GENEBRA - O empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, maior empresa têxtil do Brasil, garantiu hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC) que o maior culpado pela ameaça de setores da indústria brasileira estarem se transformando virtualmente em 'maquiadores' é mesmo o real excessivamente valorizado.
Único brasileiro convidado a falar no seminário sobre câmbio e comércio, Gomes da Silva reconhece que outros problemas (infraestrutura, complexidade tributária, etc) contribuem para reduzir a competitividade dos produtos brasileiros.
“Mas posso assegurar a vocês que o desalinhamento das taxas de câmbio está no coração dos problemas que o setor industrial enfrenta no Brasil”, acrescentou o empresário, diante de representantes do setor privado, governos, instituições internacionais e acadêmicas, reunidos na OMC a portas fechadas.
Silva exemplificou que a indústria de eletrônicos no Brasil se tornou virtualmente uma 'maquiadora', com as importações representando mais de 60% do segmento. No setor de máquinas e equipamentos, o país deixou de ser o quinto maior produtor para ocupar a 14ª posição.
O setor químico teve déficit de US$ 26 bilhões. Mesmo em setores onde o Brasil era muito competitivo, como papel e celulose, as importações mais que dobraram em dois anos. Em 2011, o déficit com manufaturados atingiu US$ 92,5 bilhões, comprado a superávit de US$ 5,1 bilhões seis anos atrás.
Josué Gomes da Silva reiterou que a indústria brasileira sofre duplamente, de um lado com o real excessivamente valorizado e de outro com moedas desvalorizadas, como a do principal parceiro, a China. Para ele, a OMC precisa determinar mecanismo para corrigir essa situação que ameaça o próprio crescimento da economia no longo prazo.
O debate na OMC reflete o que era esperado: a divergência entre os membros sobre compensar variação cambial com sobretaxa a importações.
(Assis Moreira | Valor)
Fonte:|http://www.valor.com.br/brasil/2589558/em-evento-na-omc-coteminas-d...
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Brasil pede combate a desequilíbrios cambiais em reunião da OMC
Genebra, 27 mar (EFE).- O Brasil pediu nesta terça-feira na Organização Mundial do Comércio (OMC) que sejam estabelecidos mecanismos, existentes ou novos, para combater os desequilíbrios cambiais que afetam as economias exportadoras e evitar assim "uma onda de protecionismo".
Nesta terça-feira aconteceu o primeiro de dois dias de um seminário a portas fechadas da OMC para analisar o impacto das taxas de câmbio no comércio internacional a pedido do Brasil, que se sente prejudicado pela valorização de sua moeda e pelo que considera uma desvalorização artificial de divisas como o dólar, o euro e o iuane.
O embaixador do país na organização, Roberto Azevedo, afirmou que o primeiro dia serviu para constatar que ninguém nega que exista um desalinhamento cambial (contínua mudança em alta ou queda de uma divisa) como o que está afetando as exportações brasileiras, embora haja divergências sobre suas causas e raízes.
Neste contexto, Azevedo considerou que, uma vez determinado que esse desequilíbrio existe, a OMC deve proporcionar "os mecanismos, disciplinas, existentes ou novas, que permitam enfrentar a situação, evitando uma espiral de protecionismo".
Azevedo pediu à OMC que "ofereça uma contribuição além da discussão", uma contribuição que "pode ser mais eficaz e operacional, desenvolvendo disciplinas que enfrentem os aspectos comerciais relacionados com as taxas de câmbio".
O embaixador brasileiro esclareceu que a OMC não tem a obrigação de solucionar as causas que produzem estes desequilíbrios cambiais nem apontar culpados, mas determinar o que pode ser feito a respeito após identificado e quantificado o problema.
Na sua opinião, a discussão interessante na OMC a partir de agora é orientada a avaliar as disciplinas e mecanismos já em andamento na organização na solução de outros problemas comerciais para sua eventual aplicação às taxas de câmbio.
Azevedo ressaltou que a discussão viaja em torno dos desalinhamentos - que não são uma oscilação do dia a dia, mas "mudanças significativos nos níveis da taxa de câmbio"- e admitiu que, apesar da unanimidade sobre a existência de um problema, "não há neste momento um consenso sobre o caminho a seguir".
A leitura positiva foi de que "começa a ganhar forma uma conversa que se movimenta do diálogo abstrato em direção a algo mais real" e que "há anos ninguém tinha imaginado esta discussão".
