 |
Nasdaq |
-1,24 |
2.523 |
-9,55 |
-4,88 |
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