Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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SAUDADES DE VELHAS ERAS:

Sei que estou ficando velho sim. Sou do tempo que se falava baixo em restaurantes, que se abriam portas para senhoras, que se dizia “por favor” e “obrigado”. Sou do tempo em que se procurava no próximo uma ou duas coisas, no mínimo para elogiar. Sou do tempo em que se havia um vocabulário mínimo para uma conversa inteligente. Sou do tempo em que se liam livros e havia menos TV, menos novelas e nem se pensava no BBB.

Sou do tempo em que “funcionalismo publico: era encosto para “perdedores” e não o objetivo maximo de um recém-formado. Sou do tempo em que se levava palmadas - e todas as surras levadas, reconheço, foram merecidas e muito me ajudaram. Eu não era fácil. Sou do tempo onde se chamavam os pais e os velhos de “Senhor” e “Senhora”.

Sou do tempo em que não se pensava em receber heranças: Isso dava medo - seria a perda de um ente querido. Sou do tempo em que havia “repetentes” nas escolas - e também havia metas a se cumprir na educação: Não se forçava nivelar os estudantes pelos denominadores mais baixo. Sabíamos que os homens e bichos não nasciam iguais. Sou do tempo em que os descendentes de colonos, nunca clamaram a proteção do governo por ser uma minoria. Do tempo em que ser levado ao “Juizado de Menores” era uma vergonha.

Sou do tempo em que de distinguia modelo, artista, universitária de “putas”. Nessa vertente tenho saudades das Zonas: A profissão mais antiga da humanidade era exercida como um negócio sério, honesto, e não vinculado a “golpes de barrigas” e casamentos tipo “golpe do baú” – Ah que saudades dessas casas de honestidade.

Estou velho: Cedia o meu assento a idosos. Respeitava os meus professores... E quando não o fazia, havia uma observação na Caderneta Escolar, e meus pais resolviam esta “deficiência” em casa. Eles trabalhavam “ombro a ombro” com os professores. Sou do tempo das peladas na rua. Das festas de São João, em ruas de paralelepípedos, com fogueira e Balões. Andava por toda a cidade e nunca vi um tarado, não se falava em raptos ou assaltos violentos. Sou de um tempo onde todo o crime era “bárbaro”. As grandes divergências eram resolvidas no bate-boca e se descambasse para a ignorância, na bordoada se resolvia e nada mais. Havia respeito à vida, as casas não tinham tantas grades e muros e cercas Auschwitzanas.

Mas, concordo, havia também muita caretice em meu tempo: Ia-se a Igreja, tínhamos que comer juntos a mesa, avisava-se aos pais aonde íamos, e, no maximo, meia noite em casa – e de cara limpa.

Mas mesmo assim velho, como todos os velhos, prefiro os meus tempos. E mais: Tenho pena de voces, mutantes vários, bichos cibernéticos nascidos com in I-Pod clonado na mão e um celular na orelha.

SdM

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Comentário de carlos alberto marafigo em 16 março 2012 às 17:16

Bons tempos  esse  hem, tenho  saudade, e  as  musicas, muito melhores  que  a  de  hoje, não é  mesmo.  Abraços.

Comentário de Sam de Mattos em 11 março 2012 às 3:47

ROMILDO E CARLOS: Eh, deveria ter adicionado isso tambem no texto. O Sergio Lahma me escreveu no facebook que adicionaria pedir as "bencao" aos pais... Bem gente, podemos sempre aumentar o texto. Obrigado, SdM

Comentário de Romildo de Paula Leite em 10 março 2012 às 22:05

   Os tempos mudaram Sam de matos, agora e o tempo dos cretinos dos corruptos. abraços Romildo

Comentário de Carlos Roberto Araújo Daniel em 10 março 2012 às 21:59

Caro Sam e como tem coisas para se ter saudades e até orgulho, já hoje.......do que teremos orgulho? saudades sei que vamos ter trabalho para tê-la.

Também sou deste tempo, se solicitava aos pais para ir algum lugar, caso não deixasse tudo bem, ia-se dormir, hoje quando muito, somos comunicados. 

Fraternal abraço.

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