Na primeira jornada do seminário participaram representantes dos setores privado e público, que ofereceram suas visões sobre as causas e efeitos dos desequilíbrios cambiais.
Foi discutida a intervenção direta dos Estados no mercado cambial para controlá-lo, prática da qual a China é acusada, e das intervenções fiscais e monetárias após a crise, particularmente nos EUA e na Europa, que provocaram grandes fluxos de capital além das fronteiras, afetando as taxas de câmbio.
No caso do Brasil, o executivo-chefe da Coteminas, Josué Gomes da Silva, expôs que em um período de cinco anos as exportações foram multiplicadas por seis, uma situação que foi revertida inteiramente nos três anos posteriores à crise pela desvalorização das grandes divisas e a apreciação do real.
O seminário foi inaugurado pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, para quem a instituição não pode resolver por si só as questões macroeconômicas que afetam a oscilação das taxas de câmbio.
"O sistema da OMC, suas políticas e regras, não poderão resolver as questões macroeconômicas que estão no núcleo dos comportamentos das divisas no mundo todo", disse Lamy.
"As regras da OMC não regularão as pautas nacionais de consumo ou de economia, não solucionarão os problemas de competitividade das indústrias domésticas, não determinarão as taxas de juros nacionais", afirmou Lamy, que apostou por um enfoque global.
Lamy defendeu "impulsionar a reforma do sistema monetário internacional" e argumentou que "as tentativas unilaterais para mudar ou reter o sistema atual não funcionarão".
Trata-se de uma disciplina pendente desde a derrubada há quatro décadas do sistema de Bretton-Woods, nascido após a Segunda Guerra Mundial, com o qual, segundo lembrou Lamy, "havia um sistema de ajuste ordenado das taxas reais de câmbio".
"Não era ideal, mas se manteve. Mas havia um sistema, que proporcionava um sentimento de Governo organizado do sistema monetário internacional. Isto é o que nos falta hoje", disse. EFE
Fonte:|http://br.noticias.yahoo.com/brasil-pede-combate-desequil%C3%ADbrio...
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ou seja : continuamos na mesma!!!! isto nao é problema de OMC.....cambio é problema de cada país!!! nao é PROTECIONISMO e sim DEFESA COMERCIAL.....em tempo de guerra urubú é frango!!!! ou seja:: a unica coisa que pode salvar este pais é ATITUDE !!!!!!!! SE O GOVERNO NAO TOMAR...SOMOS NÓS QUE TEMOS QUE TOMAR!!!!! O GOVERNO SOMENTE FARÁ ALGUMA COISA, SE A GENTE SE MEXER!!!! ESTA CORJA SOMENTE FUNCIONA SE PRESSIONARMOS!!!! E TEM QUE SER DE FORMA RADICAL!!! PARA QUE SE ESTABELAÇA COTAS E AUMENTO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO!!!!
INFELIZMENTE JOSUE NAO É ""O CARA"" PARA NOS REPRESENTAR!!!! NAO SE ESQUEÇAM DO MENSALÃO X COTEMINAS!!!! DELUBIO SOARES X COTEMINAS!!!! TEM TELHADO DE VIDRO!!!!
Certamente , o maior problema do empresário é o câmbio, embora não seja o único problema. Existem outros, como infraestrutura viária e portuária, ferrovias, educação, e falta de mão de obra qualificada. Pensando bem, o principal problema do empresário é o governo. Dependendo do critério do Big Mac ( Economist ) usado, se sem ou com o fator renda per capita. No primeiro caso estima-se a sobre valorização em 45%. No segundo, estima-se em 145% . Segundo o Economist nossa inflação também está subestimada. - não tando como a inflação da Argentina
Em tempo de guerra urubú é faisao! rs
adalberto oliveira martins filho disse:
ou seja : continuamos na mesma!!!! isto nao é problema de OMC.....cambio é problema de cada país!!! nao é PROTECIONISMO e sim DEFESA COMERCIAL.....em tempo de guerra urubú é frango!!!! ou seja:: a unica coisa que pode salvar este pais é ATITUDE !!!!!!!! SE O GOVERNO NAO TOMAR...SOMOS NÓS QUE TEMOS QUE TOMAR!!!!! O GOVERNO SOMENTE FARÁ ALGUMA COISA, SE A GENTE SE MEXER!!!! ESTA CORJA SOMENTE FUNCIONA SE PRESSIONARMOS!!!! E TEM QUE SER DE FORMA RADICAL!!! PARA QUE SE ESTABELAÇA COTAS E AUMENTO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO!!!!
