As mais de 400 facções existentes na região têm um problema comum: os resíduos finais. Os faccionistas estão sem saber o que fazer com o lixo produzido pelas empresas. Os tecidos e as linhas que sobram das peças causam grande preocupação, pois não há reutilização dos materiais.
Conforme empresário Ronald Eggert, de Jaraguá do Sul, o problema é grave. “Falta uma empresa para fazer a coleta do lixo”, afirma. O Núcleo das Facções da Acijs/Apevi começou a se preocupar com essa situação. O consultor do núcleo, Valmir Antonio Coleto, diz que é preciso repensar o destino das sobras das empresas. “Uma alternativa é fazer a coleta de forma coletiva”, aponta. Mas nem sempre esse atendimento é realizado.
Em Massaranduba, Tânia Bertoldi é sócia de uma pequena empresa de facção. Há 20 anos no mercado, ela dizque o destino final dos resíduos sempre foi motivo de incômodo. “Hoje deixamos o lixo na rua para que as
pessoas que fazem a reciclagem possam utilizar o material”, afirma Tânia.
Os proprietários relatam que há empresas de outras regiões que fazem a coleta dos produtos. Mas, para isso é necessário que tenha grande quantidade de lixo. Como a facção é considerada de pequeno porte, com 30 funcionários, ela não produz resíduos suficientes para seja feita a coleta seletiva. A empresa produz de 200 a 300 quilos de lixo por mês.
O empresário Eggert, que tem a empresa situada no bairro Rio Molha, em Jaraguá do Sul, não pode deixar o material para que a Prefeitura faça a coleta. Segundo ele, os caminhões do lixo não recolhem materiais com resíduos industriais.
Parte dos dejetos produzidos, como o papel e o plástico, o faccionista consegue doar para a reciclagem. Várias sugestões já foram dadas para o descarte do lixo, conta Eggert. Usar como lixo orgânico nas plantações de banana e como combustível nos aquecimento de caldeiras são as mais comuns. Conforme ele, nenhuma das alternativas teve resultado concreto.
Fonte:|http://www.ocorreiodopovo.com.br/geral/meio-ambiente-residuos-sem-d...