Variação dos preços dos planos de saúde ficam acima do centro da meta de inflação
Por InfoMoney
SÃO PAULO – A variação dos preços de planos de saúde e produtos farmacêuticos foi igual ao centro da meta de inflação em 2007 e nos anos subsequentes a oscilação esteve sempre acima do centro da meta, variando entre 5,2% e 6,1%, com IPMI (Índice de Pressão sobre a Meta de Inflação) entre 0,04 e
0,10. Os índices foram avaliados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos quatro anos, de acordo com análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada na última quinta-feira (21).
Planos de saúde
Os planos têm peso médio de 3,4% no IPCA. Entre 2007 e 2010, os reajustes praticados pelas operadoras de planos de saúde foram acima do centro da meta e acima do próprio IPCA, sendo 8,1% em 2007 (IPMI 0,11), 6,2% em 2008 (IPMI 0,05), 6,4% em 2009 (IPMI 0,06) e 6,9% em 2010 (IPMI 0,08).
No acumulado de 12 meses, considerando junho de 2011, houve poucas mudanças em relação a dezembro, pois os índices de reajuste dos planos de saúde só são definidos no meio do ano.
A ANS (Agência Nacional de Saúde) autorizou, no início de julho, teto de 7,69% para os reajustes dos planos de saúde.
Fármacos
Os produtos farmacêuticos, compostos principalmente por medicamentos, têm peso médio de 2,9% no IPCA. A regulação é feita pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que estipula o reajuste máximo para cada
medicamento que faça parte da lista de controle.
Apenas em 2009, a taxa de variação dos produtos farmacêuticos foi acima da meta, 5,8%, com IPMI de 0,04. O resultado se deu por conta da indexação em relação ao IPCA alto de 2008.
Nos outros anos, a taxa de variação de preços dos produtos esteve sempre
abaixo do centro da meta, com 0,6% e IPMI de -0,11 em 2007; 4,0% e IPMI de -0,01 em 2008; e, por fim, 3,4% e IPMI de -0,03 em 2010.
A CMED definiu reajustes máximos para os medicamentos entre 3,54% e 6,01%, sendo que em 2010 os reajustes autorizados foram entre 4,45% e 4,83%.
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