Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Montadoras tentam escapar de mais IPI investindo no país

Montadoras tentam escapar de mais IPI investindo no país

 

Fonte: O Tempo – MG

Seis apresentaram planos para atingir nacionalização de 65% da produção


Até a semana passada, seis montadoras haviam apresentado ao governo planos para se instalar no Brasil e atingir gradualmente o índice de nacionalização de 65%. Dessa forma, elas pretendem escapar do aumento de 30 pontos percentuais do IPI sobre modelos importados, que começará a ser cobrado em dezembro.


Para não pagar mais IPI, as montadoras também precisam realizar no Brasil seis entre 11 etapas de produção e investir pelo menos 0,5% de suas receitas brutas em pesquisa e desenvolvimento.


As propostas variam, mas todas começam com índices de nacionalização baixos, na casa dos 10%, e vão aumentando a quantidade de componentes nacionais ao longo do tempo. A mais ousada se compromete a chegar aos 65% em três anos. Ela aposta que, se não conseguir, o governo pode cobrar retroativamente o IPI mais elevado sobre suas importações.


Outros planos preveem atingir o índice em cinco anos. Todas sustentam que é impossível começar a produzir no país com um nível de componentes nacionais já tão elevado.


O governo ainda não decidiu como será o regime alternativo para as novas montadoras. Não há acordo sequer sobre se esse regime será mesmo criado. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, tem afirmado que sim. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que é só uma possibilidade.


As discussões prometem ficar mais complicadas. Durante o Encontro Nacional da Indústria (Enai), realizado semana passada em São Paulo, Pimentel adiantou que o governo vai mudar a aferição do conteúdo local nos automóveis.


Hoje, o critério é financeiro: quanto a montadora gasta no país. Por isso, até despesas com publicidade entram como conteúdo local. Outros países adotam outras definições, como peso ou quantidade de componentes. Tudo depende dos objetivos. Mas essas metas ainda não estão claras, segundo comentou um interlocutor do governo no setor privado.


As discussões prometem ser difíceis, como foram as que sucederam o plano Brasil Maior, no início de agosto. A ideia original do governo era reduzir o IPI para montadoras investirem em tecnologia. Na falta de entendimento, saiu o aumento do IPI para importados.


Venda de importados cresce 35% de janeiro a setembro - De janeiro a setembro, 22,7% de todos os veículos novos vendidos no mercado brasileiro foram importados, num total de 610 mil unidades, número 35% maior que o de igual período do ano passado.


Os dados assustaram o governo federal, que, em 16 de setembro, publicou o Decreto 7.567, determinando o aumento de 30 pontos porcentuais para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis importados (que não têm 65% de conteúdo regional).


A maior parte desses veículos, contudo, foi importada pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, países para onde as companhias instaladas no país também exportam. A alta do IPI afetou mais os modelos trazidos por empresas que não têm fábricas no Brasil.




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Comentário de Z em 6 novembro 2011 às 7:43

É exatamente isso que o governo tinha de fazer!!!

Um Big Boss de uma dessas empresas disse que o aumento do IPI X cotas de nacionalização iria inviabilizar a instalação de sua empresa no Brasil....; passadas duas semanas a empresa anunciou a instalação de uma unidade fabril. Se não fizesse isso estaria fora do mercado nacional.

Ora, quem está certo? Inclusive comentei em post anterior sobre a postura correta do governo. Se quiserem vender aqui, tem que produzir aqui e empregar nossos trebalhadores alem de desenvolver mais nossa cadeia produtiva que sabemos é muito bem formada.

Essas novas empresas não terão dificuldades em obnter bons fornecedores em curto espaço de tempo.

Que siga o enterro...

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