Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estudo mostra que Brasil tem a 14ª maior carga tributária do mundo

IBAT em  seu último levantamento acusa que em 10 anos os governos federal, estaduais e municipais se apoderaram ilegitimamente da sociedade brasileira de R$ 1,85 trilhão.

Estudo mostra que Brasil tem a 14ª maior carga tributária do mundo

Sexta-Feira, 11 de Março de 2011  

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e, inclusive, subiu quatro posições, conforme dados relativos a 2009 divulgados neste ano pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é uma entidade internacional com sede em Paris (França) composta por 33 países e que leva em consideração a arrecadação tributária comparada com o PIB (Produto Interno Bruto). Com carga tributária de 34,5%, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), O Brasil está à frente de países como Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Japão, por exemplo.

Em 2010, o País gerou riquezas no valor de R$ 3,684 trilhões (PIB), enquanto, no mesmo período, os contribuintes (pessoas físicas e empresas) pagaram R$ 1,291 trilhão em tributos, resultando em uma carga tributária de 35,04% do PIB. Com isso, o Brasil saltou da 18ª para a 14ª posição no ranking, perdendo para países europeus, altamente desenvolvidos, como é o caso da Dinamarca (48,2%), Suécia (46,4%), Itália (43,5%) e Bélgica (43,2%). “Ao contrário do Brasil, esses países prestam serviços públicos de qualidade à população sem que ela precise recorrer à iniciativa privada”, afirmou o presidente da Fiems, Sérgio Longen.

Segundo o estudo, o brasileiro tem de trabalhar 5 meses do ano somente para custear a cobrança de tributos e em outros 5 meses para pagar, ao setor privado, os serviços públicos essenciais que o Governo deveria garantir-lhe, com a aplicação dos recursos em modelos eficientes de saúde, educação, moradia, entre outros. Outro dado divulgado é que, de cada R$ 100,00 gerados pela economia em 2010, R$ 35,04 viraram tributos e foram parar nos caixas dos governos dos Municípios, Estados e União.

Para Sérgio Longen, a carga tributária brasileira vai continuar a crescer, enquanto não houver a redução das alíquotas dos principais tributos, pois a multiincidência tributária faz com que a arrecadação tributária sempre cresça mais que a evolução do PIB. “Se é para o Brasil ser comparado aos países europeus, que não seja apenas no percentual elevado de sua carga tributária, mas sim e, primordialmente, na qualidade de serviços públicos prestados”, alertou.

O estudo revela ainda que o Brasil lidera disparado o ranking em carga tributária dentre os países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro, ficando à frente da Coréia do Sul (25,6%), Turquia (24,6%), Rússia (23%), China (20%), Chile (18,2%), México (17,5%) e Índia (12,1%).

O levantamento do IBPT ainda aponta que a carga tributária brasileira teve um crescimento de 5,01 pontos percentuais nos últimos dez anos passando de 30,03% no ano de 2000 para 35,04% em 2010. Isto porque, enquanto a arrecadação tributária teve um crescimento de 264,49%, o PIB evoluiu somente 212,32%. Como reflexo, os governos, ao longo deste período, subtraíram da sociedade, a título de aumento da carga tributária, R$ 185 bilhões ao ano, ou seja, em 10 anos os governos federal, estaduais e municipais se apoderaram ilegitimamente da sociedade brasileira de R$ 1,85 trilhão.

 

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Comentário de Charles Koschnik em 16 março 2011 às 14:16
Caro Petrúcio, boa tarde,
Tentando responder sua pergunta quanto a como fica o bem comum, posso dizer que na maioria das vezes, esquecido em baixo de tanto "lixo moral". Exemplo disso pode-se citar o recente episódio da Deputada do PMN-DF, que admitiu publicamente ter recebido dinheiro de forma irregular e, logo em seguida, apresentou atestado médico se afastando das funções por alguns dias, deixando assim a poeira baixar e "fugindo" dos possíveis questionamentos na Câmara, ou seja, mais uma "pizza" em nossa escandalosa história política, recheada de mensalões, dinheiro nas cuecas e meias e muito mais. E o bem comum? Esquecido na miséria dos subúrbios de nossas grandes cidades e no assistencialismo que "dá o peixe mas não ensina a pescar". Viajo por várias regiões do Brasil e o que falo está fundamentado no que vejo. Abraço.
Comentário de petrúcio josé rodrigues em 16 março 2011 às 13:12

Companheiro Charles Koschnik,

Vosso depoimento é  resultante de  um "clamor" Nacional. Todos enseiam por moralidade.

