Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|oliberalnet.com.br|




Americana - A Distral, uma das maiores referências da indústria têxtil de Americana, encerrou ontem suas atividades após mais de 60 anos de história. Fundada nos anos 50, a empresa familiar atravessava uma forte crise e teve de fechar suas portas. Devido à situação, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis do município optou por entrar com uma medida cautelar de arresto dos bens da fábrica e seus sócios.

Segundo o presidente da entidade sindical, Antonio Martins, a medida tem como principal objetivo garantir os direitos dos 80 funcionários que ainda trabalhavam na indústria têxtil. "A empresa vinha atrasando salários, recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e outros encargos. Entendemos então que era necessário tentar preservar os bens existentes para salvar alguma coisa aos trabalhadores", explicou.

Na medida cautelar proposta junto ao Ministério do Trabalho, o sindicato destaca também que ao longo dos últimos anos várias representações foram feitas na Justiça contra a Distral alertando sobre a situação de calamidade. Oficialmente, a empresa não informou os sindicalistas sobre seu fechamento e de que forma pretende saldar os débitos trabalhistas.

"Esse é um problema que se aprofundou ao longo dos anos, o maquinário foi ficando sucateado e os funcionários sempre tiveram a esperança de que a empresa iria realizar os pagamentos corretos, mesmo que fechasse. Agora queremos minimizar as dificuldades encontradas por eles e a medida encontrada foi à Justiça", completou Martins.

HISTÓRIA
A Distral foi fundada por Álvaro Cechino, já falecido, e permaneceu nas mãos da família até o encerramento de sua produção. Em seus áureos tempos, a fábrica exportava tecidos finos que eram referência nas principais lojas de moda do país.

Antes de iniciar a empresa, Cechino foi o idealizador da Citra (Companhia Industrial de Tecidos Rayon Americana), uma cooperativa que agregava pequenas indústrias para competir contra os grandes do mercado. Entretanto, com os passar dos anos, seus cooperados foram vendendo as cotas de participação e a idéia chegou ao fim sem sucesso.

Nenhum diretor da empresa foi encontrado no início da noite de ontem para comentar o assunto.

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Comentário de Ricardo Rossi em 3 fevereiro 2011 às 11:29
Não conheço a DISTRAL e por isto não posso dizer que meu comentário a seguir vale para esta empresa. Fato é que, não apenas em Americana, mas também em Americana, existe a "cultura" empresarial de msiturar o bolso do dono com o bolso da empresa. Mas apenas na hora de retirar recursos. É comum ouvir empresários falarem que a indústria têxtil está acabada, que o governo não faz nada para defender a mesma, etc., etc. O mesmo empresário se esquece que; a fazenda dele, o gado que está na fazenda dele, o carrão importado, a casa na praia, e tudo mais, saíram daqueles velhos teares os quais ele nunca substituiu porque dizia que a empresa não dava recursos suficientes. É a história da empresa pobre e empresário rico. Normal em Americana e outras cidades têxteis de nosso país.
Comentário de HANS JURGEN BRAEMER em 2 fevereiro 2011 às 13:29

O SAM ESTÁ ABSOLUTAMENTE CORRETO EM SEU COMENTÁRIO ANÁLISE. MAS ESQUECEU-SE DE MENCIONAR QUE OS MAIORES CULPADOS FORAM OS MILITARES QUE FECHARAM O BRASIL AO MUNDO. IMPORTAR COM AQUELAS TAXAS ESTRATOSFÉRICAS !!! VINTE ANOS DE REGIME MILITAR É DOSE DE HIPOPÓTAMO. SÓ SE PODIA IMPORTAR O QUE NÃO FÔSSE FABRICADO NO BRASIL. E TOME DE CACEX !!! TUDO ERA UMA DIFICULDADE. E O DELFIM NETO: " EXPORTAR É A SOLUÇÃO. E O FABRICANTE BRASILEIRO BOTAVA TIJOLO NAS CAIXAS PARA SIMULAR QUE HAVIA REALMENTE MERCADORIA ENCOMENDADA NA CAIXA. EM TRÊS TEMPOS NINGUÉM QUERIA MAIS IMPORTAR DO BRASIL E COM JUSTÍSSIMA RAZÃO. A GRANDE MAIORIA ACOMODOU-SE, ACHANDO QUE SERIA "AD ETERNUM". NA ÉPOCA USAVA-SE MUITO O TERMO: " NEGÓCIOS DA CHINA SÓ NA CHINA " !!!  

