A frieza dos números pode, muitas vezes, levar-nos a conclusões equivocadas. Nós, empresários da indústria têxtil e do vestuário paranaense, temos comprovado essa tese nos últimos meses.
Levantamento do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) mostra que, de janeiro a agosto deste ano, as vendas industriais do setor do vestuário do estado cresceram 34,31% em comparação com o mesmo período de 2010. O que poderia ser um sinal positivo para o segmento começa a ganhar contornos preocupantes quando observamos o aumento no ritmo de importações. Até setembro, as compras de produtos de vestuário do exterior também cresceram 34%.
Além disso, houve uma disparada nas importações de tecidos, que registraram crescimento de 47% no mesmo período, indicando que as confecções brasileiras estão buscando matériasprimas mais baratas no exterior, numa tentativa de recuperar sua competitividade. Essa tendência, além de escancarar as dificuldades encontradas pelas empresas nacionais, fez com que, por outro lado, as vendas de produtos têxteis paranaenses registrassem queda acentuada de 37,66% nos oito primeiros meses de 2011.
Baseado nesses dados, fica claro que o crescimento nas vendas da indústria do vestuário do estado se deve mais ao aumento da importação de matéria-prima, produtos semi-acabados e produtos acabados do que a um incremento na produção local. Mais grave ainda, indica que estamos caminhando a passos largos rumo à desindustrialização do setor têxtil brasileiro. Fenômeno que, na continuidade, certamente afetará também a indústria de confecção, pois percebemos nitidamente uma substituição cada vez mais intensa do produto nacional pelo importado.
Devido à vantagem competitiva da indústria de outros países - especialmente da China -, que consegue fazer chegar ao Brasil produtos com preços entre 50% e 80% mais baixos do que os aqui produzidos, muitos varejistas têm dado clara preferência aos importados. E, pior, vemos também muitas indústrias nacionais optando por reduzir ou até mesmo interromper sua produção no Brasil para produzir no exterior ou comprar peças prontas de fornecedores estrangeiros.
Sem medidas imediatas e consistentes para estancar essa tendência, as consequências econômicas e sociais para o Brasil e o Paraná serão gravíssimas. Corremos o risco de perder nada menos do que 2,5 milhões de empregos em todo o país. Em território paranaense, as quase seis mil empresas têxteis e de vestuário faturam mais de R$ 4 bilhões ao ano e geram cerca de 100 mil postos de trabalho, sendo o segundo setor que mais emprega na indústria do Paraná.
Percebemos que o governo, através de barreiras alfandegárias, não tem sido eficiente na tentativa de conter a entrada de importados. Além dos produtos que entram legalmente no país, temos uma extensão territorial enorme, com grande quantidade de portos secos, marítimos e fluviais, que dificultam qualquer tipo de fiscalização.
Além disso, a falta de uma política tributária justa para o setor amplia a desigualdade de condições com que as empresas brasileiras se lançam no mercado. Observamos que o Brasil incorre atualmente no mesmo erro que os Estados Unidos e a Europa cometeram há duas décadas. Erros que fazem com que, até hoje, paguem com a falta de emprego em seus países.
Como saída, precisamos de uma ação enérgica e urgente por parte do governo brasileiro, a fim de garantir isonomia de condições na competição dos produtos brasileiros com os importados. Uma das medidas, acreditamos, é a adoção de um imposto único para toda a cadeia têxtil e de vestuário, permitindo com que todas as empresas do setor possam se enquadrar no regime do Simples, independente de seu faturamento.
Para que isso aconteça, é fundamental a mobilização do empresariado. Temos que fortalecera massa empresarial para que, além de simplesmente pedir, possamos exigir que as decisões sejam tomadas. Um importante passo é o Fórum do Setor Têxtil e do Vestuário, que vamos realizar na sexta-feira, dia 11, na Fiep (Cietep), com a participação de empresários do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nossa força e mobilização vão beneficiar não só a indústria brasileira, mas toda a nossa sociedade.
Nelson Furman, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Paraná.
Fonte:|http://www.mccomunicacao.com.br/mc/cliente/fiep/default_materia_rss...