INFELIZMENTE JOSUE NAO É ""O CARA"" PARA NOS REPRESENTAR!!!! NAO SE ESQUEÇAM DO MENSALÃO X COTEMINAS!!!! DELUBIO SOARES X COTEMINAS!!!! TEM TELHADO DE VIDRO!!!!
Sem duvida: Pais forte, moeda forte.
Basico de economia em uma sociedade de cambio livre, nao manipulado pelos generais.
Eh o tal fogo de morro acima, agua de morro abaixo ... e moeda quando quer dar, de subir, ninguem segura.
Serrada a serragem, ainda ha um outro fator para a exportacao: Qualidade. Muito bem antes dos "problemas" cambiais, a enorme rede mundial Wall Mart, cancelou uma ordem gigante de tolhas dessa firma, por falta de qualidade. Vi numa de suas fabricas em Liman, SC, montanhas de toalhas. Creio que foram vendidas como pano de chao, ou alguma coisa assim. O fim delas nao sei, nem me interessei. Nem tampouco participarei da futura carreira publica do jovem CEO. E para voces votar nele. SdM
País forte, moeda forte? Onde você leu isto? O Brasil é um País forte? Em que sentido? Tecnológico? Cientifico? Infraestrutura ? Justifique porque um Big Mac custa aqui ( em dólares 6,2) , sendo que que um Big Mac nos Estados Unidos ( lá 4,07) . O Real nasceu forte , nasceu valendo mais que o dólar com o plano Real ,e a única relação disto com os Generais , é que o pai do FHC era General. Não deu para segurar , e o Real foi desvalorizado em 1999, em cerca de 30% o que resultou no aumento das exportações e superavits comerciais . Nossa industria têxtil tem toda condição de produzir artigos com qualidade. Certamente toalhas. Certamente quem vende maquinas usadas , refugo tecnológico, para o Brasil , ou vive de importação está muito satisfeito, com esta situação que vem acabando com nossa manufatura.
Pedir à OMC que estude solução, sem apresentar sequer uma sugestão, parece loucura. Se uma tentativa já completou 40 anos, o que fomos fazer lá? O sr Adalberto tem razão: temos que pegar em nossas armas, urgente, enquanto existimos. Não podemos deixar para nossos filhos o legado de inoperantes. Sempre trabalhamos pesado e os governos com uma simples assinatura muda todo nossa sistema.
Edison: Por gentileza, leia alguns dos meus textos prévios e terá a minha ótica. Escrevi há uns 7-10 dias, um detalhado artigo, explicando alguns os Fundamentos Econômicos pelos quais seria fútil o BC comprar Dólares para artificialmente desvaloriza-los. Não funciona em longo prazo.
No momento a economia do Brasil esta fortalecida pela sede mundial de commodities, e o Brasil as têm em abundancia. Nisso gera essa fortaleça momentânea da moeda. Sei que o real também está fortalecido “comparativamente" por meio de hiper-impressao de papel moeda (Euro e Dólar) bem como a China manipulando o seu cambio. Mas não estou predisposto a debater Keynes e reescrever o já escrito. Tudo o que voce expos esta correto. Não é só o Mc Donald Tche. A PICANHA AQUI NA CAROLINA DO SUL CUSTA 300% mais barato do que no RGS. A gasolina e muito melhor e custa a metade. Roupas nem se fale. A vida aqui e muito mais barata - em QUASE TUDO. Mais isso é outra vertente. Um bom dia. SdM
EDISON BITTENCOURT disse:
País forte, moeda forte? Onde você leu isto? O Brasil é um País forte? Em que sentido? Tecnológico? Cientifico? Infraestrutura ? Justifique porque um Big Mac custa aqui ( em dólares 6,2) , sendo que que um Big Mac nos Estados Unidos ( lá 4,07) . O Real nasceu forte , nasceu valendo mais que o dólar com o plano Real ,e a única relação disto com os Generais , é que o pai do FHC era General. Não deu para segurar , e o Real foi desvalorizado em 1999, em cerca de 30% o que resultou no aumento das exportações e superavits comerciais . Nossa industria têxtil tem toda condição de produzir artigos com qualidade. Certamente toalhas. Certamente quem vende maquinas usadas , refugo tecnológico, para o Brasil , ou vive de importação está muito satisfeito, com esta situação que vem acabando com nossa manufatura.
