Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Audiencia Pública - Indústria têxtil pede igualdade de condições para concorrer com importados

Audiência pública em Curitiba debateu medidas necessárias para garantir a sobrevivência do setor, um dos que mais emprega no país

O Brasil precisa fornecer subsídios a sua indústria têxtil e de confecção para que ela possa competir em igualdade de condições com os produtos importados que ameaçam a sobrevivência do setor. Essa foi a principal conclusão da audiência pública da Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil realizada nesta terça-feira (5), na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba. O encontro, que foi o primeiro realizado pela Frente fora de Brasília este ano, contou com a presença de empresários e integrantes de entidades representativas das indústrias e dos trabalhadores do segmento.
Para o vice-presidente da Fiep, Edson Luiz Campagnolo, que é empresário do setor e representou a entidade na audiência pública, a união da indústria do vestuário é fundamental para conseguir mudanças que melhorem o panorama atual. “Nosso setor tem sofrido uma das concorrências mais desleais com produtos importados. A água já passou do pescoço e o setor não aguenta muito mais tempo. Por isso é necessário acelerar esse processo de levantamento das demandas de cada estado para que, mobilizados, possamos levar as reivindicações ao governo federal”, disse Campagnolo.
O deputado federal Zeca Dirceu (PT), coordenador da Frente Parlamentar no Estado, afirmou que as demandas levantadas durante a audiência pública em Curitiba serão levadas ao governo federal e aos mais de 260 congressistas que compõem o grupo. “O setor do vestuário é importante para o Paraná e vem ajudando o país a crescer. Mas ele precisa de ajuda para que possa sobreviver”, disse Dirceu. “Neste ano, o governo federal já deu uma atenção concreta e verdadeira ao nosso trabalho, mostrando-se sensível às necessidades do setor”, acrescentou.
Também participaram da audiência o deputado estadual Elton Welter (PT) e o coordenador de relações institucionais da vice-presidência da República, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que foi coordenador da Frente Parlamentar no Paraná.
 
 
Cenário – Durante a reunião, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Aguinaldo Diniz Filho, apresentou um amplo panorama do setor. O principal problema, segundo ele, é a forte concorrência que a indústria nacional vem sofrendo com produtos vindos de países que subsidiam a produção e exportação de peças de vestuário.
Prova disso é que a balança comercial do setor vem registrando déficits há 5 anos. No ano passado, por exemplo, as importações de vestuário superaram as exportações em U$ 3,5 bilhões. Para 2011, a previsão da ABIT é que esse valor salte para U$ 5,2 bilhões. “Nossa estimativa é que, com mais esse déficit, a indústria têxtil e de confecção brasileira deixe de gerar 200 mil postos de trabalho este ano”, alertou Diniz Filho.
A geração de emprego no setor, aliás, é um dos principais argumentos utilizados pela ABIT na defesa de medidas que garantam competitividade ao segmento. “Hoje, nossas 30 mil empresas geram mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos. Somos um setor alavancador do primeiro emprego e o principal contratante de mulheres chefes de família”, diz o empresário. Diniz Filho citou ainda um levantamento do BNDES, que apontou que a cada R$ 10 milhões a mais no faturamento do setor, são gerados 1.382 novos empregos.
Para possibilitar esse crescimento, a ABIT defende que o Brasil equalize algumas questões apontadas como “limitadores da competitividade”. Entre elas, a carga tributária, a deficiência na defesa comercial, o custo de capital elevado, o custo da infraestrutura e o desequilíbrio cambial, que contribui para o aumento das impostações.
Apesar das dificuldades, Diniz Filho acredita em mudanças para o setor. Segundo ele, isso ficou claro em recentes reuniões promovidas pela Frente Parlamentar e pela ABIT com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “O que mostramos a eles é que não queremos favores ou benefícios. A ABIT não é contra as importações, mas queremos uma competição igualitária”, concluiu.
 
 
União – A audiência pública desta terça-feira contou também com a participação de representantes dos trabalhadores do setor. A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest), Eunice Cabral, também ressaltou a necessidade de união dos diferentes atores para a defesa da indústria têxtil nacional. “Só vamos conseguir avançar se atuarmos de forma tripartite, com a união de trabalhadores, empresários e governo”, declarou. Segundo Eunice, a perda de competitividade do setor já é sentida pelos trabalhadores. “Trabalho há mais de 40 anos no setor e aprendi tudo o que sei dentro da fábrica. Hoje, os empresários já não têm mais como fazer esse treinamento por causa da perda de competitividade”, contou.
A opinião é compartilhada pelo empresário Marcelo Surek, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Paraná (Sinditêxtil). Ele afirmou que, atualmente, as empresas não têm condições de pensar em novas tecnologias que aumentem a produtividade. “Hoje temos que nos preocupar em sobreviver. Queremos condições para preservar os empregos, com nossas empresas crescendo, e é a união que vai fazer com que o governo se sensibilize para agir em prol de nossas indústrias”, afirmou.
FONTE: HNEWS

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Respostas a este tópico

Esse è um filme que eu jà vi quando trabalhava na Italia : espero que o governo brasileiro nao seja surdo com estas vozes como o italiano foi. Alem de nao aliviar a carga tributaria das empresas do setor, alem de nao tomar medidas contra a importaçao selvagem de produtos do Far East, permeteram que chineses permeteram a constituçao de polo texteis chineses onde os trabalhadores estao escravizados e sem direitos, onde nao existem regras de seguranças e pagar impostos è ........ o que è imposto ?

ps: peço desculpa para o meu portogues, mas sao sò cinco meses que moro aqui.

