Ronald Reagan completaria 104 anos no dia 6 de fevereiro.
O ator que se elegeu presidente dos EUA tornou-se, ao lado de Margaret Thatcher, o porta-voz da mensagem de que o Estado deve ser minúsculo e eficiente.
No Brasil, onde a ideia getulista de que o Estado é o pai de todos moldou gerações, muita gente ainda acha que reduzir o Estado é coisa do demônio, ou, numa versão muito popular na esquerda, “de empresários que querem comprar as estatais barato”.
Estas pessoas agora estão aprendendo que nada desvaloriza mais uma estatal do que uma gestão feita por políticos, com políticos e para os políticos.
Ideologia à parte, a realidade do Brasil dos últimos anos é a seguinte: desde o Plano Real os gastos do Estado crescem mais do que o PIB (e, nos últimos anos, mais do que a arrecadação). O Governo plantou subsídios e colheu baixo investimento e estagflação, enquanto a gigantesca máquina pública foi ‘privatizada’ — mas não do jeito que você imaginava.
Até os que sempre satanizaram Reagan deveriam se perguntar o óbvio: “Quanto é que cada um de nós paga ao Estado em impostos, e quanto recebe de volta em serviços? Que tarefas devem ser do Estado, e quais deveriam ser deixadas nas mãos da iniciativa privada? Quando o Estado dá uma molezinha para A ou B, quem paga por isso?”
Ronald Reagan está morto, mas como o Brasil andou para trás, Reagan continua estranhamente atual.
Abaixo, ilustradas pelo talento de Roberto Alvarez a pedido de VEJA, 10 pérolas de Reagan que se aplicam perfeitamente ao Brasil de 2015.
Por Geraldo Samor
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