Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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ABVTEX estuda ampliar certificação para produtos importados

 

 

 

Fundada em 1999, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) representa as grandes redes varejistas nacionais e internacionais de vestuário; cama, mesa e banho; calçados, bolsas e acessórios. Segundo dados de 2012, são 4.771 lojas em todo o país, sendo o varejo de moda um setor bastante representativo para a economia brasileira. Em valores, somente as vendas no vestuário movimentaram R$ 158,2 bilhões em 2012 e geraram 693 mil empregos diretos. Por sua vez, as 17 redes associadas da ABVTEX representam 16% do share de mercado. A entidade apoia ações que visam à responsabilidade social, à formalização nas relações comerciais e ao combate à concorrência fraudulenta.

Dentro desse panorama, confecções brasileiras fornecedoras de grandes magazines tiveram que aderir à Certificação de Fornecedores – ABVTEX para continuar fornecendo para as empresas signatárias do certificado: Riachuelo, Walmart Brasil, C&A, Renner, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Leader, Hering, Marisa, Seller, Pernambucanas, GEP (Cori, Luigi Bertolli e Emme) e Zara. Lançada em setembro de 2010, a certificação tem o objetivo de permitir aos varejistas signatários controlar fornecedores e subcontratados a respeito do cumprimento de aspectos relacionados a responsabilidade social, relações de trabalho e sustentabilidade. A certificação também estabelece princípios e critérios para a condução de auditorias na cadeia de fornecimento do varejo, trabalhada em duas vertentes: certificação e monitoramento da cadeia têxtil e capacitação, garantindo a empresas e consumidores a procedência do vestuário produzido no Brasil.

Para aderir à Certificação de Fornecedores – ABVTEX, as empresas varejistas precisam ser associadas à ABVTEX, o que as torna signatárias e, a partir daí, divulgar a certificação à sua rede de fornecedores, informando que só vão adquirir artigos de fornecedores e subcontratados certificados. O certificado é válido por um ano, período após o qual é realizada uma nova auditoria, de manutenção, e, se o fornecedor não for aprovado, deixa de estar apto para fornecer às signatárias.

Até 28 de fevereiro de 2014, a ABVTEX fez um balanço da iniciativa: 6.733 empresas de todo o país já haviam sido cadastradas, das quais 5.914 obtiveram a certificação e 1.432 encontram-se em situação de plano de ação pendente, ou seja, ainda não receberam a certificação em função de ações corretivas. “A ABVTEX vê de forma muito positiva a quantidade de fornecedores certificados. Esse desempenho mostra o comprometimento dos fornecedores em adotar as melhores práticas em seus negócios. A adesão a essa certificação é voluntária por parte das empresas signatárias. A ABVTEX teve o importante papel de reunir e uniformizar procedimentos de qualidade e de monitoramento dessa cadeia de fornecedores”, explica José Luiz Cunha, diretor-executivo da associação.

A entidade está verificando a possibilidade de internacionalizar a certificação, para que os mesmos requisitos aplicados na produção nacional sejam estabelecidos para produtos importados. “Sabemos que a maior parte das redes varejistas já realiza o monitoramento de fornecedores internacionais, mas, no âmbito da ABVTEX, encontra-se em desenvolvimento uma proposta de certificação para fornecedores internacionais e esperamos ter essa definição até o final deste ano”, revela Cunha. Com relação às normas que os produtos importados seguiriam, Cunha afirma que a ABVTEX está analisando certificações internacionais já existentes de forma a adequá-las à realidade do programa da associação e das redes varejistas signatárias. “O fato é que cada país tem sua própria legislação trabalhista e cumpre aos fornecedores locais seguirem suas leis. A exemplo do que fizemos no Brasil, estamos reunindo as melhores práticas e processos do exterior para monitorar fornecedores internacionais à Certificação.”

Com essa nova realidade, Cunha acredita que ganham os consumidores, que terão maior segurança sobre a origem dos produtos, e ganham as redes varejistas, que reafirmam suas práticas de responsabilidade social. Sobre a burocracia que poderá existir pelo caminho, ele diz que somente com a análise criteriosa de certificações internacionais e práticas existentes será possível verificar essa questão.

 

LEGENDA: José Luiz Cunha, diretor-executivo da ABVTEX

http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/26/materia/especial.html

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Respostas a este tópico

aos poucos vamos sacramentando o fechamento de mais industrias no Brasil...ficaria muito feliz, se os cnt acima fossem queimados!! que maravilha!!!

adalberto

19 99764 7960

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