Próximas coleções: compra da moda inverno será o primeiro desafio dos varejistas neste ano na busca por aquisições no mercado doméstico
São Paulo - Com a crise acertando em cheio o varejo têxtil, os empresários do ramo têm ainda outro desafio: deixar de comprar em dólar e se abastecer na indústria nacional. Com processos de produção antiquados, e após as demissões de 2015, lojistas sinalizam a possibilidade de não encontrar por aqui os mesmos produtos que antes eram trazidos da China.
"A indústria têxtil tem dificuldade de se preparar para nova demanda, uma vez que as demissões foram muitas. Assim que o consumo voltar, o varejo vai ter dificuldade de encontrar capacidade produtiva na indústria têxtil para suprir a demanda da forma com ela virá. Essa é uma das grandes preocupações que o varejo tem nesse momento", diz o diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Lima.
Ao DCI, o executivo afirmou que a possibilidade de não encontrar produtos na indústria é um problema real. "No momento de retomada [da economia], será preciso substituir o produto importado pelo doméstico e isso pode causar algum tipo de problema no abastecimento do mercado nacional", acrescenta.
Na visão do executivo, a indústria têxtil poderia ter aproveitado a flutuação do dólar para cravar seu espaço. "Isso se daria com a ampliação da escala produtiva, investimento em linha de produção modernas, matérias-primas diferenciadas, mas pelas circunstâncias da economia os empresários têm retardado esses investimentos."
Quem já está sentindo dificuldade para encontrar parceiros nacionais são algumas das lojas na José Paulino, reduto de venda de roupas - para atacado e varejo - na capital paulista. Na loja Jussara Roupas, que trabalha com quase 60% das peças importadas, a movimentação após os estoques caírem será difícil. "Procuramos na indústria nacional opções para trocar as compras, mas não conseguimos encontrar uma confecção que atenda alguns padrões já conhecidos por nossas clientes", diz a gerente Alessandra dos Santos. A dificuldade sentida pela empresária tende a piorar nos próximos meses, com a necessidade de entrada da coleção inverno. "As roupas de inverno são as mais difíceis de encontrar. A qualidade aqui é muito baixa", completa.
Faz tudo
Entre as varejistas, as que possuem confecção própria devem sair à frente quando a economia voltar a crescer. Na loja Fast Jeans, com sede em São Bernardo do Campo (SP), a produção própria das peças diminuiu o efeito da crise. "Só 15% das nossas peças possuem variação do dólar", afirmou a gerente-geral da loja, Francisca Branca, que comemorou alta de 20% nas vendas natalinas.
"Além de termos agora nossas calças com preços menores que os das lojas que trabalham com importados, sentimos alta no número de pedidos de outras lojas", completou. Exemplo disso, em negociação com uma rede supermercadista, a empresa fechou um acordo para compra de mais de 20 mil peças.
Além da supermercadista, a executiva comenta que uma rodada de negócio no Rio Grande do Sul também aqueceu os negócios. "Conseguimos negociar dois contratos e contratamos mais 12 costureiras."
Retomada e desafios
Apesar de a economia apresentar fraqueza este ano, o diretor executivo da Abvtex acredita que a retomada do setor têxtil se dê no segundo semestre de 2017, ou começo de 2018. "O varejo precisa se organizar para passar pelo momento de crise, que entendemos ser temporária, mas para isso é preciso se adequar e sair desse momento mais fortalecido", disse ele, lembrando que controle de vendas, diminuição de perdas e estoque assertivos serão decisivos.
Apesar da perspectiva positiva da economia em médio prazo, Lima ressalta que a crise muda os hábitos de compras do consumidor. "O consumidor orientado a preço acaba saindo das redes do varejo para o mercado informal, ou para regiões populares e até para camelôs."
Na visão dele, isso leva à concorrência desleal. "Estávamos no caminho da formalização e, com a crise, temos aumento da informalidade, uma vez que as pessoas buscam manter suas compras", detalha.
Curto prazo
Em volumes, as vendas no varejo de roupas caíram 4,2% em 2015 ante 2014 de acordo com o Inteligência de Mercado (Iemi). Neste ano, a previsão é de crescimento de 0,8%. "É um crescimento vegetativo, mas positivo", diz Marcelo Prado, diretor do Iemi. De acordo com o balanço do instituto, a produção de roupas caiu 6% em 2015, mas deve crescer 5,5% neste ano.
O movimento, segundo Prado, se dá pelo fomento da indústria nacional. Porém, Prado diz que o varejo do vestuário vai ter que se mexer - e muito - para driblar a crise, e entender exatamente o que o cliente busca, entre modelos e preços, para não errar na compra.Colaboração: Ana Paula Silva
FONTE: http://m.dci.com.br/em-destaque/-lojistas-temem-falta-de-produto--n...
