Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estilista brasileira sobre Real: “inviável vender no Brasil”

Mariana Jungmann terá segundo desfile solo durante o Fashion Scout em Londres e expressa vontade de levar sua marca para o mercado brasileiro, apesar das adversidades

Prestes a ter seu segundo desfile solo no Fashion Scout, evento paralelo à programação oficial da semana de moda de Londres que tem início nesta sexta-feira (20), Mariana Jungmann expressou sua vontade de entrar no mercado nacional.

Em entrevista exclusiva ao Terra, a estilista brasileira nascida em Goiânia revelou o desejo de desfilar no São Paulo Fashion Week e também alfinetou o mercado de câmbio brasileiro, cuja moeda desvalorizada acaba impossibilitando as vendas de suas coleções no país. 

"Eu quero muito expandir para o Brasil, mas a maior parte dos meus tecidos são europeus, ou até mesmo ingleses, e com câmbio em constante alta se torna inviável vender no Brasil nesse momento", explicou.

No entanto, se levar sua marca para o Brasil parece um sonho distante atualmente, Mariana ainda tem motivos de sobra para comemorar, já que sua estreia na última temporada foi bem recebida pelos críticos de moda e, devido à boa repercussão, ela terá um desfile ainda maior nesta edição outono-inverno 2015.

“Na temporada passada a gente conseguiu lotar a sala de desfile que é a menor do Fashion Scout, então essa temporada mudamos para a maior. Tento evoluir um pouco a cada estação, não somente na parte de desfile mas em todos os aspectos”, disse.

Confira a entrevista exclusiva com Mariana Jungmann na íntegra abaixo:

Em entrevista exclusiva ao Terra, a estilista brasileira nascida em Goiânia revelou o desejo de desfilar no São Paulo Fashion Week e também alfinetou o mercado de câmbio brasileiro, cuja moeda desvalorizada acaba impossibilitando as vendas de suas coleções no país. 

"Eu quero muito expandir para o Brasil, mas a maior parte dos meus tecidos são europeus, ou até mesmo ingleses, e com câmbio em constante alta se torna inviável vender no Brasil nesse momento", explicou.

No entanto, se levar sua marca para o Brasil parece um sonho distante atualmente, Mariana ainda tem motivos de sobra para comemorar, já que sua estreia na última temporada foi bem recebida pelos críticos de moda e, devido à boa repercussão, ela terá um desfile ainda maior nesta edição outono-inverno 2015.

“Na temporada passada a gente conseguiu lotar a sala de desfile que é a menor do Fashion Scout, então essa temporada mudamos para a maior. Tento evoluir um pouco a cada estação, não somente na parte de desfile mas em todos os aspectos”, disse.

Confira a entrevista exclusiva com Mariana Jungmann na íntegra abaixo:

Terra - Cinco meses se passaram desde sua estreia solo durante o Fashion Scout. Como os críticos e o público receberam seu primeiro desfile na última temporada?

Mariana Jungmann - O show for super bem recebido, no dia seguinte estava na capa do Times. Muitos jornalistas o nomearam como um dos melhores desfiles da estação. Eu não poderia ter estreado de forma melhor. 

Você disse anteriormente que gostaria de ter um desfile maior nesta temporada. Seu desejo vai se tornar realidade?

MJ - Na temporada passada a gente conseguiu lotar a sala de desfile que é a menor do Fashion Scout, então essa temporada mudamos para a maior. Tento evoluir um pouco a cada estação, não somente na parte de desfile, mas em todos os aspectos.

Qual é sua inspiração para o desfile desta temporada outono-inverno 2015?

MJ - A inspiração dessa temporada é um termo cientifico: Hypnagogia, que é o momento de transição entre estar acordado e dormindo. É o momento de perda da consciência. Para mim essa é uma sensação muito interessante e me lembra muito momentos da nossa vida em que não sabemos se estamos acordados ou sonhando; em que a realidade é um pouco confusa até que, finalmente, vem a calmaria.

Há alguma coisa que pode adiantar sobre o desfile? O que o público pode esperar?

MJ - Mesmo que eu esteja falando de adormecer não esperem nada de lençóis e travesseiros. Eu trabalhei bastante com os paradoxos da realidade e sonho e os traduzi em uma mistura de texturas, algumas mais sutis que outras. 

Você tem planos de entrar para o line-up principal da semana de moda de Londres? Já fez algo neste sentido ou está feliz em desfilar suas criações no Fashion Scout no momento?

MJ - Uma marca leva anos para ser consolidada, estou feliz em desfilar no Fashion Scout, mas como todo designer, você quer ver sua marca crescer. Eu trabalho bastante para isso e acho que meu trabalho vem amadurecendo gradualmente e, em breve, esse amadurecimento será reconhecido. Na minha opinião, esse momento de transição para o line-up oficial acontecerá de forma orgânica.

Você usa rendeiras no Brasil para produzir suas criações. Há algo novo nesta temporada em relação à participação do Brasil em sua nova coleção?

MJ - Essa temporada eu pude trabalhar mais no desenvolvimento da renda em si. Se você reparar, antes a renda era feita de uma forma uniforme, eu quase não variava os pontos utilizados (por uma escolha pessoal). Dessa vez, como as texturas são muito importantes, eu e as rendeiras desenvolvemos a renda com uma maior variação de pontos.

Quando você pretende entrar no mercado brasileiro com sua marca? 

MJ - Eu quero muito expandir para o Brasil, mas a maior parte dos meus tecidos são europeus, ou até mesmo ingleses, e com câmbio em constante alta se torna inviável vender no Brasil nesse momento.

Você gostaria de desfilar suas criações durante o São Paulo Fashion Week ou o Fashion Rio no futuro?

MJ - Com certeza! Eu fiz meu bacharel em São Paulo e era o meu grande sonho um dia estar mostrando as minhas peças ao lado dos estilistas que eu sempre admirei.

Quais são os próximos passos para consolidar sua marca no mercado internacional?

MJ - Depois do desfile em Londres, vamos mostrar a coleção no showroom Vendome Luxury durante a semana de moda de Paris, o que atrai compradores do mundo todo. 

Para que tipo de mulher você desenha? As mulheres brasileiras usariam suas criações?

MJ - Eu desenho para uma mulher forte e feminina, cheia de paradoxos e nuances em sua personalidade. Eu acredito que sim, que as brasileiras usariam as minhas criações, pois para mim são a personificação da força e da feminilidade.

Veja alguns looks da coleção Primavera-Verão 2015 de Mariana

Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014
Foto: Tristan Fewings / Getty Images

Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014


Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014
Foto: Tristan Fewings / Getty Images

Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014
Foto: Tristan Fewings / Getty Images

Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014
Foto: Tristan Fewings / Getty Images

Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014 Foto: Tristan Fewings / Getty Images
Desfile de Mariana Jungmann na semana de moda de Londres Primavera-Verão 2015, em setembro de 2014
Foto: Tristan Fewings / Getty Images


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Respostas a este tópico

  Eu quero muito expandir para o Brasil, mas a maior parte dos meus tecidos são europeus, ou até mesmo ingleses, e com câmbio em constante alta se torna inviável vender no Brasil nesse momento.

Bom pra que exporta, ruim para quem importa.
O que nos interessa mais com produtores nacionais?

Aleluia!

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