Eccotêxtil – Consultoria Têxtil
Erivaldo José Cavalcanti
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"O ponto central da agenda da competitividade é a criaçāo do Regime Tributário Diferenciado para a Confecçāo . Trata-se em essencia de estender o Simpels , por um período de 20 anos , para esta industria sem restriçāo de tamanho , de forma optativa . Dentro da medidas de legítima defesa estamos com Operaçāo Panos Quentes III"
Bem escrito mas, perdao, para gentinha burra: Exclarecerei melhor:
Mas o que acontece e que por vias de eufemismos oligárquicos, se as devidas articulações de gestões e gestores inerente a inadimplência social e exclusivismo da classe, por meio de próteses inanas e de temática confusa possa com o apoio do Erivaldo e dos colegas neoclassicistas da classe, de mera inequívoca e consolidaria, aja obre a pirâmides implorativas e, novamente oligárquicas das esquerdas, e com o apoio do nobre Sindicato constituído pelos senhores feudais Capitães Hereditários, Donos de Banco e Industrias Têxteis, e com o sempre presente apoio da Abit, AABB, AATT, PT, PSB, mas excluindo-se o PD do B, sim com "dois ts de tatu", sem ingerência da torcia do CURINTIAS e sem afetar o brio dos São Paulinos, e sem ofender a colonia portuguesa de Sampa e Rio ( Portuguesa e Vasc0) e juntos com as massas populares ( Inclua o “Framengo”) e sem o exclusivismo pó de arroz - do miserável Fluminense, timinho de falsa elite-, e com a restauração dos valores do Madureira e Canto do Rio, temos uma visão de gerirmos futuros times emergentes, como o ROCINHA FC e outras vertentes incipiente do clima das favelas pacificadas, e sempre unidos, o povo fiador de pano, e os agiotas; o povo batedor de pano - mas excluindo-se os espancadores de esposas -, em gestões apropriadas no planalto, em comes e bebes, diremos "Viva o Pendão Nacional", "Viva o “Curitias", "Viva a ABIT" e Viva o Brasil!
Sam, e esta do Pimentel, 20 anos...quanto será que vai para o consumidor?
O governo não está sensibilizado pela situação da cadeia têxtil brasileira, existem outros interesses!
Caso contrário, estaríamos produzindo para as campanhas políticas, uniformizadas, gerando milhares de empregos, produzindo para as forças armadas, escolas, em resumo, para todos os interesses públicos!
Produzir para forcas armadas, escola, hospitais etc., concordo.
Para Campanha Politicas (Faixas, CAMISETAS etc.) sempre foi uma perda de dinheiro paraa nossa indústria, "dadivas" forçadas ou troca de favores entre políticos e donos de empresas.
Em realidade à medida que tecnologicamente o mundo se sofistica, tecnologia de ponta fica para um pequeno grupo e as tecnologias de menos sofisticação vão sendo repassadas para países em desenvolvimento e depois para os subdesenvolvidos. É duro dizer isso mais esta chegando à vez da Área Textil. Nessa área, descobri recente, nem a China a subsidia mais...
Tecnologia de ponta é o que devemos investir, enquanto tentamos manter as de transição e básicas como fonte geradora de emprego.
En passant, é um absurdo, (abcego e abmudo), ainda não estarmos fabricando "eletrônicos" para o nosso povo – em grande escala.
Também já é hora de termos uma divisão de "inteligência cientifica" para "adquirirmos" ( roubar ou copiar mesmo) tecnologia alheia. O nosso grupinho de Nerds da USP e da UNICAMP, não e o suficiente. (Desculpe Carlos Alberto, mais todo mundo já sabe disso e devera estar na VEJA a qualquer momento) Não temos mais tempo de reinventar a roda. Isso sempre foi feito e ainda e feito. Tudo que se inventa por aqui (principalmente na área de pesquisas de biocombustível) acaba logo no estrangeiro. Esse e o jogo de Realpolitik (sugiro Wikipédia), com o "K" mesmo. Esse e o mundo real e é melhor estarmos consciente dele, antes que todo os bens do universo acabem no Maranhão.
Tadeu, desconheco o contexto da pergunta, mas assim mesmo tenho uma
resposta: Migalhas.
Tadeu Bastos Gonçalves disse:
Sam, e esta do Pimentel, 20 anos...quanto será que vai para o consumidor?
Olà , não vou comentar sobre os problemas dos altos impostos e as importações do exterior, eu só quero dizer que esta é a realidade do mercado global, como em todos os outros países que sofreram a invasão dos mercados emergentes, no Brasil vai ser a mesma coisa, as empresas que realmente quer ir em frente terá que repensar a sua abordagem ao mercado de forma diferente.
É inútil tentar parar as importações de este ou aquele país, sempre haverá um lugar com menores custos de produção, então ..........
Tudo o que posso esperar é que as empresas Brasileiras queren dar um salto de qualidade, diferenciar os produtos, produzindo tecido de alta qualidade e difícil de produzir, para limitar a concorrência de pais com baixo custo de produção.
Outra coisa para que todos possam refletir um pouco, uma marca de jeans na Itália (produzido na China) é vendido ao público em 120 Euros, parece normal para os bens produzidos na China?
Então, no final o consumidor olha para a marca não se importa onde é produzido.
E a Empresas que tem que criar a propia marca, necessária para competir em todos os níveis e criar seu próprio espaço no mercado.
É difícil mas eu acho que è a única maneira de sobreviver a globalização dos mercados.
Obrigado a todos
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