Fonte:|noticias.terra.com.br|
NOVA DÉLHI, Índia, 27 Ago 2009 (AFP) - A Índia pretende reativar suas relações comerciais com a América Latina e a África para compensar a queda de suas exportações para países ricos, atingidos pela recessão, indicou nesta quinta-feira o ministro do Comércio, Anand Sharma.
"Adotamos uma postura para expandir e diversificar nossos mercados de exportação, especialmente para mercados emergentes como a América Latina e África", disse Sharma aos jornalistas, durante o anúncio do plano governosta de política comercial para os próximos cinco anos, até 2014.
"Nossas exportações sofreram uma queda nos últimos dez meses devido a uma contração da demanda nos mercados tradicionais de exportação (dos países ricos)", acrescentou Sharma.
O país tem como meta o crescimento de 15% em dois anos, para conseguir exportações de 200 bilhões de dólares em março de 2011, dos 168 bilhões de março de 2009, destacou.
As maiores exportações indianas incluem o têxtil e o artesanato.
Os planos governistas para reativar o comércio externo mereceram os elogios da indústria.
"As iniciativas dinâmicas anunciadas pelo ministro "farão reverter a tendência à queda de nossas exportações", disse Harsh Pati Singhania, presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas (FICCI).
O governo havia previsto chegar a 200 bilhões de dólares em exportações este ano, até março de 2010, mas indicou mais tarde que provavelmente não atingir a meta.
Sharma não revelou novos dados do ano atual e se limitou a indicar que esperava um ritmo "sustentado" das exportações graças a uns créditos mais baixos, melhoras nas infraestruturas relacionadas com a exportação e a queda dos custos de transação.
"Não vou me aventurar de dar um número", disse Sharma, destacando que a Índia estava blindando sua política de exportação contra as consequências da crise mundial.
"Daqui a 2014, esperamos dobrar as exportações indianas de bens e serviços. A política a longo prazo do governo é dobrar a cota de mercado da Índia no comércio mundial antes de 2020", indicou.
A cota de mercado atual da Índia é de 1,64%.
O ministro de Comércio indiano também afirmou que os dois novos tratados de livre comércio que a Índia assinou recentemente (com Coreia do Sul e com os 10 países do sudeste asiático da Asean) abrirão novos mercados "vibrantes".
Sharma, que exercerá de anfitrião semana que vem em uma reunião global de ministros de comércio, acrescentou que a Índia continua comprometida com o sucesso da Rodada de Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio) para liberalizar as trocas comerciais.
Mas reiterou a insistência de seu país em que qualquer tratado deve responder ás aspirações das pessoas do mundo em desenvolvimento.
pmc/lm
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