Por Valor
SÃO PAULO - (Atualizada às 10h04) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,73% em março, após aumentar 0,70% em fevereiro. Com o resultado, o indicador, que é uma prévia da inflação oficial, acumulou alta de 2,11% nos três primeiros meses do ano e de 5,90% em 12 meses. Em março de 2013, o IPCA-15 tinha avançado 0,49%.
O resultado de março, porém, ficou abaixo da média das projeções de 20 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de 0,76%, mas dentro do intervalo das estimativas, de 0,69% a 0,84%.
A inflação de março foi pressionada pelo grupo Alimentação e bebidas, que avançou de 0,52% em fevereiro para 1,11% e teve impacto de 0,27 ponto percentual, sendo portanto responsável por 37% da alta do IPCA-15 do mês.
Outra influência relevante foi a de Transporte, que passou de queda de 0,09% no segundo mês do ano para alta 1,22% em março, com impacto de 0,23 ponto. Juntos, alimentos e transportes somaram 0,50 ponto, sendo responsáveis por 68% do índice do mês.
A pesquisa de março mostrou que vários alimentos chegaram ao consumidor com preços mais altos do que no mês anterior, especialmente o tomate (28,53%), a batata-inglesa (14,59%), as hortaliças (12,72%), os ovos (3,07%) e as frutas (2,05%).
Em Transporte, destacaram-se o movimento das tarifas aéreas (-20,36% em fevereiro para 27,08% em março), das tarifas de ônibus urbano (0,38% para 1,51%) e a mudança no preço do etanol (0,28% para 3,89%). A alta de 27,08% nas tarifas aéreas levou esse item à liderança no ranking dos principais impactos no IPCA-15 do mês, detendo 0,11 ponto percentual. No caso dos ônibus urbanos, refletiu a variação de 7,14% apropriada no Rio de Janeiro em decorrência do reajuste de 9,00% em vigor desde 8 de fevereiro. Quanto ao etanol, a alta de 3,89% teve reflexo sobre a gasolina, que foi para 0,26% após a queda de 0,02% em fevereiro.
Além dos alimentos e dos transportes, Artigos de vestuário também apresentaram aceleração na taxa de um mês para o outro, saindo de queda de 0,68% para alta de 0,19%.
Os demais grupos registraram inflação mais baixa entre fevereiro e março: habitação (0,64% para 0,44%), artigos de residência (1,17% para 0,60%), saúde e cuidados pessoais (0,75% para 0,46%), despesas pessoais (1,19% para 0,78%), e educação (6,05% para 0,53%). Comunicação partiu de elevação de 0,17% para recuo 0,66%.
Dentre as taxas regionais do IPCA-15 de março, as maiores foram as de Brasília (1,26%) e do Rio de Janeiro (1,24%).
Em Brasília, o destaque foi a alta de 51,65% nas passagens aéreas, que, com peso de 1,62%, causou impacto de 0,84 ponto percentual. A taxa do Rio de Janeiro foi pressionada pelo aumento de ônibus urbano (7,14%), que refletiu o reajuste de 9% em suas tarifas a partir de 8 de fevereiro, além do item empregado doméstico (3,45%).
O menor índice de inflação foi o de Recife (0,29%), onde os alimentos consumidos no domicílio tiveram queda de 0,12% em março.
Em São Paulo, a prévia da inflação oficial subiu 0,87%, em Belo Horizonte, teve alta de 0,76%; em Porto Alegre, aumentou 0,66%; em Goiânia, o avanço foi de 0,65%. Em Curitiba, houve elevação de 0,62%; em Fortaleza, de 0,54%; em Belém, de 0,53%; e em Salvador, de 0,37%.
(Valor)
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