A abertura de uma loja da rede norte-americana Forever 21 em Belo Horizonte causou comentários de todo o tipo acerca dos produtos e preços oferecidos ao público mineiro. O produtor de moda Zeca Perdigão disse que o frisson pela marca é devido ao preço, mas ele não é a favor desse tipo de rede “porque ela é uma concorrente predadora e o lojista de BH vai ter que ficar esperto e rever custo”.
Sobre os preços, Perdigão disse que o Brasil é caro e poderia cair esse custo. “Eu compro jeans na Europa de 10 euros”, comparou o produtor que comprou um chapéu preto de feltro preto, made in China, por R$ 105.
A jornalista Júlia Machado contou que achou o formato da loja mineira igual à de Orlando, no Estado da Flórida (EUA). “Só que lá tem blusinha de US$ 2 e short de US$ 20”, comparou. Aqui, o short custa R$ 59,90 fabricado na China.
O diretor de operações da Forever 21 no Brasil, André Piedade, contou que a rede é do tipo fast-fashion com muitos lançamentos e que recebe roupa toda semana. Sobre os preços, Piedade se limitou a dizer que a rede importa os produtos – basicamente da Ásia – e que o Brasil tem toda a carga tributária, mas ele não soube dizer qual é o impacto dos tributos brasileiros no negócio da Forever 21 no país. “Mas (o preços) ainda são competitivos em relação aos concorrentes”, disse.
Munido de uma grande bolsa de papel amarelo ouro com as peças compradas na Forever 21, o publicitário Gabriel Gontijo, comprou camisa, jaqueta e short. Gastou R$ 215. “Achei super em conta. Os preços estão ótimos comparados com as outras fast-fashions no Brasil. Nas outras, eu pagaria por essas compras mais de R$ 400. Eu indico”, disse. Gontijo só espera que a loja de BH tenha mais opções de roupa masculina. “BH é carente de loja que está no roteiro internacional”, avaliou.
Entre uma infinidade de vestidos de R$ 105, conjunto de saia e blusa de ‘renda’ branca, a maior parte feitos na China, a maquiadora Nayara Barbosa disse que a loja está maravilhosa, com preço acessível. “Amamos”, contou, enquanto segurava uma saia curta de R$ 59 e acessórios. Thaila Mendes, 25, disse que em relação ao Pátio Savassi, é uma loja com um preço em conta.
A superintendente do Pátio Savassi, Simone Fiorello, disse a Forever ocupa uma das maiores áreas do mall, de 2.000 m². “A loja está chegando num contexto de expansão do shopping agregando valor a ele”, analisou. A Forever ocupa toda a área de expansão do shopping que demandou um investimento de R$ 23,4 milhões.
Abarrotada de peças para experimentar e comprar, a estudante de direito Luiza Figueiredo disse que as roupas da Forever 21 são diferentes das lojas de departamento brasileiras. “Encontrei blusas de R$ 39 e vou gastar aqui R$ 300 em roupas, mas os preços estão bem parecidos com as lojas de departamento”, analisou. Mesmo assim, Simone acredita que o negócio vai fazer sucesso por aqui pelo estilo e fama.
Antenada com a moda e conhecedora de outras unidades da rede em Nova York (EUA) e Brasília, a estudante Rafaela Martini achou os preços da unidade mineira um pouco mais caros. “Estão cerca de 40% mais caros do que lá fora”, calculou. Mesmo assim, ia comprar umas “blusinhas”.
Outra estudante, Gabriela Possas, pegava tudo o que gostava e estava com um orçamento de R$ 300 programado para gastar na Forever.
Enquanto escolhia roupas para a funcionária, a stylist Carol Meloni contou que, para quem gosta de coisa clean, minimalista, sofisticada e casual, a Forver 21 é a parada certa. “Visito de 40 a 50 lojas em BH e achei que essa também tem opção de tamanhos plus size bem interessantes”, disse. Para ela, o diferencial da Forever 21 é a quantidade de material oferecido e o valor. Mas fez um alerta: “Não tem pechincha, mas tem opções, por exemplo, de vestidos a R$ 70 de corte reto”, orientou a stylist, para quem não quer gastar muito. A funcionária de Carol, Silvana Maria Souza, levou 14 combinações de roupas por R$ 600.
Em Belo Horizonte, a Forever 21 é a 18ª loja da rede norte-americana no Brasil. Outras 11 lojas serão abertas no país até o fim do ano, mas o diretor de operações não quis adiantar quais serão os destinos. A marca não informou quanto foi investido na unidade mineira onde foram gerados 90 empregos.
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Para dar a impressão que estão em Miami.
Funciona?
Antonio Silvério Paculdino Ferre disse:
Só assustei com os cartazes: Tudo em inglês!??
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