Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Presidente da Alpargatas: "'Tarifa contra importado tem efeito nefasto' "

Nota minha : Segundo o critério do BIG MAC,  corrigido para o PIB per  capita  da cada  País , o Real  (ou o Ireal ) é a moeda mais valorizada do planeta, assim como nossos  juros  (  especialmente os que incorporam o spread) são também os mais altos  do  planeta.São estes os dois problemas básicos  da nossa manufatura, detacando-se a agiotagem oficializada. Porque não se ataca estes dois problemas em vez de oferecer paliativos destinadosa tentar segurar  uma política econômica  suicida?

 

'Tarifa contra importado tem efeito nefasto'

Presidente da Alpargatas, que produz Havaianas e Topper, ataca protecionismo do governo e despreparo da indústria

Para Márcio Utsch, importação controla inflação e consumidor já compara preços daqui com o exterior

Luiza Sigulem/Folhapress
O presidente da gigante Alpargatas, Márcio Utsch
O presidente da gigante Alpargatas, Márcio Utsch

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A adoção de barreiras tarifárias para proteger a indústria nacional dos importados chineses vai gerar um efeito "nefasto".

Quem diz é Márcio Utsch, 53, presidente da Alpargatas, maior empresa de calçados e artigos esportivos do país em receita líquida (R$ 2,2 bilhões em 2010), dona de Havaianas e Topper e importadora de Mizuno e Timberland.

"Enquanto a indústria internacional investe e se moderniza, a nacional não está preparada para viver sem proteção", diz.

Voz dissonante no meio empresarial, o executivo critica a adoção, no ano passado, de uma tarifa antidumping de US$ 13,85 para proteger o calçado nacional de importados asiáticos.
"Quem paga a conta do protecionismo são os consumidores."

Antidumping
É um disparate. O consumidor tem acesso à internet. Ele compara com os preços lá de fora e acha que a gente aqui é ladrão. Já temos 35% de imposto de importação no calçado e colocamos mais a tarifa antidumping.
A quantidade de artigos esportivos trazidos pelas pessoas em viagens internacionais é absurda. Mas o governo não vê que está transferindo receita para o exterior.

Brasil x Itália
Tem finalidade quando há um dumping. No caso de calçados não percebo. Quando foi feito o antidumping se comparou a indústria brasileira com a italiana.
Como comparar o preço brasileiro com o da Itália? A gente é parecido em quê? Talvez na beleza das mulheres, no charme do país. Mas em empresa de calçado não dá para comparar.
Contrabando
A barreira à importação estimula o contrabando. Se a tarifa de importação fosse normal, a diferença seria tão pequena que não valeria a pena fazer contrabando.

Carroças
Quando tínhamos proteção ao carro brasileiro tínhamos as famosas carroças. O que aconteceu? A gente abriu a importação e a indústria não quebrou. Lembra da Cobra, indústria de computador? O Brasil não tinha computador. E aí abriu o mercado e deu no que deu: computador barato. Telefonia, a mesma coisa.

IPI para carro importado
Como cidadão me sinto ofendido. Para proteger quem? As multinacionais delas mesmas? Solta as amarras, deixa eles entrarem aqui. Reduzir o imposto é anti-inflacionário, faz o país crescer.
Quando você cria proteção, as indústrias investem menos e ficam atrofiadas. O efeito é nefasto. Você tem que criar filhos expondo-os aos anticorpos. Se você fica dentro de uma bolha, qualquer espirro vira pneumonia

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Comentário de Antonio Silverio Paculdino Ferre em 10 janeiro 2012 às 15:30

Se não há dumping, não é necesário ser contra a taxação! O que mata a industria brasileira está escrito acima: excesso de impostos, custo brasil (até escolta armada para transportadoras) , custo de insumos,etc.

Comentário de Julio Caetano H. B. C. em 29 dezembro 2011 às 20:40

A proteção para a indústria automibilística deve durar até dezendro de 2012.
Os fios de Algodão brasileiro foram penalizados em 16% durante 10 anos.
O Alcool brasileiro deve perder a sobretaxa nos EUA no início do ano.
Como está a do Suco de Laranja?
Só estamos aprendendo a jogar com as regras que nos impõem.

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