Poxa Cavalcanti me esqueci de endereçar o segundo ponto:
I Ha umas 30 firmas brasileiras atualmente importando maquinas antigas ao Brasil. O Brasil parasse estar sedento desses bens duráveis, sem debater o termo.
II Também há um enorme influxo (ou houve) dessas maquinas ao Brasil – e Argentina – por parte da Coteminas, ao deslocar maquinas da Springs Global para esses países.
III- Quanto a minha firma, há dois anos IMPORTAMOS maquinas usadas do Brasil. Agora os Grandes Importadores são Índia, Paquistão, Bangladesh e Vietnam.
Essas informações são a titulo de informação. Um bom dia.
Sam de Mattos disse:
Edison: Por gentileza, leia alguns dos meus textos prévios e terá a minha ótica. Escrevi há uns 7-10 dias, um detalhado artigo, explicando alguns os Fundamentos Econômicos pelos quais seria fútil o BC comprar Dólares para artificialmente desvaloriza-los. Não funciona em longo prazo.
No momento a economia do Brasil esta fortalecida pela sede mundial de commodities, e o Brasil as têm em abundancia. Nisso gera essa fortaleça momentânea da moeda. Sei que o real também está fortalecido “comparativamente" por meio de hiper-impressao de papel moeda (Euro e Dólar) bem como a China manipulando o seu cambio. Mas não estou predisposto a debater Keynes e reescrever o já escrito. Tudo o que voce expos esta correto. Não é só o Mc Donald Tche. A PICANHA AQUI NA CAROLINA DO SUL CUSTA 300% mais barato do que no RGS. A gasolina e muito melhor e custa a metade. Roupas nem se fale. A vida aqui e muito mais barata - em QUASE TUDO. Mais isso é outra vertente. Um bom dia. SdM
EDISON BITTENCOURT disse:
País forte, moeda forte? Onde você leu isto? O Brasil é um País forte? Em que sentido? Tecnológico? Cientifico? Infraestrutura ? Justifique porque um Big Mac custa aqui ( em dólares 6,2) , sendo que que um Big Mac nos Estados Unidos ( lá 4,07) . O Real nasceu forte , nasceu valendo mais que o dólar com o plano Real ,e a única relação disto com os Generais , é que o pai do FHC era General. Não deu para segurar , e o Real foi desvalorizado em 1999, em cerca de 30% o que resultou no aumento das exportações e superavits comerciais . Nossa industria têxtil tem toda condição de produzir artigos com qualidade. Certamente toalhas. Certamente quem vende maquinas usadas , refugo tecnológico, para o Brasil , ou vive de importação está muito satisfeito, com esta situação que vem acabando com nossa manufatura.
sei APENAS que há alguns anos atrás exportavamos inclusive para RUSSIA!!! ( participei de uma negociação....e havia interesse em comprar tecidos de decoração....)
agora.....se fecham as grandes fabricas de Santa Catarina , algumas centenarias ou quase, tradicionais com maquinario de ultima geração, engª de desenvolvimento...tinturaria que dá agua na boca....laboratorios com altissimos investimentos..pessoal altamente qualificado e super profissionais....por qual motivo???/
simplesmente por termos ASNOS que nos governam!!! nao queremos protecionismo, mas sim DEFESA COMERCAIL!!!!!
somos os maiores exportadores de comodites !!!! QUE BURRICE!!!!!! se manufaturamos no Brasil, metade destes comodites, é obvio que nao tremos gente para trabalhar!!!! e daí??? portanto o negocio é exportar apenas produtos com valor agregado, e o excedente sim poderia ser comodites( materia prima ) ....o resto é pura papagaiada!!! asneira e mais asneiras deste governo que nao sabe o que faz...está totalmente sem rumo!!!!
mais uma vez....Josué....a OMC nao pode intervir em nada!!!com seu grau de instrução deverias saber disto!!! largue a mao de proteger D Dilma ....o que precisamos é ATITUDE AQUI NO BRASIL DE NOSSOS GOVERNANTES!!!! portanto vá pentear macacos!!!!
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