A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) entrou, no dia 23 de agosto último, com pedido de investigação de salvaguardas, junto ao governo federal, contra a importação de 60 categorias de vestuário. Para que o pedido seja aceito e aberto à investigação, um dos requisitos técnicos que o solicitante deve comprovar é o dano grave sofrido pelo setor por causa da concorrência com os importados.
As estatísticas não demonstram danos graves que sustentem tecnicamente a abertura desta investigação. Devido aos incentivos do governo federal, o setor apresenta melhorias em seus níveis de empregabilidade e resultados, conforme mostram os números abaixo.
Contrapondo dados de desemprego em massa alardeados, em 2012 foram gerados 11 mil novas vagas de emprego na indústria de confecções, que superam em larga escala o baixíssimo desemprego de 2011. Tais dados mostram que a cadeia têxtil nacional (na qual a grande força de trabalho está concentrada nas confecções) continua a gerar empregos, ainda mais após os incentivos do Plano Brasil Maior.
"Estamos diante de pressões da indústria têxtil para a adoção de salvaguardas a favor da indústria do vestuário, mas os números do setor por si só invalidam este pleito", analisa a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex). A entidade lembra que, nos últimos anos, a indústria de confecções já vinha apresentando crescimento no número de empregos criados, com estabilização em 2011.
A produção nacional de vestuário também tem aumentado, contrapondo dados da indústria. De acordo com o estudo "Panorama Econômico da Indústria, do Comércio Varejista e das Importações de Têxteis e Vestuário no Brasil", desenvolvido pela Abvtex em parceria com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), com realização da Tendências Consultoria Integrada, a produção da indústria de confecções, em valores, passou de US$ 37,6 milhões para US$ 63,3 milhões de 2007 a 2011, havendo um decréscimo apenas em 2009, devido ao reflexo da crise econômica mundial.
Importações e produtividade
A Abvtex lembra que informações veiculadas pela imprensa sugerem que as 35 indústrias que abriram seus dados para comprovação de danos causados pelas importações seriam representativas na fabricação das 60 categorias de produtos, alvo do pedido de salvaguardas. No entanto, questiona esta informação, pois a indústria de confecção é especializada em poucas categorias de produtos. "É impossível esta pequena quantidade de empresas, em um universo de aproximadamente 25 mil indústrias, representarem significativamente qualquer dano ao segmento de confecção na abrangência de 82% da pauta de importações", afirma a Abvtex em nota.
Além disso, ao contrário das alegações da indústria, a participação ao redor de 12% de importados nas vendas do varejo de vestuário prevista para este ano, ainda representa um mercado bastante fechado, de acordo com o entendimento da Abvtex. Tanto é que as importações não inibiram o crescimento produtivo das confecções: de 2007 a 2011, a produção de confeccionados, em volumes, cresceu 11%.
Inflação do vestuário
A Abvtex reforça que a inflação do vestuário "tem sido consistentemente superior à inflação geral no Brasil, deixando os artigos menos competitivos" .Também ressalta a perda de competitividade do produto nacional devido ao alto custo, por entender que é "a causa de uma das maiores preocupações do varejo de moda neste momento: a fuga de consumidores brasileiros ao exterior. Com o produto brasileiro mais caro, um significativo volume de artigos de vestuário chega ao País na bagagem dos turistas brasileiros."
Segundo ainda, a Abvtex, a elevação do preço do produto nacional tem sido fortemente impactada pela alta carga tributária, custos trabalhistas, preços dos insumos, deficiências estruturais do setor e falta de competitividade no mercado internacional.
Conclui que os problemas não se resolvem com a adoção de salvaguardas que, ao contrário, podem aprofundar uma crise na cadeia têxtil. "É fundamental aproveitar esse momento de crescimento produtivo e de empregos previstos para os próximos anos - inclusive com os megaeventos esportivos - para o desenvolvimento de políticas complementares ao Plano Brasil Maior que privilegiem o aumento da competitividade, eficiência operacional e consolidação das empresas de confecção" afirma a entidade.
Fonte: Monitor Mercantil
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Em todo esse processo, a credibilidade da ABVTEX é ZERO!!!
Excelentes colocações meu grande amigo Alfredo...
