Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estilistas revolucionários, como a alemã que cria tecidos a partir do leite azedo, se reunirão no Rio de Janeiro para mostrar como a mistura de glamour e preocupação com o ambiente transformou-se em uma das tendências mais fortes das passarelas

Michel Alecrim

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ALQUIMIA
A estilista alemã Anke Domaske e a matéria-prima que usa em suas peças

Tanto no closet da atriz e modelo britânica Mischa Barton quanto no da cantora americana Ashlee Simpson há roupas feitas a partir de leite estragado. Já nos armários de celebridades como Cameron Diaz, Anne Hathaway e Gwyneth Paltrow brilham calçados fabricados com tubos de televisores antigos. Quem compra em lojas famosas como as brasileiras Cantão, Animale e Isabela Capeto, ou mesmo em grifes internacionais como a inglesa Vivienne Westwood, pode até não saber, mas há grandes chances de usar roupas ou sapatos feitos com seda que a paranaense Glicinia Setenareski produz a partir de casulos rejeitados. Tudo em nome da preservação ambiental, mas sem perder o glamour. Tamanha criatividade atraiu até a top Gisele Bündchen, que participará do evento Green Nation Fest, realizado no Rio de Janeiro, até a quinta-feira 7, no qual as estilistas Anke Domaske, alemã, e a americana Elizabeth Olsen vão mostrar as roupas que fazem com leite azedo e restos de aparelhos de tevê.

Anke é designer de moda, loura, vaidosa, verde e criativa. Ela aproveita o leite que estragou para fabricar uma fibra com a leveza do algodão e a suavidade da seda (leia quadro). A estilista, que vive em Hannover, ainda produz em pequena escala, mas prospera rapidamente. Seus modelos com tecido de fibra de leite vencido são vendidos pela internet no mundo todo. O empecilho é o preço: são cinco vezes mais caros, em média, do que as roupas tradicionais. “Todos os anos, quase dois milhões de toneladas de leite impróprio para o consumo são descartadas pelas empresas agrícolas, só na Alemanha. E nós o usamos como matéria-prima. Além disso, só trabalhamos com pecuaristas sustentáveis”, diz a designer, que também cita o alto consumo de água das plantações de algodão como ponto negativo do concorrente.

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O argumento da redução de danos também é usado pela estilista americana Elizabeth Olsen, mais uma atração do evento carioca. Seus calçados, vendidos em Nova York e pela internet, usam produtos sintéticos – feitos a partir de sobras da indústria de tevês do Japão – no lugar do couro. Quem usa certamente aprova um produto que evita maus-tratos aos animais. Mas quem os vê pouco nota diferença em relação ao couro normal ou mesmo à camurça. “Eu entendo que o Brasil e muitos outros países desenvolveram suas economias com base na criação animal. Não desejo mal às pessoas que sobrevivem dessa indústria. Mas acredito que a percepção de que a pele de um animal morto é um artigo de luxo é uma farsa de marketing velha, arcaica”, afirma.

O evento Green Nation Fest também servirá para que a estilista americana tenha a oportunidade de saber que a moda ecologicamente correta conquista as passarelas, vitrines e consumidores também no Brasil. A paranaense Glicinia Setenareski desenvolve um trabalho que consiste em aproveitar casulos rejeitados do bicho-da-seda na produção de roupas, calçados e tecidos para decoração. Seu trabalho vai do acabamento rústico ao parecido com o da seda comum. “Atendo quem não abre mão de produtos sofisticados e também aqueles que não se importam em usar tecidos com imperfeições”, explica. Tomara que a moda pegue.

 

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Fonte:|http://www.istoe.com.br/reportagens/210765_O+LEITE+QUE+VIROU+MODA?p...

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Respostas a este tópico

Aqui se faz tecidos eh de Leite de Onca. Enchendo0se a cabeira com uma boa mulher, acaba em boa trama. SdM

Caros Srs,

Já no tempo que estudava na Escolinha do Senaizinho do Jacarezinho me ensinaram que era possível fazer fibras, fios e tecidos do leite, bastava isolar as proteínas, condensa-las e extruda-las e teremos fios, porém acho melhor não deixar o leite azedar e usa-lo para alimentar crianças que estão subnutridas pelo mundo. 

Agora vir uma "estilista"  achar que inventou a roda !! só nós para engolir isto

LUIZ GUSTAVO: Apoiado. Somente no caso do leite disponivel da "Vaca Brasil", por tetas recem tiradas da boca de politicos, poderiam ser consideradas para gerar esse tipo de leite-fibra.

Serio, de feses tambem pode se obter fibras... E ainda fertilizante. Mas creio que esse assunto eh menos aprasivel aos ambientalistas "de araque" e marketeiros BARATOS. SdM

Esta "estilista" deveria ter mais ética pois usar um alimento universal para fazer "moda" e falar em meio ambiente é no mínimo muito sem noção como diz meu filho

Luiz Gustavo:

Quando a "sem nocao" Maria Antonieta foi interpeladas pelas hordas famintas exigindo pao, inocentemente, sem sarcasmos, ela teria dito: "Da-lhes Brioche!"

Na proposta ecologica e viavel, ja dita acima, eu diria a essa ecologista, o mais viavel: "Use Merda!". SdM

Vocês direito a notícia? É feito com leite azedo? Que estraga nos supermercados porque venceu o prazo de validade e não tem mais utilidade. É ela reaproveita este leite azedo para criar o fio e depois o tecido.

Eu acho a ideia incrível! Parabéns a Anke Domaske! Toda ideia eco é válida! Se for para ajudar o meio ambiente, o planeta e o nosso futuro!

Cara Micheli, 

Você compraria este leite "azedo" ? Quanto você pagaria? Seria grátis?

Faríamos melhor uso deste leite, se não deixasse estragar e alimentasse crianças, idosos e necessitados.

Assim teríamos mais pessoas com idéias melhores 

Nao nao me falha a memoria era de leite azedo que se fazia queijo e derivados com aproveitamento total, soro incluso. SdM

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