Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Mercado pune Le Lis Blanc após denúncia de trabalho escravo

Fiscalização do Ministério do Trabalho encontrou trabalhadores bolivianos em condições análogas à escravidão em três oficinas da marca Le Lis Blanc, da Restoque.

Loja da Le Lis Blanc

Restoque diz não ter relacionamento com as empresas citadas na fiscalização e que irá se defender

São Paulo -  As ações da Le Lis Blanc (LLIS3) abriram a semana em queda. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 6,44%, negociados a 5,95 reais. A Restoque, dona da grife Le Lis Blanc, enfrenta uma acusação de manter funcionários em condições degradantes de trabalho, análogas à escravidão.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, uma fiscalização, realizada em junho em São Paulo, encontrou 28 bolivianos em condições de trabalho análogas à escravidão em três oficinas que confeccionavam roupas das grifes Le Lis Blanc e Bo.Bô (Bourgeois e Bohême).

Após a blitz feita por uma força-tarefa do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Receita Federal, a grife foi autuada e pagou 600 mil reais de indenização aos estrangeiros, a maior parte em situação irregular no país.

Ainda segundo a reportagem, Nove de cada dez peças fabricadas pelos trabalhadores) eram encomendadas pela Le Lis Blanc por meio de dois fornecedores intermediários: as confecções Pantolex e Recoleta. 

A Restoque disse que não tem relacionamento com as empresas citadas na fiscalização do Trabalho e que irá se defender. "Cumprimos integralmente a legislação trabalhista nas relações com nossos colaboradores e tomamos os mesmos cuidados com nossos fornecedores", informou em nota.

A empresa afirmou ainda que, após analisar as autuações, vai apresentar defesa.

Em agosto do ano passado, a MRV (MRVE3) viu suas ações serem penalizadas após entrar na lista suja do trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos.

Trabalhadores em situações análogas à escravidão forma encontrados em construções da empresa em Bauru e Americana, ambas no interior de São Paulo. Na época, a construtora alegou que as infrações foram cometidas por uma empresa terceirizada.

Um dos maiores efeitos da medida foi a suspensão, pela Caixa Econômica Federal, de novos créditos à incorporadora.

http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/mercado-pune-le-lis-bla...

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Beatriz Souza

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Um dos maiores efeitos da medida foi a suspensão, pela Caixa Econômica Federal, de novos créditos à incorporadora.

A fiscalização tem que estar atenta realmente, vemos muitos bolivianos chegando ao Brasil todos os dias e com certeza a grande maioria deles trabalham de forma ilegal  em condições terríveis como verdadeiros escravos, isto também é injusto para quem trabalha legalmente pagando todos os impostos e despesas que o nosso governo impõe.

Eu gostaria muito que esses mesmos órgãos que fiscalizam os produtos nacionais também fizessem o mesmo para os produtos importados, mesmo distantes não podemos aceitar que confecções produzidas por escravos da China, Paquistão, Bangladesh e muitos outros entre em nosso país de forma legal.  Para os que defendem essa Ideia vai uma sugestão..., devemos fazer mais campanhas publicitárias divulgando o trabalho escravo em todo o mundo, mostrar que uma roupa com reais a menos está gerando uma exploração de muitas pessoas incluindo crianças, 

Bom dia,

e porque o Ministério Publico , não vai nas lojas da Zara e C&A e outras redes, recolher peças feitas em Bangladesh e multar eles ???????.

lá também ta provado que o trabalho é escravidão 

A maioria sabe que os produtos feito na Asia , provem de maneira direta ou indireta com alguma irregualridade  e nem por isso voce deixa de aproveitar aquele preço convidativo e compra, porque também é conveniente para o seu bolso .

Quando o Brasil reconheceu a China com economia de mercado, reconheceu que sua legislação trabalhista é compativel como qualquer lugar do mundo civilzado, ou seja agora não reclama . Estamos de igual para igual. Se eles são engolindo nosso mercado ,é porque alguém não fez a lição de casa . E não foram os chineses .

