O setor têxtil e de confecções teve um primeiro semestre “muito ruim”, e essa situação não deve se reverter no curto prazo, segundo Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
Para Diniz, o principal problema do setor é a concorrência com o produto da China. Segundo um levantamento da Abit, as importações de roupas chinesas cresceram 40% nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2011. De acordo com ele, a China oferece 27 subsídios para a produção têxtil. “O nosso maior ativo é o nosso mercado interno. Estamos sendo ingênuos e entregando para fora.”
Este cenário tem inibido novos investimentos por parte dos empresários do setor, segundo Diniz, que também é presidente da fabricante têxtil Cedro Cachoeira , de Minas Gerais. “O empresário é racional, não vai investir num ambiente desfavorável para o seu produto”, disse.
Para mudar esse comportamento, Diniz afirmou que é preciso uma drástica diminuição do custo de produção no Brasil. Segundo ele, são necessárias reformas tributária, trabalhista, melhoria da infraestrutura e barateamento de transporte e energia.
O presidente da Abit prevê uma melhora do desempenho do setor têxtil no segundo semestre, em função da sazonalidade e da maturação de medidas como desoneração da folha de pagamento, queda dos juros e câmbio em um patamar “um pouco mais confortável”, avalia o executivo.
No segundo trimestre deste ano, houve queda de 5,3% no PIB da indústria de transformação em relação ao primeiro. Os dados foram divulgados na manhã de hoje pelo IBGE.
FONTE: VALOR
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