Luís Guilherme Barrucho - BBC
Câmbio afeta indústria
O Brasil vive um cenário de desindustrialização - a indústria perde peso no conjunto da economia - mas, segundo economistas, o câmbio não é o "único culpado" como vem sendo apontado por governo e empresários.
Para esses especialistas, há um consenso de que o real valorizado afeta a competitividade da indústria brasileira, uma vez que incentiva as importações ao mesmo tempo que atravanca as exportações, embora esteja longe de ser a raiz do problema, como argumentam dirigentes industriais.
Tal cenário piorou com a recessão nos Estados Unidos e na Europa, uma vez que as indústrias desses países, com um consumo interno desaquecido, passaram a buscar novos mercados para escoar sua produção, como o Brasil e outros emergentes. Com menor consumo nos países ricos, outros grandes exportadores, como a China, também vêm buscando ampliar seus mercados onde o consumo permanece alto.
Custo Brasil
Segundo os economistas, o desaquecimento da indústria nacional deve-se muito mais aos gargalos estruturais já existentes no país, o chamado "Custo Brasil" - como a elevada carga tributária (em torno de 36% do PIB), a infraestrutura precária e a baixa produtividade do trabalhador - além de uma política de expansão fiscal por parte do governo (que, ao gastar mais, deixa de poupar e, assim, investe menos).
A taxa de investimentos privada, incluída aí a compra de maquinários, também é considerada baixa.
"Tudo isso acaba encarecendo o produto final, que não consegue competir com um similar que vem de fora", disse Ruy Quintans, professor de economia do Ibmec-RJ.
No último ranking do relatório Doing Business do Banco Mundial, que mede a facilidade de se fazer negócios em cada país, o Brasil aparece na 126ª posição entre as 183 nações avaliadas.
Morte da indústria brasileira
No ano passado, a participação no PIB da indústria de transformação (representada pela cadeia industrial que transforma matérias-primas em bens de consumo ou em itens usados por outras indústrias) foi de apenas 14,6%, segundo o IBGE.
O patamar é o mais baixo desde 1956, quando esse segmento respondeu por 13,8% da soma de bens e serviços produzidos pelo país.
Para o economista Rodrigo Constantino, fundador do Instituto Millenium, ao anunciar medidas pontuais (como o aumento do IOF - imposto sobre operações financeiras), "o governo tem atacado mais os sintomas do que as causas dos males que afetam nossa indústria".
Daí a necessidade de políticas que atinjam todos os setores da economia, como a tão pedida reforma fiscal, bem como novas regras previdenciárias que custem menos ao setor produtivo, segundo os economistas.
O cenário de desindustrialização tem impactado, de maneira mais forte, alguns setores específicos - caso da indústria têxtil, que teve retração de 9,2% em 2011, frente à entrada cada vez maior de tecidos chineses no país.
De janeiro a dezembro de 2011, a indústria de transformação também cresceu aquém do esperado (+0,1%), o que elevou os temores de que o setor continue perdendo espaço para concorrentes estrangeiros, levando a demissões e ao fechamento de fábricas a curto e médio prazo.
Segundo entidades que representam o setor, no ano passado, a expansão da demanda por manufaturas foi inteiramente suprida por produtos importados.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a atividade industrial seguirá desaquecida. Dados da última pesquisa "Sondagem Industrial" apontaram que tanto a produção quanto o nível de emprego da indústria em fevereiro ainda se encontram abaixo do patamar recomendável, levando a atividade industrial a registrar retração pelo sexto mês consecutivo.
Formação dos trabalhadores
Se a indústria dá sinais de fôlego curto, o setor de serviços, por outro lado, tem crescido e ocupado cada vez mais espaço no conjunto da economia brasileira. Segundo o IBGE, o setor de serviços representa 67% do PIB em 2011, alta de 2,7% em relação ao ano anterior.
Mas o que poderia ser um sinal de desenvolvimento, pode significar um problema adicional, dada a baixa especialização dos trabalhadores brasileiros. A baixa produtividade (fruto da educação deficiente) também funciona como um freio no desenvolvimento da economia brasileira.
Em países que passaram por processo semelhante, como os Estados Unidos, industrias inteiras foram transferidas para países de produção mais barata - como a China. O vácuo, no entanto, foi preenchido por setores industriais mais desenvolvidos, que apostam na inovação e agregam mais valor aos produtos, aumentando a renda do trabalhador.