Ocorre que nosso povo esquece que, para haver  desenvolvimento  social  e  moral, requer  que  cada  um tenha conhecimento e  vivência  com a Memória Documental do Contemporâneo.

Sem esse  fundamento, perde-se  a  noção do que  são os FUNDAMENTOS SOCIAIS. Aqui são   associadas, as promessas  de  campanha políticas, que  a prática aponta o cumprimento  de  apenas 17%, para  cada  ocorrência.  No  final de três meses  após  o pleito para  cada  legislatura, todos  esquecem, a  falta  de  honradez. Todos  se  acostumam, e, passam categoricamente a  atestar que necessitam,  de  reciclar  o  conceito CIDADÂNIA em  suas  vidas.  

Considerando que, não  existe "memória", perde-se  assim a possibilidade de efetivar  a noção  básica  de  PARÂMETROS".  

Neste momento, todos  o  esforços do homem  bem intensionado, se  tornam  flácido  e  sem  vigor.

Uma  pergunta para  ti companheiro! E O  BEM  COMUM COMO  FICA?  POIS, TEMOS  UMA MÁQUINA  DE  ARRECADAR  DINHEIRO QUE PRODUZ 105,00 BILHÕES DE  REAIS POR MES. 

 

 

Comentário de Charles Koschnik em 15 março 2011 às 18:33
Como ter competitividade no mercado externo com uma realidade dessas? As empresas brasileiras vêem cada vez mais seus resultados espremidos pela concorrência acirrada com os países asiáticos (se é que se consegue resultado) e, quando se percebe que, mesmo dentro do grupo de países em desenvolvimento, temos disparado a maior carga tributária, fica um sentimento de desesperança. Mas, já diz o ditato, "somos brasileiros, não desistimos nunca", então vamos em frente, mesmo que seja "botando a boca" através de um blog! Fica pelo menos a sensação de estar fazendo algo em prol de uma nova realidade, assim começaram muitas das grandes mudanças, muito antes do poder da internet, então...
Comentário de petrúcio josé rodrigues em 15 março 2011 às 14:04

Fábio Germiniani,

Realmente ai  está  a  realidade de  um  Brasil, que  tem  vida, que  tem aparência  saudável, porém "crancos" e  "cânceres" contaminam e  destroem toda  formosura  e  aparência, de  firmeza que tem.

Minha proposição  em escrever  sobre  "tributário e  juros bancários", é justamente  para que, um parâmetro  seja desenhado  e  entendido pelo "CIDADÃO". Entrando, no âmago dos problemas e doenças que  são  citados de  contínuo, é que  podemos aquilatar quão grave é  nossa  situação.

Existem  empresas  no Brasil, que  não  se  trata  de  (bebidas ou  cigarros),  que  têem carga  tribrutária  que  alcançam os  42/44%(basta  apurar tecnicamente).

Tudo isto passa  desapercebido,  sem  contudo, haver nenhum politico  que  levante sua  bandeira  salvadora,  em prol do  pobre, onde  se  concentra  a  maior incidência da carga  tributária.

Quanto aos  benefícios que  R$.1,27 trilhões ao  ano arrecadados, verifica-se a mais  plena  discrepância. Demonstra-se  que  os itens (SAÚDE  E  EDUCAÇÃO, O  GOVERNO  APLICA  APENAS 7,57%), ao passo  que  juros  da  DÍVIDA PÚBLICA, OS CÉTICOS  ADMINISTRADORES DESTA INFAME  POLÍTICA, GASTAM O UNIVERSO  DE  22,35%, ou  seja  3  vezes a maior.

Companheiro,  continuaremos  nossa forma insistente  de  apontar  e dizer,  do  que  se  fala  em  todo o País. 

Comentário de Fabio Germiniani-TRIUMPH TEXTIL em 15 março 2011 às 13:33
Realmente é uma vergonha!!

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