Fundos de pensão: gestores estão mais favoráveis ao aumento de riscos
SÃO PAULO – Mais da metade dos gestores de fundos de pensão é favorável ao aumento de risco das carteiras do fundo. Pesquisa realizada pela Mercer mostra que 53% dos gestores são totalmente favoráveis à ampliação da duration – que nada mais é que a sensibilidade da carteira à variação da taxa de juros.
Do total dos consultados, apenas 7% se mostram desfavoráveis à elevação da duration das carteiras e 40% se mostram ligeiramente favoráveis. Para a 10ª Pesquisa Econômica para Fundos de Pensão, a empresa ouviu 45 gestores em março.
Perfil de risco
A pesquisa também constatou que, na comparação com o ano passado, os gestores estão mais abertos ao risco, uma vez que, para eles, uma carteira considerada moderada deve conter cerca de 15% em investimentos com renda variável. No ano passado, eles acreditavam que 10% já era o ideal.
Para eles, hoje, uma carteira de perfil mais moderado teria cerca de 30% em investimentos em renda variável, sendo que, em 2010, os gestores acreditavam que 25% em renda variável contemplava uma carteira com este perfil. Considerando uma carteira mais agressiva, ela teria em torno de 40% em investimentos em renda variável – mesmo percentual da pesquisa passada.
O economista da área de investimentos da Mercer, Flávio Bacellar, alerta que a percepção captada pela pesquisa é bem generalista e não contempla todas as variáveis e especificidades de uma carteira de fundos de pensão.
Contudo, o estudo mostra que os gestores sabem que apenas investimentos em renda fixa não conseguem dar o retorno que eles precisam. “A rentabilidade da renda fixa está historicamente baixa e eles sabem que, em se tratando de fundos de pensão, não dá para atender suas obrigações apenas colocando renda fixa na carteira”, diz.
O social e o ambiental
Outro aspecto abordado na pesquisa mostra que, para os gestores entrevistados, os fatores sociais e ambientais não influenciam suas estratégias de investimentos em um prazo de dois anos. Para 46% deles, somente daqui cinco anos esses fatores podem exercer alguma influência em suas decisões, ao passo que 51% deles acreditam que somente em dez anos isso pode ocorrer. Outros 3% acreditam que esses fatores nunca influenciarão os processos e estratégias.
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