Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Polícia divulga operação de combate à falsificação de notas fiscais

Fonte:|portogente.com.br|

Grupos empresariais pernambucanos do setor atacadista de tecidos e confecções tinham
envolvimento no esquema de abertura de empresas fantasmas para fornecer notas fiscais frias no interior do Estado. A informação foi repassada ontem pelo delegado de Crimes Contra a Ordem Tributária, Francisco Rodrigues, que não citou nomes para não atrapalhar as investigações. Há, por exemplo, fortes indícios de que uma grande empresa com sede em Santa Cruz do Capibaribe e filial no Recife – com lojas no Centro da Cidade – adquiria documentos fiscais falsos para driblar o Fisco estadual.

A Operação Zona Franca foi deflagrada na última terça-feira pelas Polícias Civil e Militar com apoio da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) nos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Nazaré da Mata, Recife e até em Belém, capital do Pará. Resultou na prisão de 19 pessoas, acusadas de falsificação de documentos fiscais, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Juntos, todos esses crimes podem resultar em até 25 anos de prisão para cada um. Houve também o fechamento de mais de 100 empresas fantasmas.
Estimativas não-oficiais apontam para um desvio mensal de mais de R$ 1 milhão.

Foram apreendidos ainda R$ 90 mil em dinheiro e R$ 500 mil em cheques. “Todos os envolvidos viviam muito bem, em mansões sem similares em Pernambuco”, comentou Rodrigues. Ainda há duas pessoas foragidas. Uma delas – João Nepomuceno, 49 anos – é apontada pela Polícia como cabeça do esquema juntamente com Carlos Ribeiro, de 50 anos, preso anteontem. Eles gerenciavam a abertura das empresas fantasmas. Para isso, recrutavam pessoas com grau de instrução elevado, como contadores, especialistas em direito tributário e até um auditor fiscal da Sefaz-PE. A maioria possuía mais de 40 anos.

Em outra ponta da quadrilha estavam os vendedores avulsos das notas. Esses atuavam nas feiras de confecções e compravam os talões por, em média, R$ 1.000. Comercializavam folha por folha, por 3% a 6% do valor total dos produtos adquiridos cada. Sempre que um sulanqueiro precisava emitir uma nota para um comprador de outro Estado – que necessitava do documento para transitar com as mercadorias –, os procuravam.

A Operação Zona Franca foi a terceira deflagrada no Polo de Confecções do Agreste em cerca de um ano. As outras foram a Sulanca, no final de 2009, e a Tempestade do Agreste, no começo de 2010. “Cada uma apresentou novas informações e subsídios. Essa região é delicada”, afirmou o coordenador do Grupo de Atuação Permanente e Estratégica de Combate a Sonegação
Fiscal, Oscar Victor.

Fonte: Jornal do Commercio


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