Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Dilma se irrita com ‘pedido de demissão’ de Mantega.

Visivelmente exasperada pelas declarações da 'The Economist', presidente afirma que o governo não será influenciado pela imprensa internacional

Laryssa Borges e Tai Nalon, de Brasília
Dilma Rousseff, discursa ao visitar a Olimpíada do Conhecimento, evento promovido pelo Senai, em parceria com o Sesi e o Sebrae, no Pavilhão de Exposições do Anhembi

Presidente Dilma diz que não demitirá Mantega, como sugere a 'The Economist' (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidente da República, Dilma Rousseff, rapidamente saiu em defesa do seu governo um dia após reportagem da revista britânica 'The Economist' pedir a exoneração do ministro da Fazenda, Guido Mantegas, devido ao frustrante resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre – que mostrou um crescimento de apenas 0,6%. 

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PIB baixo no 3º trimestre expõe 'herança maldita'    

Depois da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, a presidente disse que não aceitará ser influenciada pela imprensa internacional, em uma referência direta ao artigo publicado pela revista nesta quinta-feira. A The Economist também sugeriu que ela indicasse uma nova equipe econômica “capaz de recuperar a confiança dos empresários”.

No contra-ataque, Dilma afirmou que a situação econômica da zona do euro e dos Estados Unidos é muito pior que a brasileira e que, nem por isso, existe pressão para queda das cúpulas financeiras dos países desenvolvidos. “Vocês não sabem que a situação deles é pior que a nossa? Pelo amor de Deus, (é pior) desde 2008. Nenhum banco, como o Lehman Brothers, quebrou aqui. Nós não temos crise de dívida soberana, nossa relação dívida-PIB é de 35%, nossa inflação está sob controle. Temos 378 bilhões de dólares de reserva”, esbravejou.

Irritação – A presidente, mostrando clara irritação, ainda alfinetou a publicação dizendo que "em hipótese alguma o governo brasileiro, eleito pelo voto direito e secreto do povo brasileiro, vai ser influenciado pela opinião de uma revista que não seja brasileira”, afirmou.

Mais cedo, ao lado de presidentes sul-americanos, Dilma havia defendido a integração de países do continente, incluindo membros associados do Mercosul, como forma de enfrentar as turbulências internacionais. “Há razões de sobra para que estejamos preocupados com a situação econômica mundial em um quadro de menor crescimento e de recessão. Devemos nos precaver contra essas condições”, afirmou na ocasião.

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Em reportagem intitulada 'Quebra de confiança: Se quer mesmo um segundo mandato, Dilma Rousseff tem de mudar a equipe econômica', publicada na edição desta semana, a revista britânica pede a demissão do ministro da Fazenda. "Ela insiste que é tão pragmática. Se é mesmo, deveria demitir Mantega, cujas previsões exageradamente otimistas implicaram a perda de confiança dos investidores", diz a publicação. A 'Economist' classificou a economia brasileira de "moribunda" e atribuiu a Mantega sucessivos fracassos econômicos no ano. "Dilma deve designar uma nova equipe econômica capaz de conquistar a confiança do mercado", disse a publicação.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/dilma-se-irrita-com-%E2%8...

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