Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Roberto Freire Diz que Desempenho Industrial Brasileiro é Um "Desastre"

Freire diz que desempenho industrial brasileiro é um "desastre"

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), considerou “um desastre” o resultado do desempenho do setor industrial em 2011. O segmento ficou praticamente estagnado, subindo apenas 0,3% no ano. Freire disse que o processo de desindustrialização por que passa o país “é de suma gravidade”.

Freire conclamou seus seguidores no twitter (freire_roberto) a ler os artigos do ex-governador José Serra e do professor-doutor do departamento de economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda sobre o assunto. Ambos estão disponibilizados no site do PPS.

Tanto Serra quanto Lacerda atribuem a responsabilidade da quase estagnação da indústria nacional às importações de manufaturados. Para Lacerda, ela é fator preponderante “em praticamente todos os seguimentos industriais, muitas vezes substituindo a produção local em elos relevantes da cadeia produtiva”.

A manutenção do real desvalorizado, por sua vez, diminui a competitividade da indústria nacional, afirma o especialista. O “custo elevado de financiamento e crédito, carga tributária sobre investimento e exportação, e infraestrutura e logística caras e deficientes”, além do elevado custo dos insumos prejudicam a capacidade competitiva e prejudica a geração de valor agregado local, conforme análise de Lacerda.

“A indústria parou. Nos tornamos um mercado de consumo relevante, mas um produtor decadente”, ressalta o doutor em economia. Para ele, a desindustrialização é fenômeno “precoce e intempestivo” no Brasil, e é um processo que deveria ser combatido fortemente. A indústria é fator de desenvolvimento e o Brasil pode ser produtor de bens primários ou manufaturados.

José Serra

Na avaliação do ex-governador José Serra, a indústria brasileira anda de lado, como caranguejo. Ele faz um paralelo entre a expansão do consumo e a retração do setor industrial, apontando o déficit na balança comercial do setor, que cresceu 37% em relação  a 2010, chegando a R$ 44 bilhões, como prova de que as importações cresceram “vertiginosamente”.

“Há uma desindustrialização em marcha no Brasil. Além do encolhimento do setor

Em relação ao PIB (faz mais de uma década) há uma desintegração crescente das cadeias produtivas, tornando algumas atividades industriais parecidas com ‘maquiadoras’ mexicanas”, afirma Serra no texto.

O ex-governador critica, ainda, a pesada “e distorcida” carga tributária que recai sobre a indústria e exemplifica: “de cada R1 do custo do kw de energia elétrica, R$ 0,52 vão para tributos e encargos setoriais”. Outra causa da desindustrialização, aponta, são os problemas de infraestrutura. “O governo federal destina pouco para investir e investe pouco daquilo que destina, em razão da falta de planejamento, prioridades e capacidade executiva”. Serra lembra que o Brasil tem um dos menores investimentos públicos do mundo. Além disso, o governo não conseguiu fazer parcerias com a iniciativa privada.

A sobrevalorização do real, analisa Serra, torna mas baratas as importações do país e encarece suas exportações de manufaturados. “Levá-la em conta ajuda a compreender por que temos o Big Mac mais caro do mundo e os nossos turistas em Nova York, embora em menor número que alemães e ingleses, gastam mais que esses dois somados”.

Serra não acredita que o programa Brasil Maior, do governo federal, dê conta do desafio de dar cabo dos problemas da indústria. “Faltam envergadura e capacidade de implantação, sobram distorções”, diz.

Ao se desindustrializar, ressalta o ex-governador, o país está perdendo sua maior conquista do século XX. Sobre o título do artigo, “A vanguarda do atraso”, ele salienta que “envolve um conceito que tornaria o futuro da economia brasileira vítima de um presente de leniência e indecisão. Conceito que pauta, de fato, o lulopetismo”.

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Comentário de julio cesar de souza em 13 fevereiro 2012 às 16:49

Eu acho "graça" quando estão no poder nada fazem ou, pior, só fazem em benefício pró-

prio(PRIVATARIA TUCANA) e depois vêm colocar a culpa na falta de atitude da força

produtiva brasileira. Que tem seu maior "CALO" no custo da dívida pública que eles

se esforçaram e esforçam a produzir e colocá-la em nossas costas.

Comentário de Sam de Mattos em 8 fevereiro 2012 às 11:19

Honestidade e a nossa obrigacao. Temos que se-lo independente de tudo, ingenuidade incluida.

Denunciar, e o que temos que fazer. Ate que as Pedras o facam por nos. SdM

Comentário de Jorge Medeiros em 7 fevereiro 2012 às 22:55

Esta ficano inviável.

Politico não presta.

Banqueiros não prestam.

Partidos politicos não prestam.

Impostos são impagaveis.

Como viver e empreender nesse ambiente? Só entrando em conluio, virando cumplice de alguma maracutaia.

Esses sim se dão bem.

Ou é muita ingenuidade dos honesto?

Comentário de Odete Ferreira em 7 fevereiro 2012 às 20:36

ola! Roberto voce falou tudo. só não concordo com o lulopetismo.

Comentário de adalberto oliveira martins filho em 7 fevereiro 2012 às 18:23

todos estão chegando a um consenso : raro politico presta!!! portanto pessoal, esta visto que nao tomarão as atitudes necessarias....portanto vamos nos organizar para;

A) PARA O BRASIL ATÉ QUE SEJA ESTIPULADA COTAS - MAXIMO 30% DO ANO ANTERIOR

B) LICENÇA DE IMPORTAÇÃO  SOMENTE APÓS 90 DIAS NO MINIMO, E SE AINDA HOUVER COTAS!!!!

nao precisa mexer ( e nem é possivel articicializar cambio ) e nem tributos!!! 

