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Ministra francesa critica expressão "guerra cambial", criada por Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi citado pela ministra da Economia da França durante o anúncio oficial do acordo realizado neste sábado (19) pelos ministros dos países do G20, reunidos desde quinta-feira em Paris. Christine Lagarde ressaltou que, embora seja contrária à administração voluntária das taxas de câmbio, praticada por alguns países, como a China, não concorda com a expressão "guerra cambial", cunhada pelo brasileiro.

  

"O meu colega Guido Mantega tinha falado da guerra cambial. Eu acho que não é uma boa abordagem. Em uma guerra, há um vencedor e um vencido; não é a melhor abordagem", disse Lagarde, anfitriã do evento em Paris, já que a França exerce a presidência rotativa do G-20. "O G20 não funciona assim. Não há vencedores e vencidos: há países com boa vontade e que tentam trabalhar para encontrar compromissos que possam ser de vencedores para vencedores", afirmou a francesa, enquanto respondia a uma pergunta sobre se considerava uma vitória da França ter conseguido convencer a China a aceitar a taxa de câmbio como um dos indicadores de desequilíbrio macroeconômico, definidos hoje pelos ministros.

  

Questionado pela imprensa brasileira enquanto deixava o hotel onde está hospedado - Mantega havia cancelado uma coletiva de imprensa que acordaria aos jornalistas após o G20 -, o ministro insistiu na expressão, embora tenha minimizado a polêmica. "Chegamos a um grande acordo. Aqui no G20, temos tido posições conjuntas, e a preocupação de vários países com a questão das contas externas mostra que existe, sim, guerra cambial", disse Mantega. "As variáveis que todo mundo queria mais eram saldo em conta corrente, saldo comercial e taxa de câmbio real. Tirem suas conclusões."

  

De acordo com o ministro, o ponto que o Brasil mais tinha interesse em incluir como um dos indicadores era a taxa de câmbio, considerada "crucial" pela delegação brasileira. Conforme já havia indicado a ministra francesa mais cedo, Mantega confirmou que as discussões sobre o tema foram tensas, mas que a China - país que mais influencia nos desequilíbrios econômicos globais ao intervir no câmbio -, não demorou a baixar a guarda.

  

"Não sei se se dobrou a China. Essa é uma discussão que todos participam livremente e países que mudam posições, flexibilizam. Eu diria que se caminhou para um consenso. Tanto que na discussão final, sobre o documento, ninguém se manifestou." Ele disse, no entanto, que não era a apenas China quem estava bloqueando o acordo, como estava sendo divulgado pela imprensa internacional mais cedo neste sábado. "O Japão também estava bloqueando a questão das contas correntes. Da discussão e da objeção, nasce uma posição mais avançada, que contemplou a todos."

 

 

FONTE: Terra

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Comentário de Sam de Mattos em 19 fevereiro 2011 às 23:39

A economia global perdeu os seus conchavos, grupos e blocos: Agora, fenômeno único, apesar das mascaras gregas e disfarces, é SALVEM-SE QUEM PUDER. O Brasil ficara MUITO bem se fingir que está num bloco ou de outro, e como a Índia, China, Rússia, EUA, Alemanha, Franca e outros - e por trás só cuidando de seus interesses, SIM É UMA GUERRA CAMBIAL NÃO DECLARADA, e salvem-se quem puder. A França fala muito bonita, mas se puder leva o Brasil para trás da cabana do Pai Tomas e... Fumo.

 

 

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