Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ich Bin Eine von Lagemann - Genealogia do Sam Joseph Von Lagemann

Sim, confesso amo Blumenau. Amar Blumenau é um ato de submissão total, é um amor despretensioso, sem esperar nada, eh amor tipo o pregado no Sermão da Montanha, é um amor de Amélia, a mulher de verdade. É um amor que necessita de paciência, pois o retorno é lento, custoso e algumas vezes nem há retribuição.

Mas se Blumenau não lhe retornar o amor, vai ao Neumart e se afogue em cucas. Se não aguentar essa falta de amor, ainda há a possibilidade de suicídio, mas que o faça com “pompa e propriedade”, não nas ruas do Blu, mas que o faça na linda Pomerode, e que use a corda, para acompanharmos a tradição “Schrauloss-eada” (Aportuguesamento da expressão “parafuso frouxo”, roubada do Lydio) dessa “alemoada” tão linda e de genética tão repetida, salvo por alguma genética alienígena associadas com a  de Italianos, Portugueses e Indios

 Mas ontem, confesso, acho que vou perder o carinho de muitos amigos de lá, como o Hercílio, o Paulinho W., o Paulo S., a Maristela, o Lego, a Magali, o Beto, o Jair, o do Felipe e ate o da Joycinha, tão bonitinha e meiga.

Hoje confesso que tive uma recaída ao proletariado e confessarei a “mea culpa”, masoquistamente, em publico. Hoje falarei de Laje, mas, para não dar muita “bandeira” escreverei germanicamente de LAGE.

 Hoje eu sou Sam Lagemann (se pronuncia LẨGAMAN) e adotei esse nome germânico para que meus queridos de Blu não sintam todo o meu “pê-de-cachorrismo” e as minhas inclinações sócio proletárias. Agora chega de “desfalce” e ai vai à verdade:

Não vejo a hora de ter uma laje.  De bater uma lage la em casa, para o horror dos visinhos do condominio Brighton Woods.

Ontem , maviado, eu vi uma “festa de laje” numa favela do Rio pela TV e fiquei admirado com a solidariedade daquela comunidade, com muito calor humano. Ah, que linda vista do Rio em Tecnicolor Moderno, musica frenetica e assado + macarrão e feijoada.  Muita batidinha, tiragostos "colesterozos" e rios de creveja. Na laje ate os traficantes e bandidos eram somente seres humanos, na laje o universo social se encontrava num denominador comum agradavel e simpatico.

 Ah... Eu quero uma laje ou mesmo “lage”, em minha vida. Quase diria, Serei o Sam Lages. Mas, como em nome não se mexe, eu fico com o meu nome, mas, no coração, seguramente, me tornei um Lage-Man! Parece ate nome Ashkenazin (Judeu Germanico): S’hmuel Lageman.

 Bem, para me adequar ao terceiro mundo, eh melhor colocar um "n" extra e não ser re-crucificado. Serei o Germânico Sam  Von Lagemann, com o provincial “dois ns”,  tanto usado por imigrantes recém luteranizados.

 Mas, divagações genealógicas, filosóficas e escatológicas aparte, ainda eu estou fascinado e amando o conceito, a fraternidade “lagianus”. Lá há vida, e me parece, vida abundante.

 Sim, hoje me tornei um Lagemann.  Sam Joseph Von Lagemann ( O Sam Zé da Laje), nascido da mais alta casta, de colaboradores íntimos do fundador Hermann - e nascido e criado em Blumenau. E disfarcando o meu peh-de-chinelismo de imigrante pobre, direi: Ich bin eine Von Lagamenn.

 

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Comentário de Ingo Joachim Schymura em 7 outubro 2011 às 9:40
Muito bom Herr Sam von Lagemann.

Pergunto:
Ich bin eine (uma) Von Lagamenn.
ou
Ich bin ein (um) Von Lagemann.

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