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Com o Real forte, os Compradores investiram forte nas importações, "colocaram todos os ovos em uma só cesta", ocasionando/provocando o desestímulo à Cadeia Têxtil Brasileira.
Com o Dólar forte, os Compradores não conhecem os fabricantes brasileiros, e não têm tempo para investir nos mesmos.
Constatamos importações totalmente dispensáveis, ainda hoje, carecendo de uma maior e melhor presença nas "ruas".
Julio Caetano
nao acredito, visto que a economia , qdo retomar, será em ritmo muito lento!!alguns desfalques certamente vai haver, mas nada que irá comprometer...temos muita gente desempregada...e ainda está crescendo o desemprego..
Edmundo Lima , abvtex diz que :
Na visão do executivo, a indústria têxtil poderia ter aproveitado a flutuação do dólar para cravar seu espaço. "Isso se daria com a ampliação da escala produtiva, investimento em linha de produção modernas, matérias-primas diferenciadas, mas pelas circunstâncias da economia os empresários têm retardado esses investimentos.
é absurdo!!!me parece que não tem noção de empresas que estão bem equipadas tanto em máquinas como em pessoal altamente qualificado!!mostra claramente que não conhece nada!!! em absoluto NADA!!!! estas afirmações de maquinário de ponta, desenvolvimento..etc..etc...e se esquece que o povo optou em comprar da china e outros em função de custos!!!mesmo em detrimento a quebra e sucateamento de industrias no Brasil!!!sempre falei que não podemos ter uma globalização, se temos 2 pesos e 2 medidas...ou seja : sem equidade,,,...não adianta o dólar está favorecendo o mercado interno, se temos uma crise interna sem precedentes!!! não existe demanda!!!!! todos estão preparados, mas morrendo na praia1!!!não se vende praticamente nada!!! enquanto a nossa presidentA não largar o osso, para pelo menos oxigenar a economia..nada vai mudar!!!aliás...com este desgoverno total não acredito que este quadro mude!!infelizmente!!!
Edmundo Leite: se há negócio, pagamos funcionários, obrigações de impostos etc..etc...se não faturamos..NADA DISTO ACONTECE!!! quebramos!!! o governo não tem receita e assim por diante..efeito dominó!!!
mas por favor não diga que não há investimentos!!! já houve e muito!!! é apenas conhecer o assunto de perto, visitar empresas e verás que a situação é bem diferente do que imagina!!!!
adalberto
Se os dados foram apresentados através de estudos do IEMI então podemos com certeza tê-los como referência visto a seriedade e profissionalismo no trato destes assuntos, parabéns.
meu amigo, esse cara deve ter a visão do mercado têxtil brasileiro da época da Cariobinha em Americana. kkkkk
Essa desculpinha que não temos maquinário de ponta é brincadeira né!!! Não vou nem me estender muito pq o amigo foi perfeito em suas palavras
adalberto oliveira martins filho disse:
nao acredito, visto que a economia , qdo retomar, será em ritmo muito lento!!alguns desfalques certamente vai haver, mas nada que irá comprometer...temos muita gente desempregada...e ainda está crescendo o desemprego..
Edmundo Lima , abvtex diz que :
Na visão do executivo, a indústria têxtil poderia ter aproveitado a flutuação do dólar para cravar seu espaço. "Isso se daria com a ampliação da escala produtiva, investimento em linha de produção modernas, matérias-primas diferenciadas, mas pelas circunstâncias da economia os empresários têm retardado esses investimentos.
é absurdo!!!me parece que não tem noção de empresas que estão bem equipadas tanto em máquinas como em pessoal altamente qualificado!!mostra claramente que não conhece nada!!! em absoluto NADA!!!! estas afirmações de maquinário de ponta, desenvolvimento..etc..etc...e se esquece que o povo optou em comprar da china e outros em função de custos!!!mesmo em detrimento a quebra e sucateamento de industrias no Brasil!!!sempre falei que não podemos ter uma globalização, se temos 2 pesos e 2 medidas...ou seja : sem equidade,,,...não adianta o dólar está favorecendo o mercado interno, se temos uma crise interna sem precedentes!!! não existe demanda!!!!! todos estão preparados, mas morrendo na praia1!!!não se vende praticamente nada!!! enquanto a nossa presidentA não largar o osso, para pelo menos oxigenar a economia..nada vai mudar!!!aliás...com este desgoverno total não acredito que este quadro mude!!infelizmente!!!