VAMOS PRODUZIR!!!! SOEMNHTE ASSIM É QUE O GOVERNO TOMARÁ ATITUDES!!!! COMO TODOS ESTÃO FALANDO : É MUITA LENTIDÃO....MUITAS PROMESSAS .....E NADA ACONTECE!!!! ESTÁ EM NOSSAS MAOS O PODER!!!!

SINDICATOS , POR FAVOR , MOBILIZEM PARA UMA GREVE GERAL EM TODOS 0OS SETORES....VAMOS RESOLVER ESTA TORMENTA DE VEZ!!!! E TRABALHAR !!!!!É O QUE APENAS O BRASILEIRO QUER!!!!

ADALBERTO 19 9764 7960

Comentário de Edson Baron em 7 fevereiro 2012 às 13:14

Vc tem razão Nelson!

Mesmo que não façam nada, mas pelo menos expondo a voz na mídia já é alguma coisa. Um cutucão a mais no governo que tem se demonstrado extremamente preguiçoso, lento, e insensível em tomar atitudes, apesar de falar e prometer bastante.

Sabe como é, às vezes o saco, de tão cheio, derrama com esses falastrões.

Comentário de nelson ginetti em 7 fevereiro 2012 às 12:52

Sam e Edson, vcs tem razão sobre nossos politicos e a questão da educação. Contudo, quanto mais gente expor a nossa questão (desindustrialização) melhor, pois vai aumentando a massa critica e no final o governo vai se sentir na obrigação de fazer algo. Tenho visto comentaristas economicos baterem contra qualquer medida para disciplinar o cambio ou impor restrições às importações. Obvio que estão defendendo interesses outros, como de importadores e daqueles que estão muito endividados em dolar. Então essas manifestações  são importantes para a nossa causa comum.

Comentário de Edson Baron em 7 fevereiro 2012 às 12:07

O mais interessante dos políticos é que sempre têm solução para tudo somente quando estão na oposição, ou seja, fora do governo. Quando são governo pouco resolvem. "Estranhamente" desaprendem! Apenas continuam sabendo, com muita maestria, acomodar seus apadrinhados, suas gangues. Sim, a maioria não passa de gangues de salteadores. Tomam posse do governo como se fossem recursos seus e não da comunidade. Oras, com um judiciário caindo de podre, não dá para ser diferente, não?!!!

As administrações atuais - federais, estaduais, municipais, e etc. - fazem jus a esse mesmo dilema. Não importa se do PT, PSDB, PPS, ou da PQP (desculpem minha franqueza).

Guido Mantega talhou o termo "guerra cambial" e costumeiramente cita os efeitos nefastos sobre a economia e o setor produtivo, mas ação mesmo que interessa, ... cadê??? Só blá blá blá blá blá blá blá blá blá. Apenas um sonoro blá blá blá.

Acabo de ver o lucro recorde do Itaú em 2011 - R$ 14,7 bilhões (o maior de todos os tempos no Brasil). Ótimo! Nada contra o lucro! Absolutamente! Não podemos ter repulsa ao lucro, pois é ele o motor que representa a continuidade de toda empresa. O que não dá para aceitar é um setor nadar em esplendedor, com juros da agiotagem oficializada e o setor produtivo totalmente jogado às traças.

Deveria ruborizar qualquer social democrata. Não ruboriza os do Brasil, porque para estes a social democracia cabe em seus bolsos. Estando eles cheios está tudo bem.

Dane-se o setor produtivo.

Danem-se os empregos.

Danem-se os idiotas pagadores de altos impostos para serviços públicos de milésima categoria.

Danem-se os palhaços sorridentes com suas migalhas.

Dane-se esse imbecil que vos escreve, acreditando que um dia poderá ser melhor para nosso setor, e que nossa Primavera, possa enfim dar flores.

Quanto aos políticos, seguiremos trabalhando para sustentar esses calhordas. Roberto Freire é apenas mais um deles que, ganha muito, fala muito, custa-nos muito, mas nada faz.

Obs.: Ele mudou seu domicílio eleitoral para SP ao perceber que teria pouca chance de ser eleito no PE. Com certeza se cansaram de suas falácias por lá, então veio enganar os babacas de cá.

E tenho dito!

Comentário de Edson Machado da Silva em 7 fevereiro 2012 às 10:41

Prezada Silvia,

 

creio que Você esteja equivocada. Apesar de Roberto Freire ter nascido em Recife/PE, ele

é o presidente nacional do PPS, e deputado federal por São Paulo  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Freire_(pol%C3%ADtico).

 

Quanto ao assunto comentado, espero que nossos políticos estejam, realmente, preocupados com a situação de desindustrialização que vive o país e faça coro conosco, no sentido de cobrar nossos governantes, ou seja, espero que não seja mais uma promessa de campanha, visto que estamos em ano eleitoral, que não se cumprirá.

 

Abraços à todos!

 

Edson Machado

Comentário de nelson ginetti em 7 fevereiro 2012 às 9:49

Mas que bom termos politicos de peso falando a mesma linguagem! A eles se juntam um Rubens Ricupero que afirma que o dolar deveria estar acima de R$ 2,50,  Delfim Netto e mais um grande grupo de economistas da melhor qualidade que apontam para o desalinhamento cambial um dos principais fatores da desindustriaização. Só não vê quem não quer! Na outra ponta, estão os endividados em dolares, os importadores de bens de consumo que não se importam com as graves consequencias que essa politica(de valorização do real)  vai nos levando....Acorda Brasil!

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