infelizmente somos governados por incapacitados, que tb nao sabem prevenir...somente tentam apagar o fogo!!!!!há anos diversas entidades nao governamentais permanecem em luta contínua  para que nossos governantes  coloquem regras claras e limites para importações.....por outro lado há inumeros empresarios inescrupulosos, que optam em diminuir ou encerrar sua produção, para alcançar lucros imediatos e altissimos, dizendo apenas que serão mais competitivos e que é a única forma de sobreviver, por isto importam!!!! como nao temos nenhum comando neste país, e sobretudo a corrupção fala mais alto, continuaremos com este lerolero....até afundarmos definitivamente!!! é sabidamente, que a corrupção em fiscalização  de mercadorias é BORMAL, por isto importa-se subfaturado, importa-se confecções e na L.I. é declarado apenas como materia prima ( fios ...) e assim por diante!!!! basta ver os laranjas do Bom Retiro, Jose Paulino...trazem fios e na realidade são confecções!!! e todos sabem disto!!!! basta que se tomem as devidas providencias!!! é quem pagar mais !!!!estes nao sao empresarios, sao abutres que roubam descaradamente  em conivencia com a fiscalização, pois saõ fornecidos falsos laudos  inclusive com classificação e descrição errada!!!!no minimo deveria ser obrigado a importar com laudo tecnico, qualquer produto, ter um valor aduaneiro REAL  ( que atualmente é calculado errado pela receita federal  ) , e sofrer tb vistorias de outras autarquias nao governamentais, inclusive qdo o produto é descarregado!!!! é absurdo arcar com tantos tributos!!!!! somente nao entendo por qual motivo que os valores na China subiram assustadoramente, e os preços aduaneiros continuam os mesmos!!!!!!!!!!!!a China e demais paises asiaticos, já estão com custos em diversos produtos, que nao compensa importar, exceto se fizer parte oficial e parte off....que é o que mais acontece!!!! e isto é de conhecimento de nossas autoridades que nada fazem!!!!e da cambada de ""empresarios"" que somente pensam em muito $$$$ e nao  em trabalho arduo e honesto!!!!! 

Receita Federal,..... por favor :façam um"" pega"" no Brás e Jose Paulino!!!! e sem corrupção para que surta efeito!!!!!

adalberto



adalberto oliveira martins filho disse:

infelizmente somos governados por incapacitados, que tb nao sabem prevenir...somente tentam apagar o fogo!!!!!há anos diversas entidades nao governamentais permanecem em luta contínua  para que nossos governantes  coloquem regras claras e limites para importações.....por outro lado há inumeros empresarios inescrupulosos, que optam em diminuir ou encerrar sua produção, para alcançar lucros imediatos e altissimos, dizendo apenas que serão mais competitivos e que é a única forma de sobreviver, por isto importam!!!! como nao temos nenhum comando neste país, e sobretudo a corrupção fala mais alto, continuaremos com este lerolero....até afundarmos definitivamente!!! é sabidamente, que a corrupção em fiscalização  de mercadorias é BORMAL, por isto importa-se subfaturado, importa-se confecções e na L.I. é declarado apenas como materia prima ( fios ...) e assim por diante!!!! basta ver os laranjas do Bom Retiro, Jose Paulino...trazem fios e na realidade são confecções!!! e todos sabem disto!!!! basta que se tomem as devidas providencias!!! é quem pagar mais !!!!estes nao sao empresarios, sao abutres que roubam descaradamente  em conivencia com a fiscalização, pois saõ fornecidos falsos laudos  inclusive com classificação e descrição errada!!!!no minimo deveria ser obrigado a importar com laudo tecnico, qualquer produto, ter um valor aduaneiro REAL  ( que atualmente é calculado errado pela receita federal  ) , e sofrer tb vistorias de outras autarquias nao governamentais, inclusive qdo o produto é descarregado!!!! é absurdo arcar com tantos tributos!!!!! somente nao entendo por qual motivo que os valores na China subiram assustadoramente, e os preços aduaneiros continuam os mesmos!!!!!!!!!!!!a China e demais paises asiaticos, já estão com custos em diversos produtos, que nao compensa importar, exceto se fizer parte oficial e parte off....que é o que mais acontece!!!! e isto é de conhecimento de nossas autoridades que nada fazem!!!!e da cambada de ""empresarios"" que somente pensam em muito $$$$ e nao  em trabalho arduo e honesto!!!!! 

Receita Federal,..... por favor :façam um"" pega"" no Brás e Jose Paulino!!!! e sem corrupção para que surta efeito!!!!!

adalberto

Nós que trabalhamos na cadeia textil deste pais temos que achar um lobista para nos representar nestas seções interminaveis do congresso que ao inves de debater situações como esta estão preocupadas com o KIT GAY.

Se rapidamente não fizermos o que o pessoal de Curitiba está querendo fazer os leões asiaticos nos engolirão literalmente.

Será que dentre os usuários do Textile Industry,não há nenhum politico que possa reunir outros para formar um lobby e defender os interesses dos trabalhadores da area textil?

Somos uma rede social e temos que ter VOZ ATIVA na briga pelos interesses da classe.

Vamos acordar pra realidade! Vamos parar com esta pasmaceira!

PREZADOS, a ABTT esteve presente ao evento, mas entedí diferentemente as mensagens apresentadas, pois o mote foi o da ISONOMIA entre os produtos fabricados no Brasil e os importados, não subsídios aos produtos nacionais.

Gustavo.....me ´perdoem os colegas de profissão, e mesmo os dirigentes e associados da  ABTT.......infelizmente anossa entidade  ABTT  nao tem representatividade para isto !!!!nem força e nem poder!!!!! está é a realidade!!!!!seu foco é outro!!!!!

adalberto

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