Os humanos já teciam com linho há 34 mil anos

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Fonte:|entrononentro.haaan.com|

Há 34 mil anos, os caçadores/coletores que viviam na região do Cáucaso já utilizavam linho (Linum usitatissimum) para fabricar tecidos e fios.

As fibras foram descobertas em uma análise de depósitos de argila na caverna de Dzudzuana, anunciaram Ofer Bar-Yosef, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos e os co-autores na revista Science. Os co-autores são: Belfer-Cohen, Meshveliani, Elizabeth Boaretto da Weizmann Institute of Science and Bar-Ilan University; Nino Jakeli do Georgian State Museum e Zinovi Matskevich doDepartment of Anthropology at Harvard.

A descoberta foi feita por uma equipe de arqueólogos e paleobiólogos que estudam a mesma gruta desde 1996 e publicaram o artigo na revista Science com estes dados novos.

"Esta foi uma invenção decisiva para os primeiros humanos. Eles devem ter utilizado estas fibras para produzir roupa, corda ou cestos – objetos que eram usados principalmente nas actividades domésticas”, disse em comunicado Ofer Bar-Yosef. “Sabemos que isto é linho selvagem que cresceu nas proximidades da gruta e era explorado intensivamente ou extensivamente pelos humanos modernos.”

A equipe, que reúne especialistas dos Estados Unidos e da Geórgia, tinha como primeiro objetivo estudar os grãos de pólen existentes nos estratos da gruta, para compreender as variações do clima que estas populações experimentaram.

Mas, no estudo das argilas, acabaram por encontrar fibras microscópicas de linho selvagem. Através de análises do carbono 14 conseguiram datar as novas fibras, que são seis mil anos mais antigas do que o recorde anterior detido pelo linho que foi encontrado em Dolni Vestonice, local arqueológico na República Checa.

Algumas das fibras estavam enroladas, como acontece nas cordas ou nos fios, outras tinham sido tingidas, as cores incluem amarelo, vermelho, azul, violeta, preto e verde. Os primeiros humanos utilizavam plantas, que existiam nos locais onde viviam, para dar cor aos tecidos.

A equipe também encontrou fibras de linho mais recentes, em estratos com 21 e 13 mil anos.