Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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No torneio do SESI, os competidores contam com um serviço capaz de salvar equipes: a reparação e a montagem gratuita de peças danificadas. Viva o SUS da robótica!

São 9 horas da manhã do primeiro dia de competições oficiais da FIRST Robotics Competiton (FRC), a modalidade mais avançada da robótica. Um barulho incessante de máquinas fazendo corte, soldagem e acabamento de peças de alumínio e madeira vem lá do fundo, atrás da arena e dos pits das equipes. Uma tela com o número do time, o nome do estudante, o pedido e o status - solicitado, em andamento e retirado -, mostra a quantidade de atendimentos: 195.  

O torneio oficial mal começou e a Machine Shop do SENAI, espaço para reparos e montagem de peças, já está a mil. Na verdade, os trabalhos começaram na segunda, três dias antes dos robôs entrarem em ação. Os equipamentos são de última geração e há médicos (digo, técnicos) de diferentes especialidades para contornar os mais variados tipos de acidente e salvar equipes. Ah, e tudo gratuito. Viva o SUS da robótica! 

O atendimento mais comum é ortopédico, consertar os bumpers, que são a proteção obrigatória da base dos robôs gigantes da FRC, que se chocam - e muito! - na arena. Outro serviço bastante demandado é a confecção de rodas e engrenagens que se desgastam. E, para a impressão 3D de uma peça inteira, basta apresentar o projeto.

O time de experts se desdobra pra zerar a fila, que não para. No primeiro dia, teve até prototipagem e usinagem de uma miniatura inteira de carro de Fórmula 1 para uma equipe do F1 in Schools, que perdeu o principal objeto da competição na viagem.   

Elisie Coelho, analista do SENAI responsável pela Machine Shop, conta que, para atender os competidores, o SENAI juntou oito técnicos, com especialidades diferentes.

“Os competidores chegam ansiosos, porque é uma corrida contra o tempo. Eles têm o horário certo para as partidas e apresentações, então é tudo cronometrado, mas a nossa equipe já sabe como fazer a abordagem com os estudantes e tranquilizá-los, explicando que vamos entregar a peça a tempo”, ressalta. 

Os oito profissionais da Machine Shop do SENAI se desdobram para conseguir consertar os robôs a tempo das partidas

Foi graças ao time da Machine Shop que a equipe 8066 Wolf Army Robotics, da escola Arnolfo Azevedo (SP), conseguiu competir no segundo dia do festival. Um fusível do robô da FRC quebrou momentos antes do round e o apoio do "SUS da robótica" foi indispensável para salvar os estudantes. "Seria um reparo impossível de ser feito sem a ajuda deles", explica o estudante Davi Moura, 19 anos.

Deu problema na programação, e agora?

Outro problema bem recorrente nas competições de robótica são as falhas na programação do robô. Nesses casos, a equipe tem que se virar nos 30 para achar uma solução, afinal, sem os comandos, o robô é só um amontoado de peças. Foi o que aconteceu com os estudantes da Pumpkings e da Under Control.

A primeira equipe, da categoria FIRST LEGO League Challenge (FLLC), não conseguia encaixar uma peça responsável pela direção do robô. “A solução encontrada foi zerar a guinada a cada curva, porque quando ele faz a curva, o robô define um novo eixo e, assim, não precisamos pressionar tanto a máquina para ficar fazendo conta”, explica Tainá Cardoso, 15 anos.

Já a equipe 14391 Under Control, da FIRST Tech Challenge (FTC), teve que ficar de fora de uma rodada para corrigir um problema no sensor. O robô já estava programado para competir de um lado da arena, mas houve uma troca de última hora. “O robô ia até o lado vermelho, porque o sensor estava para esse lado. Por isso não conseguimos participar do período autônomo”, destaca Luiza Silveira, 12 anos.

A união faz o robô!

E quando o dano é provocado por um próprio integrante da equipe (sem querer, é claro)? 

O estudante Diogo Silva, da Equipe Lobato que Transforma (BA), que compete pela FIRST Lego League Challenge (FLLC) estava saindo do round de treino, quando deixou o robô cair e se espatifar no chão.

"Aí foi aquela situação toda, todo mundo nervoso, porque o nosso round oficial já estava próximo. A gente ficou louco, procurando as peças no chão, e foi graças a ajuda de outras equipes que nós conseguimos montar tudo à tempo", conta Diogo.

O estudante Diogo foi consolado e recebeu apoio dos colegas de outras equipes para consertar o robô de Lego que caiu no chão

Além de contar com a solidariedade dos colegas de outras equipes para montar o robô, a Lobato que Transforma também contou com a empatia da equipe adversária, que topou esperar pelo conserto das peças para iniciar o round. Isso é o que, na robótica, a gente chama de gracious professionalism. HEY!

Por: Amanda Maia, Marcella Trindade, Giovanna Chmurzynski e Nathalia Zôrzo

Fotos: Iano Andrade e Augusto Coelho

Da Agência de Notícias da Indústria

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/robotica/meu-rob...

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