Se há trabalho degardante na produção de Iphone, então imagina em uma confecção.

O que falta é comprometimento dos governantes em solucionar a questão. Os orgãos publicos ficam vislumbrando uma sociedade do estilo " padrão norte americano " sendo que abaixo do nariz deles se encontram a realidade sulamericana ,onde a desigualdade entre as nações é tão gritante que bolivianos preferem trabalhar ganhar pouco no Brasil do que trabalhar para não ganhar quase nada na terra deles . Mexer nas leis trabalhistas é mexer em um vespeiro na qual vai desagradar muita gente . Quem mexer ou vira herói ou se tornará um judas. 

Para o empresariado das grandes corporações já estão tomando medidas para não perder as suas margens de lucro. Está trazendo tudo pronto do sudeste asiatico . E os empregos aqui ceifados .... E desde quando o governo brasileiro se preocupa com isso.

Mas creio que essa é a grande armadilha, o governo incentiva o consumo da população com produtos importados e baratos, enquanto isso a indústria brasileira fica sem investimentos e cada dia perde fôlego com as sufocantes taxas de impostos, estamos morrendo aos poucos..., se nada for feito de prático seremos totalmente dominados pelos asiáticos e dependeremos tão somente da importação de produtos acabados e da exportação de produtos agrícolas, minério etc..., ou seja, voltaremos no tempo da colônia

Estamos vendo hoje os jovens  revindicando mudanças no governo,  até  Papa fala que a igreja tem que estar mais próxima do povo, creio que é oportuno todos empresários, Fiesp e todos os órgãos que estão a frente da industria saírem mais as ruas, revindicar de forma mais prática e objetiva, redução de impostos já ou maior controle das importações, até mesmos os sindicatos tem que entender que não adianta ficar pedindo para reduzir jornada de trabalho porque hoje seus principais inimigos são os trabalhadores chineses, paquistaneses, indianos etc.... nada vai acontecer enquanto nossos governantes estiverem tranquilos eu seus gabinetes,

Vamos as ruas meus amigos... 

O Presidente da Fiesp Paulo Scaf , falou que o cargo dele não é remunerado,??????, como você quer que uma

pessoa não remunerada, lute por você, é simples demais, se juntar Fiesp e Abit, e pedir para o Governo a mesma politica de impostos aplicada , no Paraguay, Peru , Argentina, China, Bangladesh,Tayhuan, Malasia, e mais um monte de Paises que tem a mesma politica de impostos, Não teremos mais problema nenhum.

o frete da mercadoria importada, já deixaria a peça 70% mais cara que a nossa....Quem tem peito de pedir isso,

com cargo sem remuneração, NINGUEMMMMMMMM.

a China e os outros Paises, não são nossos Problemas , o nosso Problema é o Governo e os agregados,(sem falar nos Sindicatos), e ai , sidicalistas milionarios......

Ainda segundo a reportagem, Nove de cada dez peças fabricadas pelos trabalhadores) eram encomendadas pela Le Lis Blanc por meio de dois fornecedores intermediários: as confecções Pantolex e Recoleta.

Essa modalidade é irreversível nos dias atuais . Terceirizar é conseguir eficiência a custo baixo . O que está errado é a forma que as grandes corporações remuneram as suas oficinas de costura.  Se eles pagam pouco, não há milagre. Pantolex e Recoleta e muitas outras tem custos como qualquer outra empresa ( GPS+INSS+PIS+COFINS + FGTS+IRPJ+aluguel+V.transporte) . Por isso eu acho que ser " patrão " nesse País é ser masoquista . 

Bolivianos no Brasil são iguais aos Dekasseguis no Japão. Não tem nenhuma assistência , nenhuma garantia  e muita esperança . É para ganhar dinheiro e depois voltar a terra natal . 

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