As medidas de estímulo ao crédito imobiliário, de automóveis e de operações consignadas anunciadas ontem (20) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, representam uma importante modernização do marco regulatório brasileiro e terão efeitos positivos de curto, de médio e longo prazo sobre a concessão de crédito com juros mais baixos. A avaliação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que elogiou as medidas em nota.
Para a entidade, as novas regras para aumentar as garantias e reduzir a burocracia nos empréstimos e financiamentos ampliarão a oferta e reduzirão o custo do crédito. Para a Febraban, as medidas melhorarão a expectativa e a confiança dos agentes econômicos.
Segundo a Febraban, a melhoria na qualidade das garantias e a maior rapidez na recuperação pelos bancos de bens de mutuários inadimplentes estimularão as instituições financeiras a oferecer crédito com juros mais baixos. "Quanto melhores forem as garantias e quanto mais simples e rápida for a sua recuperação em caso de inadimplência do tomador, maior será a disposição dos bancos para emprestar e menor será a taxa de juros", destacou a nota.
Para a federação, o sucesso do crédito consignado (com desconto direto no salário do tomador) ilustra bem a relação entre boas garantias e a ampliação do crédito com queda nos juros finais. A entidade acrescentou que as medidas vinham sendo discutidas entre o setor financeiro e o governo há algum tempo.
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