Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Macri se afasta de bolivarianos e busca reaproximação com Brasil e EUA. Ex embaixador alerta caso haja uma invasão de mercadorias brasileiras, mais competitivas. "O setor têxtil poderia desaparecer"

Em quase dois meses na Casa Rosada, o presidente argentino, Mauricio Macri, deu seu recado ao mundo: quer distância dos colegas bolivarianos de sua antecessora, Cristina Kirchner, e proximidade com o americano Barack Obama e seu clube de amigos.

Antes mesmo de tomar posse, ele ameaçou a Venezuela (cujo governo de Nicolás Maduro tinha no kirchnerismo um de seus maiores aliados) e visitou o Brasil, país do qual Cristina havia se afastado, principalmente no último mandato (2011-2015).

Laurent Gillieron - 22.jan.2016/Efe
O presidente de Argentina, Mauricio Macri, fala no Fórum Econômico Mundial em Davos, em janeiro

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, fala no Fórum Econômico Mundial em Davos, em janeiro

Em seguida, já no comando da Argentina, foi ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, após 12 anos sem o país ter um representante no evento, e ergueu a bandeira branca para o Reino Unido, apesar da disputa sobre as ilhas Malvinas. Ainda sentou-se à mesa com o vice presidente dos EUA, Joe Biden, e iniciou conversas para um encontro com Obama.

"Mesmo com a Venezuela, a relação [kirchnerista] não se dava por interesses políticos comuns, mas por rejeição ao sistema internacional", diz Mariano Caucino, membro do Conselho Argentino para Relações Internacionais.

Os negócios no setor energético com Caracas também não são mais tão relevantes como foram nos últimos anos devido à queda do preço do petróleo.

Isso permite um afastamento mais fácil, segundo o diplomata Andrés Cisneros, que ocupou o cargo equivalente a secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores de 1992 a 1996, no governo de Carlos Menem. "Hoje o que mais tem no mundo é petróleo", diz Cisneros.

BRASIL

Ainda na América Latina, a tendência é que o Brasil recupere seu espaço tanto como parceiro político quanto comercial. Antes mesmo de sua posse, Macri visitou a presidente Dilma Rousseff em Brasília, em sua primeira viagem como presidente eleito.

O encontro se deu sem mal-estar, mesmo o governo petista tendo apoiado o rival de Macri, Daniel Scioli, candidato oficial do kirchnerismo.

A expectativa é que o intercâmbio comece a se recuperar com a queda das travas comerciais. Desde 2011, quando atingiu o patamar mais elevado, a troca de produtos entre os dois países caiu 42%.

O embaixador da Argentina no Brasil entre 2003 e 2012, Juan Pablo Lohlé, alerta, porém, para uma possível deterioração de alguns setores econômicos argentinos caso haja uma invasão de mercadorias brasileiras, mais competitivas. "O setor têxtil poderia desaparecer."

ORIENTE

A China se tornou, nos últimos anos do período kirchnerista, o principal parceiro econômico da Argentina.

Desde meados de 2014, quando o país foi afastado do mercado internacional de crédito por não pagar seus credores, a China vem sendo a grande fonte de financiamento e reservas.

Os dois países fecharam dezenas de convênios que dão prioridade aos chineses na exploração de minério e petróleo argentinos.

Macri diz que há cláusulas secretas nesses documentos e que todos serão revistos, havendo a possibilidade de serem vetados.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, colocou Rússia, Irã e Venezuela em um bloco de países que não são "historicamente" amigos. Questionado pela Folha sobre a situação da China, Prat-Gay afirmou que o país está em posição diferente. "A China tem de ser um sócio estratégico. É impossível ignorar o peso que tem na economia mundial."

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/02/1737861-macri-se-afasta-...

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camarada inteligente!!!  com atitudes na contra-mão de nosso governo!!! vai levantar a Argentina!!!

adalberto

O fato de uma eventual distancia do bolivarismo,um recuo com a Venuzuela, são indicios de que este novo presidente, será capaz de levantar a Argentina. Ficou exatamente na contra mão de nossa fraca politica externa e sendo este corrupto PT a nos governar,tudo ficará facil pra eles..Pensa grande o Macri, não dispensa a China(só controla),fala direto com os EUA e reabre politica com o Reino Unido. O cara é bom, nos vamos ter que rebolar para não ficarmos novamente no 2º plano na America do  Sul, quando cuturalmente eramos sobrepuljados por eles e com a mediocridade dos atuais governantes, tudo é possivel.

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