"Nessas nações, a indústria perdeu espaço porque, de tão desenvolvida, dinamizou outros setores da economia, que ganharam força, aumentando a renda média da população", concluiu Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões (GAP) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para os especialistas, a desindustrialização no Brasil ocorre sem a mesma contrapartida de elevação de renda per capita observada nos países ricos, como Estados Unidos e Japão. E o problema, mais uma vez, esbarra no déficit de formação do trabalhador.
Fonte:|http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=c...
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para variar....tivemos um ""BIG"" pacote de desenvolvimento , alias o 4º em quase 16 meses de governo. reconheço que talvez seja pouco tempo, entretanto é notório que para mexer 1 agulha, se faqz um estardalhaço terrível!!! como se este pacote fosse realmente um ""BIG"" !!! cacamba....eu nao acredito em mais nada!!! daqui para diante, o povo tem que tomar atitudes radicais contra o governo!!! nao dá mais para continuar!!! qdo Dilma encerrar este mandato, ainda nao se realizou nada do que realmente é necesario, e que são medidas simples: LIMITAR IMPORTAÇÃOS COM COTAS!!! o resto deixa como está!!! durante o curso se faz ajustes!!! para conhecimento de todos : APESAR DA OPERAÇÃO MARÉ VERMELHA a corrupção em Santos continua a mesma ...piorou apenas ""os valores"" pago em propina!!!! o brasileiro perdeu a vergonha na cara!!! funcionarios publicos, em geral, que deveriam ser servidores e apenas cumprir com sua tarefa, estão achacando cada dia mais!!! se eu quiser trazer confecçoes, nao tenho tanto ""problemas"' como para trazer maquinas!!!!!!alias agora necessita de mais ""laudos"" e ""certificados"" de abimaq e com maior tempo!!!etc..etc...nao sou contra , mas por favor....para confecçoes vc consegue trazer praticamente de imediato!!!nao há impecilhos!!!!!
os valores aduaneiros são absolutamente ridiculos!!! e NADA MUDOU!!!! 1 KG DE CONFECÇÃO IMPORTADA DA CHINA AINDA MANTEM UMA DIFERENÇA RIDICULA SE COMPARADA COM 1 KG DE MATERIA PRIMA!!!!
PQP!!!!
se temos um governo que nao pode atender as necessidades de quem o sustenta , simplesmente vamos dar-lhes cartão vermelho!!!se em uma empresa vc nao atende aos anseios minimos desejados, vc está na rua!!! e nosso governo e toda a classe politica tem seus privilegios e nada acontece!!!!
pessoal...VAMOS ENTRAR COM O PÉ E O GOVERNO COM A BUNDA!!! pelo amor de Deus...vamos fazer algo!!!!
NAO DÁ PARA ESPERAR MAIS UM MINUTO SEQUER!!!!!!!!
temos noticias conflitantes, que a economia vai a todo vapor, desemprego em queda!!! caramba!!! e as industrias fechando
fiquei por 10 dias junto com pessoal da It6alia,l que vendemos maquinas....pois bem....em fevereiro tenhamos negociado 8 maquinas....e nesta semana, retroagiram , ou seja voltaram atras.....e somente 2 que ficaram efetivamente negociadas.
motivos :
a) empresas tradicionais, super desenvolvidas, estruturadas .....simplkeesmente nao estão aguentando nem importando!!!!
b) empresas entrando em ferias em pleno mes de abril???ridiculo!!! em junho vamos ter umk desemprego muito alto!!! e o governo acredita que todo 2] semestre é forte !!! realemnte sempre foi!!! exceto o ano passado!!! a decadencia é constante , mas vagarosa!!!!! qdo abrirem os olhos ...já fomos para o saco!!!!!
este pessoal da Italia, ficou abismado como a situação aqui no Brasil muda rapidamente!!! enquanto que na Italia , alias na europa interira somente se ouve falar que o Brasil é o unico pais que esta crescendo!!! que está desenvolvendo a passos largos , que é parceiro comercial ( trouxa na realidade...) da china e de todos os paises que queiram ter relaçaoes comerciais, que o Brasil ""ajuda"" todos os paises, nao limitando as importaçoes ..etc..etc...enfim...todos acreditam na falsa imagem que lhes foi passada!!!! este italiano retornou para italia decepcionado, e deixa bem claro : infelizmente esta terra maravilhosa, onde nao há extremos de temperatura, com paissagens maravilhosas, povo acolhedor e alegre nunca acreditou que a Asia pudesse desmontar as empresas!!!! da mesma forma que os paises europeus , que somente agora é que tardiamente impoem restriçoes às importaçoes!!!
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