Edmundo Leite: se há negócio, pagamos funcionários, obrigações de impostos etc..etc...se não faturamos..NADA DISTO ACONTECE!!! quebramos!!! o governo não tem receita e assim por diante..efeito dominó!!!
mas por favor não diga que não há investimentos!!! já houve e muito!!! é apenas conhecer o assunto de perto, visitar empresas e verás que a situação é bem diferente do que imagina!!!!
adalberto
estimado Torres...é verdade...Carioba!!! onde a industria têxtil começou em Americana!!os galpões hoje faz parte do patrimônio histórico!!! mas o interessante é que muitos estão com teares semi novos .......temos até tinturaria( esta eu nao sei se ainda esta ativa ..)....estamos com problemas até no jeans!!! este deveria estar trabalhando a todo vapor, pois nunca passou por crise , apesar de bater direto com o importado...e hoje nao compensa mais trazer jeans importado que custava cerca de 60% do nacional!!!! mas gostei muito de vossa matéria...e fico irritado por saber que estas pessoas, ""doutores e experts "" nao tem uma boa visão do real mercado que temos..e somente falam abobrinhas!!
tfa adalberto
J. J. Torres disse:
meu amigo, esse cara deve ter a visão do mercado têxtil brasileiro da época da Cariobinha em Americana. kkkkk
Essa desculpinha que não temos maquinário de ponta é brincadeira né!!! Não vou nem me estender muito pq o amigo foi perfeito em suas palavras
adalberto oliveira martins filho disse:nao acredito, visto que a economia , qdo retomar, será em ritmo muito lento!!alguns desfalques certamente vai haver, mas nada que irá comprometer...temos muita gente desempregada...e ainda está crescendo o desemprego..
Edmundo Lima , abvtex diz que :
Na visão do executivo, a indústria têxtil poderia ter aproveitado a flutuação do dólar para cravar seu espaço. "Isso se daria com a ampliação da escala produtiva, investimento em linha de produção modernas, matérias-primas diferenciadas, mas pelas circunstâncias da economia os empresários têm retardado esses investimentos.
é absurdo!!!me parece que não tem noção de empresas que estão bem equipadas tanto em máquinas como em pessoal altamente qualificado!!mostra claramente que não conhece nada!!! em absoluto NADA!!!! estas afirmações de maquinário de ponta, desenvolvimento..etc..etc...e se esquece que o povo optou em comprar da china e outros em função de custos!!!mesmo em detrimento a quebra e sucateamento de industrias no Brasil!!!sempre falei que não podemos ter uma globalização, se temos 2 pesos e 2 medidas...ou seja : sem equidade,,,...não adianta o dólar está favorecendo o mercado interno, se temos uma crise interna sem precedentes!!! não existe demanda!!!!! todos estão preparados, mas morrendo na praia1!!!não se vende praticamente nada!!! enquanto a nossa presidentA não largar o osso, para pelo menos oxigenar a economia..nada vai mudar!!!aliás...com este desgoverno total não acredito que este quadro mude!!infelizmente!!!
Edmundo Leite: se há negócio, pagamos funcionários, obrigações de impostos etc..etc...se não faturamos..NADA DISTO ACONTECE!!! quebramos!!! o governo não tem receita e assim por diante..efeito dominó!!!
mas por favor não diga que não há investimentos!!! já houve e muito!!! é apenas conhecer o assunto de perto, visitar empresas e verás que a situação é bem diferente do que imagina!!!!
adalberto
Penso que é um bom momento para fabricantes pequenos se unirem e oferecerem seus produtos
Parabéns. Angelica.
Julio Caetano
Obrigado Julio Caetano
Abr
Angélica
PREZADO Adalberto Oliveira Martins Filho, infelizmente não é tão fácil assim, pois no Brasil há MILHARES de Fornecedores instalados em CENTENAS de cidades de Norte a Sul do Brasil (que equivale a um Continente), que necessitam ser trabalhados/adaptados/"climatizados" às necessidades dos Compradores.
Não se trata de Comprar o que Fabricam, mas de Fabricar o que se quer Comprar.
Julio Caetano
Julio...concordo...mas já tem empresas recebendo visitas de ex-clientes de 7,8 anos que nao compravam e agora estão fazendo levantamentos...pois querem produtos similares ao que importavam!! esta readaptação vai acontecer...nem tudo será conseguido, visto que nosso custo Brasil é bem alto!!!teremos forçosamente uma nova linha de raciocínio e trabalho, com maior diversidade que os clientes querem...acredito tb que não haverá mais pedidos de 30 a 40 mil metros de um determinado tecido...os volumes serão sem dúvidas menores...em consequência, após uma estabilidade muito lenta, é óbvio que haverá necessidade de investimos ...mas se trabalharmos, nós seguramente iremos investir...lembrando-se que hoje não existe demanda!!!
agradeço sua contestação.........abç adalberto
Julio Caetano H. B. C. disse:
PREZADO Adalberto Oliveira Martins Filho, infelizmente não é tão fácil assim, pois no Brasil há MILHARES de Fornecedores instalados em CENTENAS de cidades de Norte a Sul do Brasil (que equivale a um Continente), que necessitam ser trabalhados/adaptados/"climatizados" às necessidades dos Compradores.
Não se trata de Comprar o que Fabricam, mas de Fabricar o que se quer Comprar.
Julio Caetano
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