Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Câmbio NÃO bastou para elevar competitividade da indústria têxtil. Concorda?

A depreciação do real ao longo do último ano ainda não tem sido suficiente para aumentar a competitividade e estimular a produção do setor têxtil no Brasil, que ao longo de anos reclamou da invasão dos artigos chineses no País. Empresários do setor afirmam que o aumento de custos com mão de obra e matérias-primas dificulta a captura de benefícios pelas empresas, seja na exportação seja na substituição de importados.

Embora a demanda das redes de varejo para as confecções domésticas esteja crescendo na tentativa de reduzir os custos com os importados mais caros, os fabricantes nacionais ainda veem barreiras.

"O varejista chega querendo um preço equivalente àquele que ele pagava pelo produto asiático no passado e nós não chegamos nesse custo", diz Matheus Fagundes, vice-presidente da fabricante de lingerie 2Rios.

A indústria nacional tem sentido o impacto de alta de custos de produção, comenta o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone. Um dos fatores que pesou, diz, foi o fim do benefício da desoneração de mão de obra como parte do pacote de ajuste fiscal implementado no ano passado. A alíquota que incide sobre as empresas do setor têxtil passou de 1% para 2,5% da receita.

No caso da substituição de importações, a capacidade de alguns segmentos em atender o varejo ficou limitada nos últimos anos. O superintendente de políticas industriais e econômicas da Abit, Renato Jardim, afirma que, durante o período em que o real se apreciou e em meio ao crescimento do consumo das famílias no início dos anos 2000, muitas redes varejistas "desmobilizaram" fornecedores nacionais. Assim, a demanda por produtos sazonais como jaquetas, por exemplo, passou a ser suprida apenas pelo mercado externo e os itens perderam espaço na produção brasileira, diz. "Foi desfeita uma relação que agora precisa ser desenvolvida de novo", comenta.

Ao mesmo tempo, o câmbio que encarece os importados também pesa sobre algumas matérias primas. Fagundes, da 2Rios, afirma que o custo de tecidos sintéticos acabou aumentando diante da instabilidade cambial. "O importador já não sabe onde o câmbio vai parar e embute essa incerteza nos preços", diz, afirmando que os preços de seus fornecedores subiram acima de 10% em 2015 e devem ser reajustados novamente neste início de ano.

Cervone destaca ainda que os preços dos tecidos sintéticos no Brasil não têm sido beneficiados pela queda do preço do petróleo no mercado internacional. "Enquanto para o mundo todo os derivados de petróleo estão mais baratos, aqui isso não é verdade, ou seja, esse é mais um fator que fere a nossa competitividade", diz.

Ainda assim, diz o presidente da Abit, a perspectiva para este ano não é de todo ruim. As grandes redes de varejo têm a expectativa de reduzir pelo menos uma parcela pequena de suas importações, o que já é um efeito relevante para o setor. "Já estamos começando o ano com uma perspectiva positiva que não existia em 2015", resume.

FONTE: http://atarde.uol.com.br/economia/noticias/1745505-cambio-nao-basto...

por Dayanne Sousa

.

.

.

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 741

Responder esta

Respostas a este tópico

Ah...sim..sobre as bugigangas a que me referi anteriormente, lógico q a referência não se aplica à produção nas modernas fábricas têxteis, mas a referência é às feirinhas nas cidades turísticas brasileiras ou nas pequenas empresas de caráter social e artístico que logicamente não empregarão 3 milhões de trabalhadores como tínhamos em 1995, pois sem uma interferência séria...as fábricas modernas continuarão fechando suas portas.



adalberto oliveira martins filho disse:



Hilario Aleixo Munhoz disse:

Ter o mais moderno parque industrial do mundo e reduzir 50% da atividade econômica do setor e ver fábricas modernas serem fechadas mês após mês...não foi um erro estratégico, de visão de 15 anos?
nao se pode ter uma visão para 15 anos....eu diria até 5 anos!!! e este máquinario tem que ser depreciado neste período!!!!
Ou então será que não nos faltou uma política industrial que fosse além da compra de máquinas e construção de complexos industriais com o custo já elevado no projeto?
faltou politica industrail..mas por parte do governo...a classe empresarial investiu e muito!!! e a maioria sem ajuda do BNDES....o BNDES somente para empresas de grande porte e algumas outras menores....porém se ""perde"" sempre 10%  a título de comissão e para liberaçao!!! esta sacanagem é muito comum!!! inclusive em empresas grandes!!!
Ou ainda nosso erro não foi enxergar além dos muros da fábrica , nos satisfazendo em exibir as maravilhas aos visitantes como a panacéia para nossos problemas?

