Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O comércio varejista de vestuário: cenário pessimista

Na manhã de hoje, o IBGE divulgou os dados de sua pesquisa sobre o comércio varejista, com base no mês de fevereiro: redução expressiva no segmento (vestuário).

Amanhã os jornais devem repercutir o tema, porém em termos gerais, não com o foco setorial que se pretende abordar nesse informe.

Os resultados são inequívocos: há, de fato, um esfriamento na atividade econômica nacional. Neste instante, o governo está tomando medidas pontuais para tentar melhorar o resultado do PIB para esse ano. Ações que vão desde o barateamento do crédito via bancos públicos ? que tem a missão de pressionar o sistema privado a fazer o mesmo ? até mesmo medidas complementares como a nova rodada do Plano Brasil Maior, refletem a tentativa de impedir que o PIB de 2012 também seja um ?PIBinho?.

No que tange à pesquisa, em fevereiro/12 - comparado ao mesmo mês do ano passado - o comércio de vestuário caiu 3,43% e 6,5%, no Brasil e em São Paulo, respectivamente. No acumulado do ano (Janeiro e Fevereiro de 2012), frente a igual período do ano anterior, o recuo foi de 0,89% e 4,06%, na mesma ordem. Na pesquisa, só o acumulado dos últimos 12 meses ainda é positivo, conforme a tabela abaixo.

Difícil acreditar que tenhamos perdido tanto terreno. Quando o comércio estava em alta com as lojas cheias e o consumidor com boas expectativas, entregamos esse dinamismo inteiro nas mãos dos importados. Agora que, lá na ponta da cadeia (varejo), o desempenho do mercado é negativo, certamente o empresário brasileiro ficará com a maior parcela do ajuste. Seguramente o emprego no setor será afetado.

Aliás, o ajuste está inteiro na produção nacional de vestuário, uma vez que o mesmo IBGE apresentou na sua pesquisa sobre produção física (volume) queda de 19,55% e 33,09%, no País e no Estado de São Paulo. Não seria exagero algum falar que estamos vivendo a Grande Depressão da Indústria do Vestuário, já que, em 1929, nos EUA, a produção demorou 4 anos para recuar 45%. Aqui, na indústria paulista, em apenas um ano retrocedemos 33%. O ano mal começou, mas não deve deixar saudades, sob o ponto de vista da indústria.

FONTE: SINDIVESTUÁRIO

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