Nos anos 60 e 70, o Ceará era um dos três maiores produtores e exportadores de algodão do país, mas a praga do bicudo, um inseto que ainda hoje é encontrado nos sertões nordestinos, dizimou os algodoais daqui.
Graças à moderna biotecnologia da Embrapa, que criou e desenvolveu sementes resistentes ao bicudo e adequadas ao solo dos cerrados, a conoticultura brasileira trocou o Nordeste pelo Centro Oeste, de onde migrou, com mais tecnologia ainda, para o Oeste da Bahia, onde cresce com altos índices de produtividade.
A boa notícia que chega do algodão cultivado na Chapada do Apodi – e agora em plena colheita – é mais do que animadora: ela dá conta de que sua produtividade é praticamente a mesma que se apura no solo baiano.
É mais uma fronteira agrícola que se abre para o Ceará e com todas as chances de êxito, pois desta vez a iniciativa privada, apoiada pela Embrapa, está à frente dos investimentos, que se ampliam porque os testes de produção e produtividade, realizados nos últimos três anos, deram resultado para além de promissores.
Neste ano, foram plantados no Apodi 2 mil hectares; na safra de 2022, essa área passará dos 5 mil hectares, segundo disse à coluna uma fonte que acompanha todo o projeto. A meta, como ontem foi revelado, é, no prazo de 5 anos, cultivar algodão em 30 mil hectares.
O secretário executivo do Agronegócio, Sílvio Carlos Ribeiro, e seu hierarca da Sedet, Maia Júnior, não escondem seu entusiasmo com o futuro próximo da cotonicultura cearense.
“Voltaremos ao protagonismo no algodão”, diz Maia Júnior.
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