Ou será que achamos que somos donos do nosso mercado, como já fomos no século passado ,e nos vangloriavamos dos nossos umbigos, impondo cotas e mandando às favas os produtores de vestuário, exportando quando era lucrativo e disponibilizando uma cartela de produtos limitada ao nosso parque industrial?
nao...nao foi bem assim!!! depois de 1986, foi a época que mais se investiu!!! até então tinhamos teares com maximo de 120 bat/min e nacionais...hoje os teares vão alem de 450 bat/min e conforme o artigo e tipo de fio ultrapassa as 600 /800 bat/min
Ou ainda será que não nos faltou criatividade além do potencial do equipamento ultra moderno?
criatividade sempre existiu!!!principalemnte qdo deixamos de fazer comodites e passamos para produtos diferenciados!! depois de 1986 o mercado mudou...e as empresas acompanharam!!!
Ou ainda, nos faltou competência em enxergar o contexto do mercado global e do Brasil?

Afinal porque estamos falindo com o parque industrial mais moderno do mundo?
o governo não tem interesse em industrias nacionais!!!!o idiota do Mantega dizia que a importaçao era importante para manter a inflaçao baixa, mesmo em detrimento ao sucateamento das industrias nacionais e do desemprego!!!!a ganância para altos lucros e poucos funcionários, sem especializaçao, foi um grande atrativo para importar e fechar empresas nacionais!!! aqui em Americana isto foi muito comum!!enquanto uns lutavam para que tivessemos uma politica justa de importados, os demais simplesmente  importavam para ver os lucros com baixo custo!!!e praticamente sem emprego de mão de obra especializada!!esta tb foi sucateada!!!
Ninguem compra uma Ferrari para andar na esburacada marginal Tietê de SP a 50km/h.... a não ser que não tenha problemas com o capital a ser investido e creia que quem financiou o carro vai financiar a gasolina e garantir um IPVA barato, e subsidiar o boné vermelho porque acha o máximo esse negócio de carro e moda..., porque se não for isso, vai em uma empresa "X" do Eike, e afinal a indústria é um setor social e não produtivo... Será que no fundo... Não pensamos assim? Será que erramos na conta de retorno do investimento ou será que nem fizemos isso, tal a confiança que tinhamos no paternalismo do Estado?
não erramos!!! lutamos com tudo!!!mesmo com o governo desmantelando a cadeia produtiva do Brasil!!!
Será que quando ainda tínhamos importância econômica no país, nos faltou coragem para nos impor a governos que nos ofereceram investimentos em troca de silêncio e apoio político? Nos contentamos com o financiamento fácil ? Ouvimos "o canto da sereia" que o Estado seria nosso provedor ?
a importância econômica ...tivemos coragem sim de bater de frente com o governo!!somente que este  nunca deu a devida importancia ou retribuiu algo....afinal como empresas temos por objetivo de gerar renda ao trabalhador, e consequente bem estar socio economico!!l!!
Não tínhamos em nossas federações alguém que enxergasse além dos subsídios ? Todos acreditamos que era uma "marrolinha" em 2008, e riamos dos países desenvolvidos? Achando que agora sim... As commodities iriam subsidiar nossa baixa produtividade, crescendo a renda distribuída além do PIB?
o governo nunca deu subsídios para a industria textil!!!
Erramos em algo. E o erro pode ter sido até em comprar esse equipamento, querer ter a última geração de maquinas e não ter o que fazer com elas. em funçao apenas de mercado que importava em demasia!!!hoje com dólar mais alto...NAO TEMOS DEMANDA!!!

Logo o problema não são as máquinas.

Elas são parte do desenvolvimento industrial que deixamos de lado.

E para ilustrar tudo o que digo, bastar ver que 33% das verbas do sistema S serão encaminhadas ao FIES, num desvio conceitual de propósitos ;e não conseguimos nem contestar essa ingerência estatal.

PARABÉNS TORRES!!! É  balela...a situaçao hoje é outra!!! e nao equipamentos que temos à vontade e de ultima geraçao!!!

