STEVE JOBS morreu. Cancer pancreático. A CNN não para dissecar a sua vida criativa com o corpo do homem, findo, ainda presente. Sim o homem era um Thomas Edison, um Westinghouse ou Tessla dos tempos cibernéticos. Também era um Walter Disney, Prada e Coco Chanel das invenções estéticas e convenientes porem dispensáveis, que ele teve a habilidade mercadológica de fazer-nos pensar que seriam indispen...sáveis. Genio? Seguramente.
Meu pai sempre voou baixo, falava manso e inventou muito pouco, quase nada. Sim, pagava as contas, tocava o órgão e comentava seus livros. Também nos amou muito, ajudou inúmeras pessoas, com sutileza tal que muitas nem se deram conta. Morreu quieto, discretamente, pouco decantado, enterro simples em local obscuro.
O que faz estas mortes diferentes. Não sei. Talvez a exposição social de um versus a do outro. Quantos Ghandi, Martin Luther Kings, Chico Xavier, Jesus morreram desconhecidos? Porque, nos, bem no fundo, quase sempre demandamos um grau de reconhecimento? Ainda que digamos: “Tal não é o meu caso!” Mas , quando se trata de morte, reconhecimentos sao nulos para so que se foram - e para eles respostas dogmáticas sao inuteis. Eulogias nao existem e eu tampouco as encontro, exceto em forma de dor.
Quando a vida parece a fazer sentido, já estamos na reta final. E na rodada final do jogo, vemos que as cartas eram todas marcadas, o dado era chumbado. Jogo onde nunca podemos bater o Cassino.
Desmerecendo a vida, obra e arte do Steve Jobs? Não, não e não. Agora o que sinto é o vazio da vida, é o pau, as pedras, cacos de vidro, e ate uma Tica Pereira - soubesse eu o que é isso. A vida voa como momentos de febre, de febre terçã, como as Águas de Marços que parecem fechar - e ate chorar - o nosso Verão, deixando muitos sem uma promessa de vida tangível em nossos corações. É a vida, a morte - ou a morte, vida?
Descanse em paz Steve. Descanse em paz, pai. Descanse em paz Noel, Vinicius... Descansemos todos nos em paz debaixo da Laje da Vida - e façamos de nossas vidas algo a ser ponderado por alguns, pelo menos por um senso de estética que isso parece impor.
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