Plantações gigantescas de sisal se estendem por 65 cidades baianas. O estado é responsável por 96% do sisal brasileiro, o “ouro verde do Nordeste” que gera US$ 100 milhões em exportações para o país. Mas a riqueza esconde a realidade de miséria e perigosas condições de trabalho para aqueles que vivem da colheita do sisal.
A repórter Adriana Araújo e equipe da Record TV viajaram até o semiárido nordestino para mostrar o trabalho desumano de adultos e crianças nas lavouras de sisal, matéria-prima para produção de cordas, chapéus e tapetes. Eles trabalham sem descanso até a exaustão para ganhar metade de um salário mínimo por mês. Muitos contam com a ajuda dos filhos pequenos para completar a renda da família e escapar da miséria. Outros vivem como nômades, de cidade em cidade, em busca da sobrevivência.
São trabalhadores que se arriscam nas plantações de sisal no semiárido nordestino. O sisal é uma planta em que se usa a fibra das folhas na produção de cordas, bolsas, chapéus e tapetes. Durante 12 dias, os jornalistas Adriana Araújo, Laura Ferla e Gilson Fredy acompanharam de perto a triste realidade desses brasileiros. A edição é de Mariana Ferrari.
Miga começou a trabalhar nos campos de sisal com apenas sete anos. Virou cevador aos 14. Cevador é o responsável pela máquina que separa a fibra do resto da planta, depois de colhida. “Trabalho mais de 12 horas por dia. Eu acho que é escravidão, eu me sinto escravizado”, desabafa. Cevadores como Miga podem sofrer acidentes graves ao operar o motor. Foi o que aconteceu com seu Jailton e seu Diodato. Os dois tiveram as mãos decepadas pela máquina.
“Eu tinha 15 anos quando a máquina cortou meu braço”, conta seu Diodato. Aos 43 anos, seu Jailton ainda trabalha mesmo após ter perdido a mão esquerda ao manusear o motor. Agora, ele é resideiro, limpa as sobras da planta. As crianças também carregam um fardo pesado nos campos de sisal. Os pais são obrigados a levar os filhos para as plantações porque precisam aumentar a renda da família no final do mês.
“Recolho todas as folhas cortadas pela minha mãe, depois levo a carga para o jegue“, conta a jovem de 13 anos. Os repórteres também registram o dia a dia dos nômades sisaleiros. Esses trabalhadores viajam centenas de quilômetros, de cidade em cidade, atrás de trabalho. Para garantir a sobrevivência até se isolam na mata.
Depois de uma semana longa e desgastante, os lavradores esperam sentados no chão para receber salário. Mas esse é o dia do pagamento ou da angústia para quem depende de 70 reais por semana para sustentar a família?”. A série de videos mostra como os fracos e oprimidos continuam sendo explorados durante os 13 anos de reinado petista. É uma reportagem exclusiva do Repórter Record Investigação veja os vídeos:
Pagamento por trabalho exaustivo leva angústia para lavradores que dependem do sisal
Crianças trabalham nas plantações para completar a renda da família
Cevadores podem sofrer acidentes graves nas plantações de sisal
O dinheiro que Miga faz no campo de sisal não é suficiente para sustentar a família
Wilson Andrade, presidente da Sindifibras, representante de todas as indústrias de sisal da Bahia, conversou com Adriana Araújo, com exclusividade para o Repórter Record Investigação. O representante afirmou que a situação de trabalho nas plantações de sisal não é grave, mas no fim da entrevista, e admite a grave situação que eles enfrentam.
https://recordtv.r7.com/reporter-record-investigacao/adriana-araujo...
Tags:
Prezados.
A história não é recente e, bem ou mal, todos temos alguma informação a respeito. Mas, o que tem sido feito ao longo dos anos? Onde estão e o que fazem os sindicatos que "representam" esses trabalhadores? E as ONGs? Parece que no nordeste as ONGs não atuam, sei lá por qual motivo. Talvez incêndios florestais garantam maior visibilidade.
E os discursos demagógicos dando conta do fim da miséria, onde água potável e um simples sanitário é o sonho de milhares de familias?
Até quando?
Nós temos a alta tecnologia aplicadas as fibras texteis , algodão. polyseter, viscose, mais a favar das
fibras de sisal é um grande descaso desde as industrias do sisal as faculdades de engenharia textil e
escolas têxtil como tambem a Embrapa nada fazem de estudo no sentido de melhorar a qualidade de
trabalho do operariado, melhorando os maqinario(perigosa) nesta etapa de paralelismo/amadurecer das
fibras. Até quando gente?
Quem colocou o jabuti no alto do poste?
Vamos entender que esta situação não é de hoje. Ninguém se apresenta para dizer que viu o jabuti escalando o poste como um saguí?
No fundo, precisamos deste povo como eles precisam do benefeciamento do sisal!
Verdade é que esta situação é confortável para todos. Quando um repórter sacode o galho com o vespero deveria ter chegado antes e ficado mais um tempo. Talvez poderia explicar quem colocou o jabuti no alto do poste!
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por