J. J. Torres disse:

Sinceramente não aceito esta "desculpa" que volta e meias alguns colegas colocam nos debates justificando entre outros problemas da nossa querida cadeia têxtil a falta de equipamentos modernos!!! Olha, não devemos nada, NADA para nenhum país do mundo! Podemos perder sim em escala para muitos asiáticos mas em modernidade de equipamentos de modo algum!! 

caros...

a gente fica sempre indignado com esta situaçao que se agrava a cada dia...e em todos os setores da economia!!!

desabafamos aqui....rs..rs..enquanto continuarmos a falar e falar...NADA SERÁ RESOLVIDO!!!! temos apenas que ter ATITUDES com vigor com muita clareza e objetividade!!! este desgoverno nada fará...e estamos ciente disto, pois a cada dia aprofundamos o poço de miséria que estamos!!!a mudança somente ocorrerá qdo sairmos às ruas, de forma organizada e com liderança, e paralisarmos este Brasil!!!uma greve geral em todo território + manifestaçao obrigará mudanças repentinas de rumo!!! nao é possivel aguentar mais !!! temos que ter uma classe politica que realmente saiba administrar!!!e hoje nao se salva 5% !!! temos tb a FRENTE PARLAMENTAR TEXTIL que nada faz..alias nunca fez nada!!! e mais da metade de nossos deputados fazem parte...( com objetivo apenas eleitoral...) ...temos que cobrá-los!!! assim como outras entidades!!!temos que mudar este Brasil de imediato!!!

de que adianta a FIESP declarar apoio apoio ao impeachent , se nada fazem!!!! o que mudou????? NADA!!!! é uma atitude politica!!!O que a ABIT  fez??? NADA !!!! e assim vai pro ralo abaixo!!!

o objetivo destas entidades não é este...mas já que se manifestam oficialmente temos é que cobrar !!!!chega de politica barata e ineficaz!!!basta lermos todos os postagens aqui neste blog....e analisar...cegamos a triste conclusão, que não há união e diretriz para fazermos algo!!! enquanto isto ficamos patinando!!! e enfraquecendo a cada dia que passa....na tentativa de sobreviver!!!o que nos falta é ATITUDE e cobrança das entidades!!!! como tb apoio incondicional a outras entidades que tentam fazer algo, mas nao tem apoio da classe empresarial....se assim o fosse, já teriamos mudade este cenário há muito tempo!!! novamente hoje passamos por uma demanda que nao existe, em decorrência de uma crise politica e moral!!!

adalberto

Hilario  sem dúvidas....precisamos de ATITUDES radicais em todos os setores da sociedade!!!hoje estamos reduzidos a menos da metade do contingente em 20 anos!!! uma parte é devido a renovação de maquinas...outras e principal em função das importações desenfreadas e totalmente sem critérios, a qual sempre contribuiu para o fechamento de empresas e aumento do desemprego!!!

mas hoje, é em funçao de falta de demanda e da crise politica e moral que assola este Brasil!! 

abç adalberto

Adalberto, concordo com sua indignação.

É isso aí...temos q fazer algo...nos mobilizar.. Falar não adianta, a não ser para sensibilizar quem ainda não está indignado o suficiente para tomar uma posição.

Vamos pelo menos sair às ruas quando convocados para mostrar nosso descontentamento.

Não sei se a Abit se mobilizaria nesse sentido, ou o Sinditextil...mas o fato é que estamos procurando uma liderança que possa reunir os empresários do setor da forma que VC escreveu, para q além de protestar , formular saídas para nossa situação; que escutem , ouçam e façam algo enquanto ainda dá tempo.

Alguém tem alguma ideia?

Seria possível envolver alguma entidade representativa nesse objetivo?

Alguém conhece alguém que poderia ajudar?

Ou o melhor é procurar emprego em outro setor " que a vaca já foi pro brejo"?

É.
Quando a OMC determinou que em 10 anos terminaria o acordo MULTIFIBRAS, o que trocaria nosso fabricante concorrente do outro lado da rua por outro de qualquer lugar do mundo, inúmeros empresários apostaram na mudança das regras i.o. não aceitaram a novidade. Os asiáticos esperaram os 10 anos e montaram sua estratégica para daí em diante. Com o fim das Cotas, entraram na exportação vagarosamente e foram substituindo os fornecedores locais mais frágeis e posteriormente até os mais fortes. Aos países sem preparo, como o Brasil, passaram a vender o que queriam e como queriam, sem nenhum controle de qualidade. Hoje o Brasil ainda luta para um acordo comercial espontâneo entre os Compradores, pois esperar por alguma regra/lei governamental é inexequível.
Acho que faltou profissionalismo.