É lamentavel como está associação manipula as informações! Nós que vivemos o dia a dia da nossa indústria sabemos o que realmente esta acontecendo e o quanto será bem vinda as salvaguardas e todas as medidas que estão sendo tomadas visando fortalecer a nossa indústria
Abraços...
juro que nao queria entrar mais nesta!!!mas nao dá para engolir!!! caramjba....ou é Q.I. muito baixo, ou simplesmente pura e repugnate ignorância ......tanto dos grandes interesados em importar , alegando custos e inflaçao!!!!! pois que se dane a inflaçao!!!! nós queremos é industrializaççao!!!! criar empresas manufatureiras!!! é exatamente como fez a China em um processo de quase 20 anos!!! criar empresas!!! criar trabalho!!!desenvolver o social sem bolsas familias ( 7% da populaçao atualmente sçao assistidas!!!!!! e nós burros de carga é qie pagamos!!!!!!) estamos na contra mão!!!! enqunato um imbecil do PT fazia greves por melhores salarios e condiçoes, até chegar ao poder e se achar um Deus ( da ignorancia e falta de tino ) a China simpoleesmente contruia a toque de caixa, mais e mais empresas!!!!importou tecnicos , inclusive de setor calçadista de Franca para aprenderem...e aprederem rapido!!! da mesma forma em outros segmentos!!! atualmente estamos importando aluminio!!!! é absurdo!!!! os desencontros como diz Alfredo....e Baron...falta de credibilidade..etc..etc...a manipulaçao é constante, e apenas se fala em ""falsos beneficios"" ...na realidade são hipocrisias!!! são caras-de-paus!!! nenhum tem bom senso, para ver que estão terminando de matar a cadeia textil em seu proceso anterior a confecção!!! alias são uns idiotas que nao conhecem!!! estão apenas dispostos a visar lucros pessoais!! nunca em uma coletividade, ou para a sociedade!!! estas bolhas de nºs apresentados por 2 a 3 meses , nao significa a realidade, por ser um periodo de 2 a 3 meses\!!!
tenho muitas saudades da época em que se trabalhava entre o Natal e Ano Novo...pois a produççao nao parava!!! tinhamos renda!!! e $$ para gastar, por mais dificil que era conseguir algo!!! a inadimplencia era baixa....tinha-se vergonha na cara qdo atrasava uma prestaçao, de quando se perdia o crédito era a morte!!!!!!! gerava-se emprego, e o pessoal era bom para trabalho...diferente desta geraçao que apenas quer direitos mas deveres nada!!!!acabou-se o comprometimento com o trabalho!!! hoje quem mais trabalha são os empresarios.....e os que arcam com mais e mais prejuizos, e nao por falta de administraçao...mas por roubalheira , excesso de impostos...funcionariso no oba-oba......em linhas gerais, está é a geraçao que temos no mercado, e as proximas 2 tb serão assim....a cultura mudou, para pior!!!!nao adianta vc ter tudo que deseja materialmente se nao há sequencia em mantê-las!!! para isto é necessario emprego!!! industrias!!! isto é historico!! os USA está tentando industrializar,.....ate alguns paises da Europa....mas estão dependentes da China!!
sempre elogiou-se o Japãp por naio ter recursos naturais, porem desenvolveram tecnologia e sempre compraram materia prima onde se agregava valor!!! hoje inumeras empresas japonesas estão na china...e muitas ja quebraram por nao conseguir concorrer com os proprios chineses!!!Aqui somente se pensa em agronegocios, o que gera altos lucros para poucos e baixa renda para alguns!!! gras e grãos!!! nunca se pensa em empresas e empresas!!! somos comandados por mediocres ( foram eleitos pelo povo!!) muitos até com boa formaçao, porem sem conhecimento de nada!!! estão a brincar e fazer ensaios de como administrar!!!
gostaria de receber uma bolsa empresa.....assim manteria minha boca fechada!!!
adalberto
19 9o764 7960
Parabéns Sr Alfredo Bonduki pela colocação . Att
Vários clientes querem que nós sejamos certificados pela Abvtex. Querem que eu pague para que uma"entidade" dessas comprove se eu tenho competência para fornecer para esses clientes, se não tenho mão-de-obra escrava, se pago meus impostos, etc... Uma coisa é ter competência. Outra é ter idôneidade - coisa que, pelo teor da matéria, essa entidade não tem.
Vou deixar bem claro que não sou contra as importações... mas quero deixar MAIS CLARO ainda é que sou totalmente contra a desindustrialização, o desemprego e, principalmente a manipulação de informações. Importar, só aquilo que não é viável fabricar aqui.
Acreditar que não há desemprego, só quem é varejista importador acredita. Justamente quem deve estar financiando "esses estudos" totalmente mentirosos e manipulados.
Já disse antes e vou repetir: - Nunca fui petista. Mas nunca vi nenhum governo se preocupar com salvaguardas, com comissários e pilotosfazendo gestos obcenos ao serem fotografados, deportando turistas espanhóis em retaliação aos brasileiros deportados, etc... Resumindo: - Nunca vi nenhum governo defender-nos e honrar nossa bandeira como esse fêz. Por isso peço: - Presidente Dilma: - Não se fie nessas informações que querem apenas levar nossos empregos para a China, Bangladesh, Índia, "Uruguai e Paraguai", etc...
Exatamente isso, Fabio!... e eles ainda acham que enganam alguém!
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