“Estava brincando quando senti a dor no pescoço. Vi o sangue e me desesperei. Achei que ia morrer”, lembra o pequeno Mateus Pereira Santos. O menino levou oito pontos e perdeu mais de um litro de sangue. Seu pai o levou para o Hospital Souza Aguiar e iniciou campanha contra linhas cortantes no Estácio, onde mora.
Ana Cristina Pereira, 38 anos, mãe do menino, acredita que o acidente poderia ser evitado. “Se houvesse fiscalização, ninguém ficaria na praça com essas linhas. Eu poderia ser mais uma mãe sem filho na Páscoa”, disse, Cristina, no quinto mês de gravidez.
Quem solta pipa sabe os riscos. “Sei que é perigoso. A gente até tenta minimizar”, afirmou um servidor público que não quis se identificar. Ele usava a linha chilena ontem no Estácio, a qual prefere no lugar da com cerol: “A chilena corta mais. Não tem como usá-la sem proteção nos dedos, por exemplo. É feita com mistura de óxido de alumínio e algodão, não de vidro como o cerol. Para comprar, tem que ter contato com alguém que a produza clandestinamente em uma fábrica própria ou trazer de fora. Ela é mais cara que a normal, custa mais que o dobro”, explicou.
Motoqueiros: morte em um a cada 4 casos
Os motociclistas são vítimas frequentes das linhas de pipas. Segundo a Associação Brasileira dos Motociclistas, 25% dos acidentes envolvendo condutores e linhas com cerol são fatais no Brasil.
Há cerca de oito meses, o professor de educação física Bernardo Alpande, 27, teve o pescoço cortado quando passava de moto perto do Estácio. “O corte só não foi profundo porque, no reflexo, consegui colocar o dedo entre a linha e o pescoço. Hoje evito passar pelo local de moto no fim de semana”, conta ele, que levou cinco pontos no pescoço e sete no dedo.
Quinta-feira, projeto de lei da vereadora Vera Lins (PP), que proíbe a comercialização em todo o município da linha chilena, passará pela última discussão. Na primeira, foi aprovado por unanimidade.
Fonte:|http://odia.ig.com.br/portal/rio/linha-de-pipa-com-alto-potencial-d...
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Ja fiz muita linha com cerol quando era criança.
Eram outros tempos.
Deveria ser crime hoje em dia.
Jorge
Eu tambem Jorge medeiros, na Penha (RJ) soltei muita pipas com linha com cerol. Moía o vidro nos trilhos dos bondes.
Abraços Romildo.
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