Julio Caetano 

Adalberto,
a ABIT mantém uma Frente Parlamentar bastante atuante em Brasília para defender a Cadeia Têxtil.
Entendo que a Cadeia Têxtil necessita pressionar e colaborar mais intensamente.
A desvalorização do Real ajuda bastante os fabricantes da Cadeia Têxtil, mas pega-os já sem fôlego e desmotivados. A importação de “bugigangas têxteis” já não é rentável, mas necessita um trabalho sério de Substituição das Importações com o auxílio de bons e competentes Profissionais; leva tempo.
Nossas Academias estão sem fôlego.
Necessitamos de tempo.

Julio Caetano 

HILARIO  nao acredito que a ABIT faria algo mesmo o SINDITEXTIL..ou mesmo a FIESP  entre outras ..veja que:

a) não existe apoio da classe empresarial!!! e isto é muito importante!"!!

b) nao vejo comprometimento algum das entidades, salvo algumas excessoes!!

c) não vejo por exemplo a FIESP fazer algo como liderança apesar de congregar e representar mais  de 131 classes trabalhistas.

c) chegamos a um ponto que fica quase impossuível se mexer!!!mas temos que fazê-lo a qualquer custo!!

d) em minha opinião ainda é a conscientização de entidades representativas, que possam liderar algum movimento a nível nacional....acredito que se partimos para tudo ou nada chegaremos lá...uma greve geral   e manifestações em diversos pontos ao mesmo tempo!!(qdo aparecer um black bosta , temos que tirar da manifestação a qualquer custo já que a PM não o faz!!! veja o exemplo das manifestações de passe livre...)...o povo deve estar envolvido e participar para que possa surtir efeito!!mas isto deve ocorrer em todo o território nacional, em todas as cidades!!! e fazer uma greve geral é uma opçao muito boa!!! se pararmos este Brasil por uma semana, 2 semanas....virá o caos temporário!!! o governo não aguentará!!...as coisas podem mudar e tomar outro rumo!!! vamos fazer contato com diversas entidades e postar aqui..o que achas???t

abç adalberto

Hoje ao olharmos o Brasil como um todo, a problemática é complexa. Entendo que na 1ª vez erramos ao colocar o PT no governo; erramos novamente na 2ª vez ao mantê-lo; erramos na 3ª vez ao persistir; na 4ª vez não sei como classificar. Para provocar um impeachment, estamos vendo a dificuldade, como tem acontecido nos diversos governantes estaduais e municipais. A política e justiça são lentas (estamos parados há 3 meses, por férias legislativas e forenses, enquanto o Brasil está na UTI).
Quando conseguirmos trocar os executivos, legislativos e judiciários, teremos uma enorme tarefa pela frente de reconstrução
Devemos recomeçar imediatamente para que o amanhã esteja mais próximo.
Vamos "botar a boca no trombone" usando as Redes Sociais e vamos para as Ruas.

Julio Caetano

Nas últimas eleições o governo recebeu 54 milhões de votos + a oposição recebeu 51 milhões + outros 30 milhões com votos em branco/nulos/abstenção, não permitiram mudanças.
Temos que busca-los para que opinem.
É muito difícil trocar quem ganhou.

Julio Caetano


JULIO : nada fizeram até agora!!!! temos a frente parlamentar textil que foi relançada recentemente!!! um absurdo!! ""relançar""??? o objetivo deste relançamento é apenas tentar dar força...temos mais de 200 parlamentares ""comprometidos""... liderados por Zeca Dirceu ( filho de Ze Dirceu...) ...veja que para politico, ele deve estar em todas, pois assim dará IBOPE!!! e ajuda nas próximas eleições!!!é politicagem barata!!!a luta pelo setor é antiga ...e somente promessas...qdo vc reivindica algo, a resposta é SIM ou NÂO!!!  nao se pode esperar tanto tempo para tomar ATITUDE!!! desde 1986, que temos problemas...vc acha que depois de quase 30 anos, este pessoal vai resolver??? nao, não vao resolver!!!insisto que temos que partir para tudo ou nada..

abç adalberto
Julio Caetano H. B. C. disse:

Adalberto,
a ABIT mantém uma Frente Parlamentar bastante atuante em Brasília para defender a Cadeia Têxtil.
Entendo que a Cadeia Têxtil necessita pressionar e colaborar mais intensamente.
A desvalorização do Real ajuda bastante os fabricantes da Cadeia Têxtil, mas pega-os já sem fôlego e desmotivados. A importação de “bugigangas têxteis” já não é rentável, mas necessita um trabalho sério de Substituição das Importações com o auxílio de bons e competentes Profissionais; leva tempo.
Nossas Academias estão sem fôlego.
Necessitamos de tempo.

Julio Caetano 

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço