Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Inovação é forma de aumentar a competitividade do setor têxtil

Inovação é forma de aumentar a competitividade do setor têxtil

A indústria têxtil no Brasil movimenta cerca de US$ 60 bilhões ao ano e é um setor que paga mais de R$ 12 bilhões somente de salários ao ano. No entanto, em impostos – como PIS e Cofins, em 2012 –, foram mais R$ 3,6 bilhões. Além disso, com relação a encargos sobre faturamento de folha, serão pagos em 2013 cerca de US$ 600 milhões em contribuições patronais e, para a Previdência, mais US$ 1 bilhão. Os dados, que apontam a força do segmento no país, revelam ao mesmo tempo a dificuldade de conseguir competitividade em comparação a concorrentes como a China e Bangladesh, que hoje, graças a subsídios e mão de obra barata, entram com força no mercado brasileiro e dominam o setor pelo mundo afora.

Esse quadro, todavia, não deve servir apenas como desestímulo para o empresariado nacional, que, em vista disso, já começa a procurar alternativas de se diferenciar no mercado. Foi com esse objetivo que o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral do Estado do Ceará (Sinditêxtil/CE), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promoveu no dia 22 de maio, na Casa da Indústria, o 1º Seminário Internacional de Inovação Têxtil. Participaram representantes de governos nas esferas federal e estadual, além de empresários e líderes do setor, que discutiram aspectos do contexto atual da acirrada participação da China no segmento têxtil e de confeccionados, assim como a busca por possíveis respostas por meio da inovação.

Para o presidente da FIEC, Roberto Proença de Macêdo, que abriu o evento, a entidade tem incentivado o investimento em inovação como forma de se contrapor aos desafios que têm se apresentado no mercado. Ele dissse que, ao participar no dia anterior, em Brasília, do lançamento da Agenda Legislativa da Indústria, o setor têxtil foi colocado como estratégico para o país, mas que esse avanço só se concretizará mediante ações no âmbito da inovação. Roberto Macêdo destacou que falta ao país um projeto ousado de nação, mas que, por meio de ações setoriais, se está contribuindo para fazer despertar nos dirigentes tal necessidade. O presidente da FIEC contou que esteve recentemente em Israel e lá pôde aquilitar a diferença existente entre o que é feito no Brasil e em Israel em relação à possibilidade de inovação.

Segundo Roberto Macêdo, naquele país, cerca de 90% da pesquisa acadêmica é feita de forma aplicada no setor produtivo, enquanto no Brasil a maior parte termina na prateleira das universidades. Para o presidente da FIEC, se não houver uma transformação nessa relação em nosso país, estaremos fadados a perder cada vez mais espaço no mercado. O presidente do Sinditêxtil, Germano Maia, ressaltou que o custo sistêmico no Brasil impede o empresário de ser competitivo da porta da fábrica para fora. "Temos bons produtos, qualidade e know-how, mas nossa competitividade cai quando enfrentamos as condições estruturais que nos são impostas." Esse quadro, apontou, precisa ser mudado rapidamente. Para ele, a inovação é um passo fundamental no sentido de buscar alternativas para oferecer produtos e processos diferenciados.

Presidente do Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico (Cede) do Ceará, Alexandre Pereira, ressaltou que o segmento têxtil e de confecção no estado é representativo por contar com a união da cadeia produtiva. No entanto, afirmou, ainda carece da cultura da inovação. "E sem inovação não existe crescimento." Ele destacou que, para ser inovador, não é preciso pensar apenas em grandes coisas: “Muitas vezes, a inovação se dá mediante mudanças de processos, gerando enormes ganhos no final”. Outro ponto destacado por Alexandre está relacionado ao apoio governamental. "Diz-se que se o governo não atrapalha o setor produtivo, isso já é uma grande ajuda." No caso do governo do Ceará, relatou, "o governo não atrapalha e ainda está disposto a ajudar".

Alexandre destacou que o governo estadual tem usado a política de desonerar tributariamente alguns setores, apostando que, assim, arrecadará mais com o aumento da base de contribuintes. Especificamente no segmento têxtil e de confecção, apesar de não ter havido o ganho esperado por conta de outros fatores, disse que se reuniu com o secretário da Fazenda, Mauro Filho, e ficaram de levar ao governador Cid Gomes o pleito de manter a redução, apostando que a cadeia produtiva tem potencial para ir além do que está sendo registrado agora.







  Fonte: http://www.interface.eng.br/noticias/ler/inovacao-e-forma-de-aument...

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