OS QUE REALMENTE IMPORTAVAM MAQUINÁRIOS E AFINS ERAM AQUELAS FÁBRICAS QUE TINHAM UM ALTÍSSIMO ÍNDICE DE GORDURA NOS PREÇOS. REPRESENTEI DUAS FÁBRICAS QUE ESTAVAM NESTAS CONDIÇÕES. EM POUCOS MÊSES AS MÁQUINAS ESTAVAM PAGAS. UMA DELAS REPRESENTO ATÉ HOJE, OU SEJA, HÁ 41 ANOS.

Comentário de Roberto Vieira Cabral em 1 fevereiro 2011 às 22:59

Esta é uma história muito parecida com uma indútria de Mato Grosso (Cuiabá) Cotton King, que finalizou sua operação em novembro de 2010 e até hoje tem vários funcionários sem receber aproximadamente uns 150 ou mais. Realmente é uma pena ver indútria fechando por falta de gestão!

Comentário de Sam de Mattos em 31 janeiro 2011 às 20:04

Não digo isto para a DISTRAL, pois não conheço a sua historia. Mas o fator TETA  e um dos maiores responsáveis pelo "desmadre" (galicismo) de inúmeras indústrias têxteis no Brasil e no Mundo.

Vem o avoo com seus ideais nobres, e levanta o seu Império.  Depois ele é passado para os filhos de ideias ricos e finalmente a Indústria eh aniquilada pela terceira geração de ideias e ideais pobres. Falando-se em "mineirês", uma indústria é como uma vaca que tem em um número limitado "x" de crias em sua vida útil e seu ubre em media aguenta a amamentação de “y” bezerros. O Diabo e que não havendo uma modernização adequada, uma ampliação do parque industrial por parte da segunda, e subsequentes gerações, se não se pensa em injetar grana em novas unidades, e se não criar um x1, x2... xn, e  não em expandir o número de fabricas, para que novas bezerros y1, y2, ... yn bezerros sejam amamentados (Bezerros estes que crescem exponencialmente), haverá mais bezerros do que TETAS! Consequentemente, morre a vaca e os bezerros também, Já vi indústrias pelo Brasil afora onde a segunda e terceira geração (de Ignoramos) se digladiavam: “Se a mulher dele foi para Paris, a minha vai para Londres”. “Ah, comprou um Mercedes? Quero uma Bentley!”. E com esse tipo de gerenciamento Tapuia, as tetas secaram - e todos foram a pê que pê. Pena. Além de todos os problemas vistos em nossa indústria, ainda há o FATOR TETAS.

Sdm.

Comentário de Carlos Roberto Araújo Daniel em 31 janeiro 2011 às 19:17
É, a fila está andando cada vez mais rápido, quando será que alguma coisa vai ser feito? ou para o governo a indústria têxtil é tão insignificante assim?
Comentário de Carlos Antonio F Siqueira Mendes em 23 dezembro 2010 às 10:35

Diante desta noticia, e relembrando outras publicadas neste ano sobre o mesmo fim de outras industrias, com tantos trabalhadores perdendo seus postos de trabalho . Cabe uma pergunta:

Trata-se de um problema puramente administrativo, ou só o governo não vê que é uma crise instucional?

Comentário de MARCOS ANTONIO DA SILVA em 23 dezembro 2010 às 10:03

Infelizmente é uma situação crítica.

Que pena, deixei muitos amigos lá. Pessoas que nem receberam seus direitos (igual a mim também).

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