Por InfoMoney
O planejamento é crucial para pagar menos impostos no plano de previdência (Getty Images)
SÃO PAULO – A previdência privada é uma opção de investimento escolhida por muitos brasileiros que pensam em ter uma renda maior quando pararem de trabalhar. No entanto, muitas pessoas ainda acreditam em mitos relacionados a esse investimento. O InfoMoney desmistifica abaixo três dessas crenças sobre a previdência.
1 – A rentabilidade da previdência sempre vai ser baixa
Por seu histórico de investir mais em produtos de renda fixa, a previdência acabou associada sempre a uma rentabilidade baixa. No entanto, isso não é necessariamente verdade. “A previdência possui outras possibilidades que podem ser exploradas além da renda fixa. Até 49% da carteira de um fundo de previdência pode estar alocada na renda variável”, afirma Mariane Bottaro, Superintendente de Gestão Estratégica da Brasilprev.
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Assim, é possível investir em um plano com estratégia mais agressiva, de modo a perseguir uma rentabilidade mais elevada do que a fornecida usualmente pela renda fixa.
2 – A previdência vai ser sempre um investimento de baixo risco
Quem investiu em 2013 certamente não acredita nesse pensamento. O ano não foi bom nem para a renda fixa nem para a renda variável e, muitas pessoas, viram seus planos de previdência com rentabilidade negativa.
“A população brasileira ainda associa a renda fixa com uma renda garantida, por isso, quando o plano tem forte alta, não há muitos questionamentos, mas quando ele cai, as pessoas se surpreendem”, afirma Mariane Bottaro.
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Além disso, existem planos de previdência mais arrojados, que investem parte de sua carteira no mercado de renda variável. Isso faz com que os riscos sejam muito maiores, uma vez que o mercado de renda variável é mais arriscado.
3 – O imposto de renda faz com que o investimento não valha a pena
O imposto de renda pode pesar na hora de sacar o total aplicado ao longo de anos na previdência. A mordida do leão pode chegar à casa de 27,5% sobre o montante total de aplicações mais rendimentos. Contudo, essa, mais uma vez, é uma questão de planejamento que pode fazer toda a diferença no final das contas.
Existem duas tabelas de cobrança de imposto nos planos da previdência: a regressiva e a progressiva (confira no final da matéria as tabelas completas). Annalisa Dal Zotto, CFP (certified financial planner) certificada pelo IBCPF, afirma que, para quem está pensando mais no longo prazo, a tabela mais adequada é a regressiva.
“Nos dois primeiros anos se paga 35%, no entanto, em dez anos cai para 10%. O modelo da tabela é feito para incentivar o acúmulo para o longo prazo”, explica a planejadora financeira. Assim, o imposto de renda pode contar muito menos no final das contas.
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